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Multimistura alimentar: biodisponibilidade de cálcio, zinco e ferro e seu efeito no estado nutricional relativo ao ferro em pré- escolares / Alimentary multi-mixture: bioavailability of calcium, zinc and iron in pre-school childrenSant’ana, Luciana Ferreira da Rocha 27 March 2002 (has links)
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Previous issue date: 2002-03-27 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A prática da alimentação alternativa vem sendo disseminada no Brasil, principalmente para grupos populacionais vulneráveis do ponto de vista biológico e econômico. Utiliza-se de alimentos não convencionais, ricos em vitaminas e minerais na forma de multimisturas. Com o objetivo de avaliar a biodisponibilidade de minerais fornecidos por uma multimistura, composta por 33% de farinha de trigo, 33% de fubá, 32% de farelo de trigo, 1% de pó de folha de mandioca e 1% de pó de casca de ovo, foram conduzidos três ensaios biológicos para a avaliação da biodisponibilidade de cálcio, zinco e ferro em ratos machos Wistar. A biodisponibilidade de cálcio foi avaliada medindo-se a absorção fracional de 45 Ca no fêmur dos animais. Foi observado que a biodisponibilidade do cálcio na mistura arroz+feijão+multimistura (na proporção de 50:48:2) foi superior à encontrada para a multimistura consumida isoladamente, que por sua vez foi similar à oferecida por uma dieta de arroz+feijão (50:50). A biodisponibilidade de zinco foi avaliada segundo o teor de zinco no fêmur, fígado, rim, soro e cérebro de ratos; bem como sua relação com o ganho de peso e atividade de fosfatase alcalina nos animais experimentais. O zinco fornecido pela multimistura apresentou menor biodisponibilidade quando comparado ao padrão, carbonato de zinco, uma vez que foi observada menor concentração de zinco nos ossos dos animais que receberam multimistura, assim como maior concentração no fígado, menor excreção renal e menor atividade de fosfatase alcalina. A biodisponibilidade de ferro da multimistura foi avaliada isoladamente e no contexto de uma dieta de arroz e feijão. Os resultados mostraram que os animais que receberam multimistura apresentaram menor ganho de peso em relação ao grupo padrão, embora o consumo alimentar entre os dois grupos tenha sido similar; indicando uma menor eficiência alimentar da dieta de multimistura. O ganho de hemoglobina foi estatisticamente igual entre as dietas controle (sulfato ferroso), de multimistura e de arroz+feijão+multimistura (50:48:2). Foi ainda avaliado o efeito da adição desta multimistura no estado nutricional relativo ao ferro em pré-escolares, com idades entre 25 e 68 meses, não anêmicas, estudadas por um período de 70 dias. Foram selecionadas três creches que receberam produtos de panificação (bolos e biscoitos) sem adição de ferro (creche placebo, n=9), contendo sulfato ferroso (creche padrão, n=12) ou adicionados de multimistura (creche multimistura, n=15). Os produtos contendo sulfato ferroso tinham o mesmo teor de ferro fornecido por 10g de multimistura, acrescentada às preparações da referida creche. As crianças foram submetidas a análises antropométricas (peso e estatura), dietéticas e bioquímicas (hemoglobina, hematócrito, hemácias, ferritina e ferro sérico), no início e ao final do estudo. O estudo não comprovou efeito de tratamento, fonte de ferro (ferro muito aquém das necessidades orgânicas deste mineral. Os produtos fornecidos cobriam cerca de 10% destas necessidades, não sendo, portanto, suficiente para reverter um quadro de deficiência. O estudo não comprovou efeito de tratamento, fonte de ferro, dado que as creches que receberam suplementação apresentaram redução dos níveis hematológicos avaliados, o que não ocorreu na creche placebo, que não tinham fortificação de ferro nos produtos testados. Em se tratando de crianças que já tinham um nível de comprometimento no estado nutricional relativo ao ferro, a importância da quantidade de ferro pode ter superado a da fonte, sulfato ferroso ou multimistura, limitando as conclusões quanto à utilização da multimistura em estudo. / The practice of alternative feeding is being disseminated in Brazil, especially for vulnerable groups in the biological and economic aspects. The alternative feeding uses no conventional food, rich in vitamins and minerals in the form of multi-mixtures. With the purpose of evaluating the bioavailability of the minerals supplied by a multi-mixture; three biological tests were conduced for the evaluation of the bio disposability of the Ca, Zn and Fe in the male mice Wistar. The bioavailability of Ca was evaluated by measuring the fractional absorption of 45Ca in the animal’s femur. It was observed that the bioavailability of the Ca in the mixture of rice + bean + multi-mixture (in the proportion of 50:48:2), was superior to the found for the separated multi-mixture consumed, and this one was similar to a diet of rice + bean (50:50). The bioavailability of Zn was evaluated according to the content of this element in the femur, liver, kidney, serum and brain of the mice and its relation with the gain of weight an activity of alkaline phosphatasys in the experimental animals. The Zn supplied by the multi- mixture showed a minor bioavailability when compared to the standard, zinc carbonate. It was observed a minor concentration of Zn in the bones of the animals that received the multi-mixture, as well as a greater concentration in the liver, minor renal excretion and minor activity of phosphates alkaline, indicating lower bioavailability of zinc in the diet of multi-mixture. The bioavailability of Fe in the multi-mixture was evaluated separately and in a context of a diet of rice and bean. The results showed that the animals, which received the multi mixture, present lower gain of weight in relation to the pattern group, though the food consume between the two groups had similar results; indicating a lower alimentary efficiency in the multi-mixture diet. The gain of the hemoglobin was the same in the control diets (ferrous sulfate), of multi-mixture and rice + beans + multi-mixture (50:48:2). The effect of the addition in this multi-mixture in the nutritional relative estate of the Fe in pre-school children, around 25 and 68 months, non anemic, studied for a period of 70 days, was also evaluated. Three day nurseries were selected and these ones received panification maintenance (breads and cookies) without the addition of Fe (placebo day nursery, n=9), containing ferrous sulfate (day nursery standard, n=12) or added I the multi- mixture (day nursery with multi-mixture). The products containing ferrous sulfate had the same content of Fe furnished by 10g of multi-mixture, added in the preparation of the day nursery referred. The children were submitted to anthropometrical analysis (weight and height), dietetic and biochemical (hemoglobin, hematocrit, erythrocyte, ferritina and ferrous serum), in the beginning and in the end of the experiment. The products furnished about 10% of these necessities, however, it was not enough to revert the deficiency panel. The study did not prove the effect of the treatment, Fe source, because the day nursery that received supplementation, presented reduction of the hematological levels evaluated, however, this did not occur in the placebo day nursery, which did not have the fortification of Fe in the tested products. Dealing with children who already had a compromising level in the nutritional condition related to the Fe, the importance of the quantity of Fe might have overcome the source, ferrous / Não foi encontrado o cpf do autor.
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