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AVALIAÇÃO DA MUTAGENICIDADE E GENOTOXICIDADE EM TRABALHADORES RURAIS DE MUNICÍPIOS GOIANOS COM INTENSA ATIVIDADE AGRÍCOLAKhayat, Carolinne Borges 13 April 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-04-13 / The term pesticide is used to refer to a wide variety of chemicals used to kill
weeds, insects and fungi. In Brazil, the use of pesticides in agriculture has been
expanding continuously, and therefore the analysis of the effects of this type of
environmental exposure begins to document an epidemiological profile of the
distribution of cancer in both populations occupationally exposed to these
chemicals as in the general population indirectly affected by contaminated food
and water resources. The possible toxic effects of such exposures are unknown
and the information related only to the toxicity of active ingredients are not
sufficient to assess the risk of adverse effects of pesticides on human health
and the environment. Workers exposed to pesticides when compared with the
control group showed increased 8 times more micronucleus and 20 times more
binucleated cells and increased DNA damage measured by comet assay.
Variables such as smoking, alcohol consumption, age, sex, duration of
exposure and type of pesticide did not affect the appearance of genetic
damage. However, there was an increase of micronucleus in workers who did
not use personal protective equipment. Pesticide exposure can cause
genotoxicity and mutagenicity to individuals who deal with such agents. / O termo pesticida é usado para denominar uma ampla variedade de produtos
químicos utilizados para destruir ervas daninhas, insetos e fungos. No Brasil, o
uso de pesticidas na agricultura vem se ampliando de forma contínua e,
consequentemente, a análise sobre os efeitos deste tipo de exposição
ambiental começa a documentar um perfil epidemiológico da distribuição de
câncer tanto em populações ocupacionalmente expostas a estes agentes
químicos, como na população geral indiretamente afetada por contaminação
alimentar e dos recursos hídricos. Os possíveis efeitos tóxicos de tais
exposições ainda são desconhecidos e as informações da toxicidade
relacionada apenas aos ingredientes ativos não são suficientes para avaliar o
risco dos efeitos adversos dos pesticidas à saúde humana e ambiental. Os
trabalhadores expostos a pesticidas, quando comparados ao grupo controle,
tiveram aumento de 8 vezes mais micronúcleos e 20 vezes mais células
binucleadas e maior dano ao DNA avaliado pelo ensaio cometa, em relação ao
grupo controle (p<0,0001), como demonstrado pelo teste t e análises de
regressão linear simples. Nesse estudo, variáveis como tabagismo, consumo
de álcool, idade, sexo, tempo de exposição e tipo de pesticida não
influenciaram o aparecimento de danos genéticos. Entretanto, houve aumento
de micronúcleos em trabalhadores que não utilizavam equipamentos de
proteção pessoal (p=0,006). Assim, a exposição a pesticidas, independente do
tempo e tipo de agente utilizado, pode causar genotoxicidade e mutagenicidade
aos indivíduos que os manipulam.
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AVALIAÇÃO DE DANOS GENÔMICOS DE AGENTES DE SAÚDE DE CONTROLE DE ENDEMIAS (DENGUE) DO MUNICÍPIO DE APARECIDA DE GOIÂNIA (GO).Oliveira, Macxuell Rosa dos Reis 12 May 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-05-12 / Agents to combat epidemics (ACEs) represent the most exposed group to the effects of the
insecticides once exposure occurs from the preparation until the application inside and outside
the houses. Factors such as lack of personal protective equipment (PPE) or ignorance of the
correct way of handling each product increase the risk of intoxication. In this context, due to the
scarcity of information on genotoxicity caused by pesticides, to combat the mosquito Aedes
aegypti , the present study assessed the genomic damage of the ACEs, from Aparecida de
Goiânia (GO). Therefore, the occupation exposure was associated with the use of PPE and the
lifestyle of the worker, considering social factors such as gender, age, exposure duration to
pesticides, smoking and alcohol. A group of 52 ACEs, working in the city of Aparecida de
Goiânia, and 60 controls, who presented similar lifestyles, was selected. Genomic DNA was
extracted from both groups being analyzed by the comet assay, a test of simple application, able
to demonstrate DNA damage. To the evaluation of genomic damage, 04 parameters were
analyzed and classified as follows: Tail length (CC) Percentage of DNA in tail (PDCA), tail
moment (MC) and Olive tail moment (MCO). A questionnaire to evaluate the lifestyle and
history of exposure was associated with genomic damage. The exposed group consisted of 52
ACEs, 26 (50 %) men and 26 (50 %) women and the control group consisted of 60 subjects, 33
(55 %) men and 27 (45 %) women, 17% of ACEs smoked and 38% drunk. The data indicated
that 45 % of ACEs handled pesticides on average for 10 years. 31 (60 %) of ACEs used EPI s
and 21 (40 %) did not use, although 95 % of ACEs consider the importance of PPEs usage. As
for genomic damage, when comparing the 04 comet parameters between the exposed and
control groups, statistically significant differences (p < 0.001) were detected. As for ACE´s
lifestyle, smoking and drinking, , no statistically significant differences were detected ( p >
0.05) between the 04 comet assay parameters of evaluation of genomic damage , i.e. ,
individuals who smoked and or drank did not show larger DNA lesions, when compared to
individuals who did not use such compounds. We also did not find statistically significance
between CC and reports of poisoning in the ACEs (F = 1.7, p = 0.19). In addition, no
statistically significant differences between PDCA, MC and MCO were observed, with reports
of poisoning of ACEs, respectively (F = 2.5, p = 0.12, F = 1.9, p = 0.17 and F = 2.0, p = 0.16).
