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Custo-efetividade da estimulação ovariana mínima versus estimulação ovariana convencional em pacientes más respondedoras submetidas à fertilização in vitro

Souza, Tatiane Oliveira de January 2017 (has links)
Introdução: com o adiamento da maternidade está aumentando a necessidade e busca por serviços de Reprodução Assistida. No entanto, esses tratamentos ainda são bastante onerosos e acabam, muitas vezes, sendo inacessíveis para grande parte da população. Objetivo: avaliar o custo-efetividade da estimulação ovariana mínima versus estimulação convencional, no que se refere à taxa de gestação por transferência de embrião, em pacientes más respondedoras submetidas à Fertilização in vitro (FIV). Delineamento: estudo de coorte prospectiva. Método: foram incluídas no estudo, 101 pacientes - classificadas como más respondedorasque realizaram FIV no período de dezembro de 2016 a setembro de 2017 no Centro de Reprodução Humana Insemine e no Projeto Maternus – Porto Alegre. Dessas 101 pacientes, 9 foram excluídas por apresentarem 35 anos de idade ou menos. Cinqüenta e sete pacientes foram submetidas à estimulação ovariana convencional e 35 à estimulação mínima. Resultados: Todos os resultados serão expressos em média e desvio-padrão (DP). Não houve diferença estatisticamente significativa entre o grupo da estimulação ovariana convencional e o da estimulação mínima no que se refere à idade da paciente (40,4 ± 2,8 versus 41,3 ± 2,4, respectivamente, p= 0,112), ao índice de massa corporal (24,05 ± 2,7 versus 24,11 ± 2,9, p=0,918) e ao valor do Hormônio Anti-Mulleriano (0,58 ±0,7 versus 0,81 ± 0,96, p=0,198). Em relação à dose total de gonadotrofinas utilizada, o grupo da estimulação convencional utilizou em média 2628UI ± 788,37 por ciclo enquanto que as pacientes do grupo da estimulação mínima usaram em média 409UI ± 495,60, apresentando uma diferença estatisticamente significativa (p=0,001). O número de oócitos capturados na punção ovariana foi significativamente maior no grupo da estimulação convencional (2,04 ± 1,8) quando comparado ao grupo da estimulação mínima (1,09 ± 1,2), p= 0,003. O mesmo ocorreu com o número total de embriões, 1,26 ± 1,3 versus 0,54 ± 0,9, p= 0,002, respectivamente. O grupo da estimulação convencional teve um custo total com medicação para indução de ovulação de R$ 3.932,25, enquanto que o grupo da estimulação mínima, de R$ 858,05. A taxa de gestação por transferência embrionária foi de 17,9% versus 8,3%, nos grupos de estimulação 9 tradicional e mínima, respectivamente (p=0,423). O risco relativo (RR) foi de 0,46, mostrando que o grupo da estimulação convencional apresentou 2,1 vezes mais gravidez por transferência embrionária que o da estimulação mínima, mas com um custo de gonadotrofinas 4 vezes maior. Dessa forma, o custo de uma gestação com estimulação tradicional por ciclo iniciado foi de R$ 31.458,00 e no grupo da estimulação ovariana mínima, cada gestação custou R$ 27.457,60. O incremento do custo-efetividade foi de R$32.791,47, ou seja, esse é o custo para se ter um desfecho de gestação a mais. Extrapolando nossos dados para o estado do Rio Grande do Sul (RS), numa tomada de decisão para o gasto com medicação em pacientes más respondedoras teríamos, se adotada estimulação convencional, 608 gestações com um custo total de R$ 13.318.531,00, enquanto que se usássemos a estimulação mínima, teríamos 282 gestações totalizando um custo de R$ 2.906.215,00. Conclusão: Embora o RR de gestação após o uso de tratamento convencional para induzir a ovulação em mulheres submetidas à FIV seja de 2,1, houve um gasto com medicação 4 vezes maior. Esses achados podem auxiliar na tomada de decisões, sejam elas de cunho individual ou de estratégias em saúde pública. Considerando o custo-efetividade (C/E) de se utilizar ciclos de estimulação mínima, em pacientes más respondedoras, um maior número de mulheres pode ser tratado e, consequentemente, pode-se obter um número maior de gestações, apesar da menor taxa de gravidez por transferência embrionária. / Introduction: with the delay of maternity, the need and demand for assisted reproduction services have been on the rise. However, these treatments are still quite expensive and often are not available to a large part of the population. Aim: to assess the cost-effectiveness of minimal ovarian stimulation versus conventional stimulation regarding the rate of pregnancy due to embryo transfer in poor responders submitted to in-vitro fertilization (IVF). Study Design: prospective cohort study. Method: 101 patients -classified as poor responders - who underwent IVF from December 2016 to September 2017 at Centro de Reprodução Humana Insemine and Maternus Project, in Porto Alegre, were included in the study. Of these 101 patients, nine were excluded because they were 35 years old or younger. Fiftyseven patients were submitted to conventional ovarian stimulation and 35 to minimal stimulation. Results: All results were expressed as mean and standard deviation. There was no statistically significant difference between the conventional ovarian stimulation and the minimal stimulation groups regarding patient age (40.4 ± 2.8 versus 41.3 ± 2.4, respectively, p = 0.112), body mass index (24.05 ± 2.7 versus 24.11 ± 2.9, p = 0.918) and anti-müllerian hormone value (0.58 ± 0.7 versus 0.81 ± 0.96, p = 0.198). Regarding the total dose of gonadotropins used, the conventional stimulation group took on average 2628.07 IU ± 788.37 per cycle, while the patients in the minimal stimulation group took on average 409.29 IU ± 495.60, showing a statistically significant difference (p = 0.001). The number of oocytes captured by ovarian puncture was significantly higher in the conventional stimulation group (2.04 ± 1.8) when compared with the minimal stimulation group (1.09 ± 1.2), p= 0.003. The same happened to the total number of embryos, 1.26 ± 1.3 versus 0.54 ± 0.9, p= 11 0.002, respectively. The conventional stimulation group had a total cost with ovulation inducing drugs of BRL 3,932.25, while for the minimal stimulation group it was BRL 858.05. The embryo transfer pregnancy rate was 17.9% versus 8.3% in the traditional and minimal stimulation groups, respectively (p=0.423). The relative risk was 0.46, showing that the conventional stimulation group had 2.1 times as many embryo transfer pregnancies as minimal stimulation, but at a four-fold cost for gonadotropins. Thus, the cost of a traditional stimulation pregnancy by initiated cycle was BRL 31,458.00, and in the minimal ovarian stimulation group, each pregnancy cost BRL 27,457.60. The increase in cost-effectiveness was BRL 32,791.47, that is, this is the cost for an additional pregnancy outcome. Extrapolating our data to the state of Rio Grande do Sul (south of Brazil), in a decision to spend on medication in poor responders; the choice of a conventional stimulation would reach a total of 608 pregnancies with a total cost of BRL 13,318,531.00. However, using minimal stimulation, we would have 282 pregnancies with a cost of BRL 2,906,215.00. Conclusion: Although the RR of pregnancies after use of conventional treatment to induce ovulation in women submitted to IVF was 2.1, there was an expense with drugs 4 times greater. These findings can help in a decision making, either individually or in public health strategies. Considering the cost-effectiveness of using minimal stimulation protocol in patients with poor responders, a greater number of women could be treated and, consequently, a greater number of pregnancies achieved, in spite of the lower embryo transfer pregnancy rate.
