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AVALIAÇÃO DA MUTAGENICIDADE E GENOTOXICIDADE EM TRABALHADORES RURAIS DE MUNICÍPIOS GOIANOS COM INTENSA ATIVIDADE AGRÍCOLA

Khayat, Carolinne Borges 13 April 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-10T10:38:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CAROLINNE BORGES KHAYAT.pdf: 2297476 bytes, checksum: 992aa1b9dc7b17cdf96375464ab8d719 (MD5) Previous issue date: 2012-04-13 / The term pesticide is used to refer to a wide variety of chemicals used to kill weeds, insects and fungi. In Brazil, the use of pesticides in agriculture has been expanding continuously, and therefore the analysis of the effects of this type of environmental exposure begins to document an epidemiological profile of the distribution of cancer in both populations occupationally exposed to these chemicals as in the general population indirectly affected by contaminated food and water resources. The possible toxic effects of such exposures are unknown and the information related only to the toxicity of active ingredients are not sufficient to assess the risk of adverse effects of pesticides on human health and the environment. Workers exposed to pesticides when compared with the control group showed increased 8 times more micronucleus and 20 times more binucleated cells and increased DNA damage measured by comet assay. Variables such as smoking, alcohol consumption, age, sex, duration of exposure and type of pesticide did not affect the appearance of genetic damage. However, there was an increase of micronucleus in workers who did not use personal protective equipment. Pesticide exposure can cause genotoxicity and mutagenicity to individuals who deal with such agents. / O termo pesticida é usado para denominar uma ampla variedade de produtos químicos utilizados para destruir ervas daninhas, insetos e fungos. No Brasil, o uso de pesticidas na agricultura vem se ampliando de forma contínua e, consequentemente, a análise sobre os efeitos deste tipo de exposição ambiental começa a documentar um perfil epidemiológico da distribuição de câncer tanto em populações ocupacionalmente expostas a estes agentes químicos, como na população geral indiretamente afetada por contaminação alimentar e dos recursos hídricos. Os possíveis efeitos tóxicos de tais exposições ainda são desconhecidos e as informações da toxicidade relacionada apenas aos ingredientes ativos não são suficientes para avaliar o risco dos efeitos adversos dos pesticidas à saúde humana e ambiental. Os trabalhadores expostos a pesticidas, quando comparados ao grupo controle, tiveram aumento de 8 vezes mais micronúcleos e 20 vezes mais células binucleadas e maior dano ao DNA avaliado pelo ensaio cometa, em relação ao grupo controle (p<0,0001), como demonstrado pelo teste t e análises de regressão linear simples. Nesse estudo, variáveis como tabagismo, consumo de álcool, idade, sexo, tempo de exposição e tipo de pesticida não influenciaram o aparecimento de danos genéticos. Entretanto, houve aumento de micronúcleos em trabalhadores que não utilizavam equipamentos de proteção pessoal (p=0,006). Assim, a exposição a pesticidas, independente do tempo e tipo de agente utilizado, pode causar genotoxicidade e mutagenicidade aos indivíduos que os manipulam.
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AVALIAÇÃO DE DANOS GENÔMICOS DE AGENTES DE SAÚDE DE CONTROLE DE ENDEMIAS (DENGUE) DO MUNICÍPIO DE APARECIDA DE GOIÂNIA (GO).