Regarding the use of PPE, there was also no statistically significant differences (p > 0.05)
between staff who used or not such equipment. By associating the use of PPE with reports of
intoxication also no statistically significant differences were found (F = 0.17, p = 0.7). Finally,
as to exposure time and association with the parameters of genetic damage, there was also no
statistically significant difference (p > 0.05). Thus, the results found in this study provided
information that ACEs have genetic risks associated with exposure to pesticides, highlighting the need for educational programs in order to reduce the occupational risk associated with the
use of insecticides. / Os agentes de combate a endemias (ACEs) representam a categoria mais exposta aos
efeitos dos inseticidas, pois a exposição se dá desde o preparo da calda até a aplicação
nas áreas intra ou peridomiciliares. Fatores como a falta de equipamentos de proteção
individual (EPI) ou desconhecimento da forma correta de manipulação de cada produto,
aumentam os riscos de intoxicação. Neste contexto, mediante a escassez de informações
sobre a genotoxicidade provocada pelo uso de pesticidas, de combate ao mosquito
Aedes aegypti, o presente estudo avaliou danos à saúde de ACEs, do município de
Aparecida de Goiânia (GO). Para tanto, a atividade profissional foi associada ao uso de
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e ao estilo de vida do trabalhador,
considerando fatores sociais, tais como: sexo, idade, tempo de exposição aos pesticidas,
tabagismo e etilismo. Foi selecionado um grupo de 52 ACEs, atuantes no município de
Aparecida de Goiânia, e 60 indivíduos do grupo controle, que apresentavam estilos de
vida semelhantes. O DNA genômico foi extraído de ambos os grupos, sendo analisado
pelo ensaio cometa, um teste de simples aplicação, capaz de demonstrar danos causados
ao DNA. Para a avaliação dos danos genômicos, foram analisados 04 parâmetros, classificados
como: Comprimento da cauda (CC), Porcentagem de DNA na Cauda (PDCA), Momento da
Cauda (MC) e Momento da Cauda de Olive (MCO). Também foi aplicado um questionário,
visando avaliar os hábitos de vida e histórico de exposição e associar com os danos
genômicos encontrados. O grupo exposto compreendeu 52 agentes, sendo 26 (50%)
homens e 26 (50%) mulheres e o grupo controle foi composto por 60 indivíduos, sendo
33 (55%) homens e 27 (45%) mulheres. Pode-se observar que 17% dos ACEs fumavam
e 38% bebiam. Os dados indicaram que 45% dos ACEs manusearam algum tipo de
pesticida, em média por 10 anos. Quando questionados sobre o uso dos EPIs, 31 (60%)
dos ACEs utilizavam EPI´s e 21 (40%) não utilizavam, embora 95% dos ACEs
considerassem importante o uso destes equipamentos. Quanto aos danos genômicos, ao
se comparar os 04 parâmetros de dano, entre os grupos exposto e controle, foram detectadas
diferenças estatisticamente significativas (p< 0,001). Quanto aos hábitos de vida (tabagismo e
etilistmo) dos ACEs, não foram detectadas diferenças estatisticamente significativas (p>0,05)
entre os 04 parâmetros de avaliação de dano genômico, ou seja, indivíduos que fumavam e ou
bebiam não apresentaram maiores lesões ao DNA, em relação aos indivíduos que não faziam
uso de tais compostos. Ao se associar o comprimento da cauda (CC) com os relatos de
intoxicação dos ACEs não foram detectadas diferenças estatisticamente significativas (F =1,7,
p=0,19). Também não foram evidenciadas diferenças estatisticamente significativas entre PDCA, MC e MCO, com relatos de intoxicação dos ACEs, respectivamente (F= 2.5, p= 0,12;
F= 1,9, p=0,17 e F= 2.0 e p= 0,16). Quanto ao uso de EPIs, também não houve diferenças
estatisticamente significativas (p>0,05) entre os agentes que utilizavam ou não tais
equipamentos. Ao se associar a utilização de EPI´s com relatos de intoxicação também não
foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (F=0,17; p= 0,7). Finalmente,
quanto ao tempo de exposição e associação com os parâmetros de dano genético, também não
houve uma associação estatisticamente significativa (p> 0,05). Assim, os resultados
encontrados nessa pesquisa forneceram informações de que os ACEs apresentam riscos
genéticos associados à exposição aos pesticidas, salientando a necessidade de
programas educacionais, a fim de reduzir o risco ocupacional associado ao uso de
inseticidas e demais produtos químicos.
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