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Fórmula combinando idade, contagem de folículos antrais, hormônio antimulleriano e hormônio folículo estimulante é mais acurada em predizer má resposta à estimulação ovariana controlada do que os marcadores isoladamente em pacientes de bom prognóstico / A formula combining age, antral follicle count, antimullerian hormone, and follicle stimulating hormone is more accurate than individual markers in predicting poor response to controlled ovarian stimulation in good prognosis patients

Palhares Junior, Maurilio Batista 23 September 2015 (has links)
Apesar da acumulada experiência e tecnologia da reprodução assistida, ainda é comum a ocorrência de má resposta (MR) à estimulação ovariana (EOC). Alguns dos mecanismos que prejudicam a resposta ovariana são conhecidos, como a obesidade e a redução de reserva funcional ovariana com o avançar da idade. No entanto, também se observa má resposta à estimulação ovariana controlada em pacientes jovens e sem comprometimento dessa reserva ovariana. Apesar do desenvolvimento de marcadores para predizer a má resposta, como o hormônio folículo estimulante (FSH), o hormônio antimulleriano (AMH) ou a contagem de folículos antrais (CFA), ainda não há disponibilidade de mecanismos amplamente confiáveis para este fim. Há controvérsias quanto a qual destes preditores apresenta maior acurácia. Esta incerteza é ainda maior quando se analisa a população infértil de aparente bom prognóstico, ou seja, jovens, não obesas e com boa reserva ovariana. Predizer a má resposta neste grupo permitiria importante incremento na qualidade do tratamento destas pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar a acurácia dos marcadores de resposta ovariana como idade, FSH, AMH e CFA e comparar a acurácia destes entre si e combinados em uma fórmula para predizer má resposta à estimulação ovariana controlada em pacientes de bom prognóstico. Foram avaliadas 141 mulheres com idade <40 anos, FSH <10 mUI/ml e índice de massa corpórea (IMC) <30 Kg/m2,, consecutivamente submetidas à injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), a partir de espermatozoides obtidos através de ejaculado. Destas, 45 (32%) obtiveram <3 oócitos e, portanto, tiveram má resposta ovariana. Avaliou-se a acurácia dos marcadores citados em predizer a má resposta através da área sob a curva ROC (AUC). A fórmula obteve AUC = 0.82, valor significativamente superior aos marcadores isolados (idade=0.67, CFA=0.74, AMH=0.75 e FSH=0,61). Também foram definidos os valores de corte para se obter a taxa de detecção de 50% e 80% e analisadas as taxas de verossimilhança dos marcadores. Concluiu-se que a fórmula é mais acurada em predizer má resposta ovariana à EOC do que qualquer dos marcadores isoladamente. / Age, antral follicle count (AFC), antimullerian hormone (AMH) and follicle stimulating hormone (FSH) are frequently used for the prediction of the ovarian response to controlled ovarian stimulation (COS). The objective of this study is to assess the accuracy of a formula combining all these parameters in predicting poor ovarian response (POR) to COS in good prognosis women. We included all good prognosis women submitted to COS for intracitoplasmatic sperm injection (ICSI) between n Feb-2008 and Jan-2009 who accepted to participate. We defined good prognosis as: age <40 years, basal FSH <10 mIU/ml, and body mass index (BMI) <30 Kg/m2; in which the ICSI was performed with sperm obtained by ejaculation. POR was defined as 3 oocytes retrieved or cycle cancelation before oocyte retrieval due to a poor ovarian response. We performed a linear regression to determine a formula to predict POR using age and the logarithm regression of AFC, AMH and FSH. We assessed the predictive accuracy by the area under ROC curve (AUC). Additionally, we determined the cut-off values and false positive rate (FPR) for predicting POR with a detection rate of 50% and 80%. We evaluated 141 women who were submitted to COS and oocyte retrieval; 45 (32%) had POR. The formula to predict poor ovarian response was 0.024 + 0.017*Age - 0.403*LogAFC - 0.339*LogAMH + 0.204*LogFSH. The AUC observed for the formula (0.82) was significantly higher than for the isolated markers (age = 0.67, AFC = 0.74, AMH = 0.75, FSH = 0.61). We also determined the cut-off values and false positive rates for obtaining detection rates of 50% and 80%. We conclude that the formula combining age, FSH, AMH, and AFC is more accurate in predicting POR than individual markers.