Oliveira, Macxuell Rosa dos Reis 12 May 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-10T10:38:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Macxuell Rosa dos Reis Oliveira.pdf: 1230845 bytes, checksum: 9ca756dde6dc4a9a9cde4f85bc8e0a66 (MD5) Previous issue date: 2014-05-12 / Agents to combat epidemics (ACEs) represent the most exposed group to the effects of the insecticides once exposure occurs from the preparation until the application inside and outside the houses. Factors such as lack of personal protective equipment (PPE) or ignorance of the correct way of handling each product increase the risk of intoxication. In this context, due to the scarcity of information on genotoxicity caused by pesticides, to combat the mosquito Aedes aegypti , the present study assessed the genomic damage of the ACEs, from Aparecida de Goiânia (GO). Therefore, the occupation exposure was associated with the use of PPE and the lifestyle of the worker, considering social factors such as gender, age, exposure duration to pesticides, smoking and alcohol. A group of 52 ACEs, working in the city of Aparecida de Goiânia, and 60 controls, who presented similar lifestyles, was selected. Genomic DNA was extracted from both groups being analyzed by the comet assay, a test of simple application, able to demonstrate DNA damage. To the evaluation of genomic damage, 04 parameters were analyzed and classified as follows: Tail length (CC) Percentage of DNA in tail (PDCA), tail moment (MC) and Olive tail moment (MCO). A questionnaire to evaluate the lifestyle and history of exposure was associated with genomic damage. The exposed group consisted of 52 ACEs, 26 (50 %) men and 26 (50 %) women and the control group consisted of 60 subjects, 33 (55 %) men and 27 (45 %) women, 17% of ACEs smoked and 38% drunk. The data indicated that 45 % of ACEs handled pesticides on average for 10 years. 31 (60 %) of ACEs used EPI s and 21 (40 %) did not use, although 95 % of ACEs consider the importance of PPEs usage. As for genomic damage, when comparing the 04 comet parameters between the exposed and control groups, statistically significant differences (p < 0.001) were detected. As for ACE´s lifestyle, smoking and drinking, , no statistically significant differences were detected ( p > 0.05) between the 04 comet assay parameters of evaluation of genomic damage , i.e. , individuals who smoked and or drank did not show larger DNA lesions, when compared to individuals who did not use such compounds. We also did not find statistically significance between CC and reports of poisoning in the ACEs (F = 1.7, p = 0.19). In addition, no statistically significant differences between PDCA, MC and MCO were observed, with reports of poisoning of ACEs, respectively (F = 2.5, p = 0.12, F = 1.9, p = 0.17 and F = 2.0, p = 0.16). Regarding the use of PPE, there was also no statistically significant differences (p > 0.05) between staff who used or not such equipment. By associating the use of PPE with reports of intoxication also no statistically significant differences were found (F = 0.17, p = 0.7). Finally, as to exposure time and association with the parameters of genetic damage, there was also no statistically significant difference (p > 0.05). Thus, the results found in this study provided information that ACEs have genetic risks associated with exposure to pesticides, highlighting the need for educational programs in order to reduce the occupational risk associated with the use of insecticides. / Os agentes de combate a endemias (ACEs) representam a categoria mais exposta aos efeitos dos inseticidas, pois a exposição se dá desde o preparo da calda até a aplicação nas áreas intra ou peridomiciliares. Fatores como a falta de equipamentos de proteção individual (EPI) ou desconhecimento da forma correta de manipulação de cada produto, aumentam os riscos de intoxicação. Neste contexto, mediante a escassez de informações sobre a genotoxicidade provocada pelo uso de pesticidas, de combate ao mosquito Aedes aegypti, o presente estudo avaliou danos à saúde de ACEs, do município de Aparecida de Goiânia (GO). Para tanto, a atividade profissional foi associada ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e ao estilo de vida do trabalhador, considerando fatores sociais, tais como: sexo, idade, tempo de exposição aos pesticidas, tabagismo e etilismo. Foi selecionado um grupo de 52 ACEs, atuantes no município de Aparecida de Goiânia, e 60 indivíduos do grupo controle, que apresentavam estilos de vida semelhantes. O DNA genômico foi extraído de ambos os grupos, sendo analisado pelo ensaio cometa, um teste de simples aplicação, capaz de demonstrar danos causados ao DNA. Para a avaliação dos danos genômicos, foram analisados 04 parâmetros, classificados como: Comprimento da cauda (CC), Porcentagem de DNA na Cauda (PDCA), Momento da Cauda (MC) e Momento da Cauda de Olive (MCO). Também foi aplicado um questionário, visando avaliar os hábitos de vida e histórico de exposição e associar com os danos genômicos encontrados. O grupo exposto compreendeu 52 agentes, sendo 26 (50%) homens e 26 (50%) mulheres e o grupo controle foi composto por 60 indivíduos, sendo 33 (55%) homens e 27 (45%) mulheres. Pode-se observar que 17% dos ACEs fumavam e 38% bebiam. Os dados indicaram que 45% dos ACEs manusearam algum tipo de pesticida, em média por 10 anos. Quando questionados sobre o uso dos EPIs, 31 (60%) dos ACEs utilizavam EPI´s e 21 (40%) não utilizavam, embora 95% dos ACEs considerassem importante o uso destes equipamentos. Quanto aos danos genômicos, ao se comparar os 04 parâmetros de dano, entre os grupos exposto e controle, foram detectadas diferenças estatisticamente significativas (p< 0,001). Quanto aos hábitos de vida (tabagismo e etilistmo) dos ACEs, não foram detectadas diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) entre os 04 parâmetros de avaliação de dano genômico, ou seja, indivíduos que fumavam e ou bebiam não apresentaram maiores lesões ao DNA, em relação aos indivíduos que não faziam uso de tais compostos. Ao se associar o comprimento da cauda (CC) com os relatos de intoxicação dos ACEs não foram detectadas diferenças estatisticamente significativas (F =1,7, p=0,19). Também não foram evidenciadas diferenças estatisticamente significativas entre PDCA, MC e MCO, com relatos de intoxicação dos ACEs, respectivamente (F= 2.5, p= 0,12; F= 1,9, p=0,17 e F= 2.0 e p= 0,16). Quanto ao uso de EPIs, também não houve diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) entre os agentes que utilizavam ou não tais equipamentos. Ao se associar a utilização de EPI´s com relatos de intoxicação também não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (F=0,17; p= 0,7). Finalmente, quanto ao tempo de exposição e associação com os parâmetros de dano genético, também não houve uma associação estatisticamente significativa (p> 0,05). Assim, os resultados encontrados nessa pesquisa forneceram informações de que os ACEs apresentam riscos genéticos associados à exposição aos pesticidas, salientando a necessidade de programas educacionais, a fim de reduzir o risco ocupacional associado ao uso de inseticidas e demais produtos químicos.

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