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A dialética da desalienação: uma leitura marxista do romance caim, de José SaramagoSantos, José Diego Cirne 27 March 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-03-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The writer José Saramago published his last novel, Caim, in 2009. This narrative
exemplifies the books of the Portuguese writer who has as thematic axis the religion,
connected, in this case to the Judeo imaginative of the Old Testament. The aesthetical
construction of his work has the logical purpose of making a critical review of the
biblical episodes that re-build, after all when casting as protagonist in his plot the
character Caim , who in his wandering destiny, sentenced after his brother s murder,
visits endless episodes of tradition of the Old Testament, in which encounter several
god s oppressors, which make him rebel against the divine tyranny. This fictional
procedure is stylized through an omniscient narrator that launch constantly over the
mythical plot that rebuild critical-ironic comments, modern linguistic-allegorical
suggestions, meta-linguistic digressions and sociological connotations of Marxist
impressions. This constant intrusion in the enunciation plan about the declared plot is a
diegetic transgression that putting in evidence the judgments of value of this
contemporary narrator, possible intends to arouse in the reader a depreciative sense
about the Judeo-Christian religion contradictions. Therefore, with the purpose of
contributing with the critical wealth about the author and the work in question e
promoting an interpretative quest of academic relevance about the textual implications
of stylistic use of this resource, this dissertative work has as a study proposal, the
analysis of the obtrusion of the voice announcer in this parodistic plot, starring by the
shock between the first humankind murderer and the Israel sovereign divinity, through
the basement in theoretical-critical that traverse about José Saramago s work, the
narrator aesthetical positioning in the Romanesque narratives, the literary archetypes
and the Marxist conceptualizations upon the religious ideology, class struggle and
alienation. / O escritor José Saramago publicou o seu último romance, Caim, em 2009. Essa
narrativa exemplifica os livros do escritor português que tem como eixo temático a
religião, ligada, nesse caso, ao imaginário judaico do Velho Testamento. A construção
estética da obra tem o claro propósito de elaborar uma revisão crítica dos episódios
bíblicos que reconstrói, sobretudo ao elencar como protagonista de seu enredo a
personagem caim , que, no cumprimento do seu destino errante, sentenciado após o
assassinato do seu irmão, visita inúmeros episódios da tradição veterotestamentária, nos
quais se depara com vários atos opressores de deus , que o fazem se rebelar contra a
tirania divina. Esse procedimento ficcional é estilizado através de um narrador
onisciente que, constantemente, lança sobre o enredo mítico que recria comentários
crítico-irônicos, sugestões linguístico-alegóricas modernas, digressões metalinguísticas
e conotações sociológicas de cunho marxista. Essa constante intrusão do plano da
enunciação sobre o enredo enunciado é uma transgressão diegética que, colocando os
juízos de valor desse narrador contemporâneo em evidência, possivelmente pretende
despertar no leitor um senso depreciativo sobre as contradições da religião judaicocristã.
Portanto, com o intuito de contribuir com a fortuna crítica sobre o autor e a obra
em questão e promover uma investigação interpretativa de pertinência acadêmica sobre
as implicações textuais do uso estilístico desse recurso, este trabalho dissertativo tem
como proposta de estudo a análise do intrometimento da voz locutora nesse parodístico
enredo, protagonizado pelo embate entre o primeiro assassino da humanidade e a
divindade soberana de Israel, através do embasamento em referências teórico-críticas
que versem sobre a obra de José Saramago, o posicionamento estético do narrador nas
narrativas romanescas, os arquétipos literários e as conceituações marxistas acerca da
ideologia religiosa, da luta de classes e da alienação.
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