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Biological Markers of Fertility

Nordqvist, Sarah January 2014 (has links)
Infertility affects 15 % of couples, which corresponds to 60 - 80 million worldwide. The microenvironments in which the oocyte, embryo and fetus mature are vital to the establishment and development of a healthy pregnancy. Different biological systems, such as angiogenesis, the immune system and apoptosis need to be adequately regulated for pregnancy to occur and progress normally. The overall aim of this thesis was to investigate the impact of Histidine-rich glycoprotein (HRG) and Src homology 2 domain-containing adapter protein B (SHB) on human female fertility. HRG is a plasma protein that regulates angiogenesis, the immune system, coagulation/fibrinolysis and apoptosis, by building complexes with various ligands. The impact of HRG on fertility is studied here for the first time. HRG is present in follicular fluid, the Fallopian tube, endometrium, myometrium and placenta. HRG distribution within embryo nuclei depends on developmental stage. Blastocysts express and secrete HRG. The HRG C633T single nucleotide polymorphism (SNP) appears to affect the chance of pregnancy and, correspondingly, parameters associated with pregnancy in IVF. Additionally, this HRG genotype may increase the risk in IVF of only developing embryos unfit for transfer. SHB is an adaptor protein involved in intracellular signaling complexes that regulate angiogenesis, the immune system and cell proliferation/apoptosis. Shb knockout mice have altered oocyte/follicle maturation and impaired embryogenesis. The impact of three SHB polymorphisms (rs2025439, rs13298451 and rs7873102) on human fertility is studied for the first time. The SNP prevalences did not differ between infertile and fertile women. BMI, gonadotropin dosages, the percentage of immature oocytes, the number of fertilized oocytes, the percentage of good-quality embryos and the day of embryo transfer seems to be affected by SHB genotype. In conclusion, HRG and SHB appear to influence female fertility. They are potential biomarkers that might be used for predicting pregnancy chance in infertile women. Knowledge of these genotypes may improve patient counseling and individualization of treatment.
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Custo-efetividade da estimulação ovariana mínima versus estimulação ovariana convencional em pacientes más respondedoras submetidas à fertilização in vitro

Souza, Tatiane Oliveira de January 2017 (has links)
Introdução: com o adiamento da maternidade está aumentando a necessidade e busca por serviços de Reprodução Assistida. No entanto, esses tratamentos ainda são bastante onerosos e acabam, muitas vezes, sendo inacessíveis para grande parte da população. Objetivo: avaliar o custo-efetividade da estimulação ovariana mínima versus estimulação convencional, no que se refere à taxa de gestação por transferência de embrião, em pacientes más respondedoras submetidas à Fertilização in vitro (FIV). Delineamento: estudo de coorte prospectiva. Método: foram incluídas no estudo, 101 pacientes - classificadas como más respondedorasque realizaram FIV no período de dezembro de 2016 a setembro de 2017 no Centro de Reprodução Humana Insemine e no Projeto Maternus – Porto Alegre. Dessas 101 pacientes, 9 foram excluídas por apresentarem 35 anos de idade ou menos. Cinqüenta e sete pacientes foram submetidas à estimulação ovariana convencional e 35 à estimulação mínima. Resultados: Todos os resultados serão expressos em média e desvio-padrão (DP). Não houve diferença estatisticamente significativa entre o grupo da estimulação ovariana convencional e o da estimulação mínima no que se refere à idade da paciente (40,4 ± 2,8 versus 41,3 ± 2,4, respectivamente, p= 0,112), ao índice de massa corporal (24,05 ± 2,7 versus 24,11 ± 2,9, p=0,918) e ao valor do Hormônio Anti-Mulleriano (0,58 ±0,7 versus 0,81 ± 0,96, p=0,198). Em relação à dose total de gonadotrofinas utilizada, o grupo da estimulação convencional utilizou em média 2628UI ± 788,37 por ciclo enquanto que as pacientes do grupo da estimulação mínima usaram em média 409UI ± 495,60, apresentando uma diferença estatisticamente significativa (p=0,001). O número de oócitos capturados na punção ovariana foi significativamente maior no grupo da estimulação convencional (2,04 ± 1,8) quando comparado ao grupo da estimulação mínima (1,09 ± 1,2), p= 0,003. O mesmo ocorreu com o número total de embriões, 1,26 ± 1,3 versus 0,54 ± 0,9, p= 0,002, respectivamente. O grupo da estimulação convencional teve um custo total com medicação para indução de ovulação de R$ 3.932,25, enquanto que o grupo da estimulação mínima, de R$ 858,05. A taxa de gestação por transferência embrionária foi de 17,9% versus 8,3%, nos grupos de estimulação 9 tradicional e mínima, respectivamente (p=0,423). O risco relativo (RR) foi de 0,46, mostrando que o grupo da estimulação convencional apresentou 2,1 vezes mais gravidez por transferência embrionária que o da estimulação mínima, mas com um custo de gonadotrofinas 4 vezes maior. Dessa forma, o custo de uma gestação com estimulação tradicional por ciclo iniciado foi de R$ 31.458,00 e no grupo da estimulação ovariana mínima, cada gestação custou R$ 27.457,60. O incremento do custo-efetividade foi de R$32.791,47, ou seja, esse é o custo para se ter um desfecho de gestação a mais. Extrapolando nossos dados para o estado do Rio Grande do Sul (RS), numa tomada de decisão para o gasto com medicação em pacientes más respondedoras teríamos, se adotada estimulação convencional, 608 gestações com um custo total de R$ 13.318.531,00, enquanto que se usássemos a estimulação mínima, teríamos 282 gestações totalizando um custo de R$ 2.906.215,00. Conclusão: Embora o RR de gestação após o uso de tratamento convencional para induzir a ovulação em mulheres submetidas à FIV seja de 2,1, houve um gasto com medicação 4 vezes maior. Esses achados podem auxiliar na tomada de decisões, sejam elas de cunho individual ou de estratégias em saúde pública. Considerando o custo-efetividade (C/E) de se utilizar ciclos de estimulação mínima, em pacientes más respondedoras, um maior número de mulheres pode ser tratado e, consequentemente, pode-se obter um número maior de gestações, apesar da menor taxa de gravidez por transferência embrionária. / Introduction: with the delay of maternity, the need and demand for assisted reproduction services have been on the rise. However, these treatments are still quite expensive and often are not available to a large part of the population. Aim: to assess the cost-effectiveness of minimal ovarian stimulation versus conventional stimulation regarding the rate of pregnancy due to embryo transfer in poor responders submitted to in-vitro fertilization (IVF). Study Design: prospective cohort study. Method: 101 patients -classified as poor responders - who underwent IVF from December 2016 to September 2017 at Centro de Reprodução Humana Insemine and Maternus Project, in Porto Alegre, were included in the study. Of these 101 patients, nine were excluded because they were 35 years old or younger. Fiftyseven patients were submitted to conventional ovarian stimulation and 35 to minimal stimulation. Results: All results were expressed as mean and standard deviation. There was no statistically significant difference between the conventional ovarian stimulation and the minimal stimulation groups regarding patient age (40.4 ± 2.8 versus 41.3 ± 2.4, respectively, p = 0.112), body mass index (24.05 ± 2.7 versus 24.11 ± 2.9, p = 0.918) and anti-müllerian hormone value (0.58 ± 0.7 versus 0.81 ± 0.96, p = 0.198). Regarding the total dose of gonadotropins used, the conventional stimulation group took on average 2628.07 IU ± 788.37 per cycle, while the patients in the minimal stimulation