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Origem, formação e representações sobre o exercício da profissão de professores de educação infantil / Origin, formation and representations about nursery school teachers practice

Pinho, Fernanda Mello Rezende de 29 September 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T16:33:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fernanda Mello Rezende de Pinho.pdf: 603650 bytes, checksum: a93c352e2bf579a5799b18fada65351b (MD5) Previous issue date: 2009-09-29 / This research emerged from my own experience as a nursery school teachers former at public and private nets as well as from my participation in debate forums of professionals of the area. The main point of the study is settled on the establishment of relations between the teachers practice with their origins and formation. In order to accomplish this goal, I identified the origins that formed the teachers by a social, economical and cultural point of view. Then, I got information about scholar formation in order to get a certificate and about follow-up formation. Finally, I researched the modes and acting choices revealed by the teachers in their professional practice. This way, I selected teachers from the south, east and central regions of Sao Paulo. 151 teachers answered the questionnaires (in 2007). They all came from nursery schools from the Nursery School Centers of the direct net and from Nursery Municipal Schools from Sao Paulo, offering data for this study. The data were compiled and the representations were analyzed establishing relations among their social-economical-cultural profile, their formation and the way they expressed themselves about the quotidian practice with the children. This analysis allowed us to point out that the needs and the relevance of professional knowledge regarded on formation programs seem not to be recognized by the educators with the same value and meaning they are considered by the professionals involved with the conception of formation programs as fundamental for a quality service offered to young kids. Another aspect that seems to be present on these situations is the professional improvement not being strong enough to fight against and overcome the labor conditions found on nursery schools. We have also realized that the teachers formation, due to the origins and the courses that were taken (even at college) does not affect the language and thought pattern. Moreover the lives conditions of this great number of women do not allow them have time to accumulate the demanding cultural capital. The teachers could define very little about what they study, about what they think in relation to the kids as well as to the other teachers who work like them, the appreciations that express what they like or dislike on children s behavior. They presented difficulties to show their didactic choices in terms of materials, texts, songs and images selected to the work with the kids. It is an instrumental and limited usage without being clear about the formation potential in other basis. This way, the nursery schools promote the reproduction of habits legitimating the differences because the invested cultural capital is not the scholar one but the same they bring from their families, a poor capital is twice accumulated during kindergarten period by the school and by the families of the kids involved who are usually poorer than the teachers. Nursery school is not studied here as a period that promotes changes, but it could be / Esta pesquisa emergiu de minha experiência como formadora de professores de educação infantil da rede pública e particular e da participação em fóruns de debate de profissionais dessa área. A questão central deste estudo está firmada no estabelecimento de relações entre a atuação dos professores suas origens e formação. Para isso identifiquei as origens que formaram os professores do ponto de vista social, econômico e cultural. Em seguida, obtive informações sobre a formação escolar para obter a certificação e formação continuada. Por último, pesquisei modos e escolhas para atuar manifestos pelos professores em seu exercício profissional. Para isto selecionei professores das regiões sul, leste e central da cidade de São Paulo. 151 professores responderam ao questionário (em 2007) advindos da educação infantil tanto dos Centros de Educação Infantil (CEI) da rede direta quanto das Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI) do município de São Paulo, fornecendo dados para este estudo. Os dados foram tabulados e as representações analisadas estabelecendo-se relações entre o perfil social, econômico e cultural, a formação e o modo como se manifestam sobre o exercício cotidiano de seu trabalho com as crianças. Essas análises permitiram apontar que a necessidade e relevância dos saberes profissionais contemplados nos programas de formação parecem não ser reconhecidos pelos educadores com o mesmo valor e significado que são considerados pelos profissionais envolvidos na concepção desses programas como fundamentais para que se alcance um atendimento de qualidade para a primeira infância. Outro aspecto que parece estar presente nessas situações é o aprimoramento profissional não ter força para combater e ultrapassar as condições de trabalho encontradas nas instituições de educação infantil. Verificou-se, também, que a formação dos professores em função das origens e dos cursos realizados, mesmo os superiores, não se altera substantivamente quanto ao padrão de linguagem e pensamento. Além disso, as condições de vida vividas por essa imensa maioria de mulheres não lhes permite o tempo necessário ao acúmulo que o capital cultural exige. Os professores souberam definir pouco sobre o que estudam, sobre o que pensam com relação às crianças e sobre professores que trabalham como eles, as apreciações que expressam sobre o que gostam e o que não gostam no comportamento das crianças. Demonstraram dificuldade para explicitar suas escolhas didáticas manifestas quanto aos materiais, leituras, músicas e imagens selecionadas para o trabalho com as crianças. Trata-se de um uso, sobretudo, instrumental, limitado e sem clareza do potencial formativo em outras bases. Nesse sentido, as instituições de educação infantil são promotoras de reprodução e legitimam a desigualdade, pois o capital cultural investido não é o escolar e sim da mesma natureza que o da família, o capital empobrecido é duplamente acumulado nessa fase da educação infantil pela escola e pela família das crianças que freqüentam, em geral com origem similar ou mais empobrecida do que a dos professores. A educação infantil aqui estudada não é um período que promova modificações, mas poderia ser

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