group took on average 409.29 IU ± 495.60, showing a statistically significant difference (p = 0.001). The number of oocytes captured by ovarian puncture was significantly higher in the conventional stimulation group (2.04 ± 1.8) when compared with the minimal stimulation group (1.09 ± 1.2), p= 0.003. The same happened to the total number of embryos, 1.26 ± 1.3 versus 0.54 ± 0.9, p= 11 0.002, respectively. The conventional stimulation group had a total cost with ovulation inducing drugs of BRL 3,932.25, while for the minimal stimulation group it was BRL 858.05. The embryo transfer pregnancy rate was 17.9% versus 8.3% in the traditional and minimal stimulation groups, respectively (p=0.423). The relative risk was 0.46, showing that the conventional stimulation group had 2.1 times as many embryo transfer pregnancies as minimal stimulation, but at a four-fold cost for gonadotropins. Thus, the cost of a traditional stimulation pregnancy by initiated cycle was BRL 31,458.00, and in the minimal ovarian stimulation group, each pregnancy cost BRL 27,457.60. The increase in cost-effectiveness was BRL 32,791.47, that is, this is the cost for an additional pregnancy outcome. Extrapolating our data to the state of Rio Grande do Sul (south of Brazil), in a decision to spend on medication in poor responders; the choice of a conventional stimulation would reach a total of 608 pregnancies with a total cost of BRL 13,318,531.00. However, using minimal stimulation, we would have 282 pregnancies with a cost of BRL 2,906,215.00. Conclusion: Although the RR of pregnancies after use of conventional treatment to induce ovulation in women submitted to IVF was 2.1, there was an expense with drugs 4 times greater. These findings can help in a decision making, either individually or in public health strategies. Considering the cost-effectiveness of using minimal stimulation protocol in patients with poor responders, a greater number of women could be treated and, consequently, a greater number of pregnancies achieved, in spite of the lower embryo transfer pregnancy rate.
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Custo-efetividade da estimulação ovariana mínima versus estimulação ovariana convencional em pacientes más respondedoras submetidas à fertilização in vitro

Souza, Tatiane Oliveira de January 2017 (has links)
Introdução: com o adiamento da maternidade está aumentando a necessidade e busca por serviços de Reprodução Assistida. No entanto, esses tratamentos ainda são bastante onerosos e acabam, muitas vezes, sendo inacessíveis para grande parte da população. Objetivo: avaliar o custo-efetividade da estimulação ovariana mínima versus estimulação convencional, no que se refere à taxa de gestação por transferência de embrião, em pacientes más respondedoras submetidas à Fertilização in vitro (FIV). Delineamento: estudo de coorte prospectiva. Método: foram incluídas no estudo, 101 pacientes - classificadas como más respondedorasque realizaram FIV no período de dezembro de 2016 a setembro de 2017 no Centro de Reprodução Humana Insemine e no Projeto Maternus – Porto Alegre. Dessas 101 pacientes, 9 foram excluídas por apresentarem 35 anos de idade ou menos. Cinqüenta e sete pacientes foram submetidas à estimulação ovariana convencional e 35 à estimulação mínima. Resultados: Todos os resultados serão expressos em média e desvio-padrão (DP). Não houve diferença estatisticamente significativa entre o grupo da estimulação ovariana convencional e o da estimulação mínima no que se refere à idade da paciente (40,4 ± 2,8 versus 41,3 ± 2,4, respectivamente, p= 0,112), ao índice de massa corporal (24,05 ± 2,7 versus 24,11 ± 2,9, p=0,918) e ao valor do Hormônio Anti-Mulleriano (0,58 ±0,7 versus 0,81 ± 0,96, p=0,198). Em relação à dose total de gonadotrofinas utilizada, o grupo da estimulação convencional utilizou em média 2628UI ± 788,37 por ciclo enquanto que as pacientes do grupo da estimulação mínima usaram em média 409UI ± 495,60, apresentando uma diferença estatisticamente significativa (p=0,001). O número de oócitos capturados na punção ovariana foi significativamente maior no grupo da estimulação convencional (2,04 ± 1,8) quando comparado ao grupo da estimulação mínima (1,09 ± 1,2), p= 0,003. O mesmo ocorreu com o número total de embriões, 1,26 ± 1,3 versus 0,54 ± 0,9, p= 0,002, respectivamente. O grupo da estimulação convencional teve um custo total com medicação para indução de ovulação de R$ 3.932,25, enquanto que o grupo da estimulação mínima, de R$ 858,05. A taxa de gestação por transferência embrionária foi de 17,9% versus 8,3%, nos grupos de estimulação 9 tradicional e mínima, respectivamente (p=0,423). O risco relativo (RR) foi de 0,46, mostrando que o grupo da estimulação convencional apresentou 2,1 vezes mais gravidez por transferência embrionária que o da estimulação mínima, mas com um custo de gonadotrofinas 4 vezes maior. Dessa forma, o custo de uma gestação com estimulação tradicional por ciclo iniciado foi de R$ 31.458,00 e no grupo da estimulação ovariana mínima, cada gestação custou R$ 27.457,60. O incremento do custo-efetividade foi de R$32.791,47, ou seja, esse é o custo para se ter um desfecho de gestação a mais. Extrapolando nossos dados para o estado do Rio Grande do Sul (RS), numa tomada de decisão para o gasto com medicação em pacientes más respondedoras teríamos, se adotada estimulação convencional, 608 gestações com um custo total de R$ 13.318.531,00, enquanto que se usássemos a estimulação mínima, teríamos 282 gestações totalizando um custo de R$ 2.906.215,00. Conclusão: Embora o RR de gestação após o uso de tratamento convencional para induzir a ovulação em mulheres submetidas à FIV seja de 2,1, houve um gasto com medicação 4 vezes maior. Esses achados podem auxiliar na tomada de decisões, sejam elas de cunho individual ou de estratégias em saúde pública. Considerando o custo-efetividade (C/E) de se utilizar ciclos de estimulação mínima, em pacientes más respondedoras, um maior número de mulheres pode ser tratado e, consequentemente, pode-se obter um número maior de gestações, apesar da menor taxa de gravidez por transferência embrionária. / Introduction: with the delay of maternity, the need and demand for assisted reproduction services have been on the rise. However, these treatments are still quite expensive and often are not available to a large part of the population. Aim: to assess the cost-effectiveness of minimal ovarian stimulation versus conventional stimulation regarding the rate of pregnancy due to embryo transfer in poor responders submitted to in-vitro fertilization (IVF). Study Design: prospective cohort study. Method: 101 patients -classified as poor responders - who underwent IVF from December 2016 to September 2017 at Centro de Reprodução Humana Insemine and Maternus Project, in Porto Alegre, were included in the study. Of these 101 patients, nine were excluded because they were 35 years old or younger. Fiftyseven patients were submitted to conventional ovarian stimulation and 35 to minimal stimulation. Results: All results were expressed as mean and standard deviation. There was no statistically significant difference between the conventional ovarian stimulation and the minimal stimulation groups regarding patient age (40.4 ± 2.8 versus 41.3 ± 2.4, respectively, p = 0.112), body mass index (24.05 ± 2.7 versus 24.11 ± 2.9, p = 0.918) and anti-müllerian hormone value (0.58 ± 0.7 versus 0.81 ± 0.96, p = 0.198). Regarding the total dose of gonadotropins used, the conventional stimulation group took on average 2628.07 IU ± 788.37 per cycle, while the patients in the minimal stimulation group took on average 409.29 IU ± 495.60, showing a statistically significant difference (p = 0.001). The number of oocytes captured by ovarian puncture was significantly higher in the conventional stimulation group (2.04 ± 1.8) when compared with the minimal stimulation group (1.09 ± 1.2), p= 0.003. The same happened to the total number of embryos, 1.26 ± 1.3 versus 0.54 ± 0.9, p= 11 0.002, respectively. The conventional stimulation group had a total cost with ovulation inducing drugs of BRL 3,932.25, while for the minimal stimulation group it was BRL 858.05. The embryo transfer pregnancy rate was 17.9% versus 8.3% in the traditional and minimal stimulation groups, respectively (p=0.423). The relative risk was 0.46, showing that the conventional stimulation group had 2.1 times as many embryo transfer pregnancies as minimal stimulation, but at a four-fold cost for gonadotropins. Thus, the cost of a traditional stimulation pregnancy by initiated cycle was BRL 31,458.00, and in the minimal ovarian stimulation group, each pregnancy cost BRL 27,457.60. The increase in cost-effectiveness was BRL 32,791.47, that is, this is the cost for an additional pregnancy outcome. Extrapolating our data to the state of Rio Grande do Sul (south of Brazil), in a decision to spend on medication in poor responders; the choice of a conventional stimulation would reach a total of 608 pregnancies with a total cost of BRL 13,318,531.00. However, using minimal stimulation, we would have 282 pregnancies with a cost of BRL 2,906,215.00. Conclusion: Although the RR of pregnancies after use of conventional treatment to induce ovulation in women submitted to IVF was 2.1, there was an expense with drugs 4 times greater. These findings can help in a decision making, either individually or in public health strategies. Considering the cost-effectiveness of using minimal stimulation protocol in patients with poor responders, a greater number of women could be treated and, consequently, a greater number of pregnancies achieved, in spite of the lower embryo transfer pregnancy rate.
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Fórmula combinando idade, contagem de folículos antrais, hormônio antimulleriano e hormônio folículo estimulante é mais acurada em predizer má resposta à estimulação ovariana controlada do que os marcadores isoladamente em pacientes de bom prognóstico / A formula combining age, antral follicle count, antimullerian hormone, and follicle stimulating hormone is more accurate than individual markers in predicting poor response to controlled ovarian stimulation in good prognosis patients

Maurilio Batista Palhares Junior 23 September 2015 (has links)
Apesar da acumulada experiência e tecnologia da reprodução assistida, ainda é comum a ocorrência de má resposta (MR) à estimulação ovariana (EOC). Alguns dos mecanismos que prejudicam a resposta ovariana são conhecidos, como a obesidade e a redução de reserva funcional ovariana com o avançar da idade. No entanto, também se observa má resposta à estimulação ovariana controlada em pacientes jovens e sem comprometimento dessa reserva ovariana. Apesar do desenvolvimento de marcadores para predizer a má resposta, como o hormônio folículo estimulante (FSH), o hormônio antimulleriano (AMH) ou a contagem de folículos antrais (CFA), ainda não há disponibilidade de mecanismos amplamente confiáveis para este fim. Há controvérsias quanto a qual destes preditores apresenta maior acurácia. Esta incerteza é ainda maior quando se analisa a população infértil de aparente bom prognóstico, ou seja, jovens, não obesas e com boa reserva ovariana. Predizer a má resposta neste grupo permitiria importante incremento na qualidade do tratamento destas pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar a acurácia dos marcadores de resposta ovariana como idade, FSH, AMH e CFA e comparar a acurácia destes entre si e combinados em uma fórmula para predizer má resposta à estimulação ovariana controlada em pacientes de bom prognóstico. Foram avaliadas 141 mulheres com idade <40 anos, FSH <10 mUI/ml e índice de massa corpórea (IMC) <30 Kg/m2,, consecutivamente submetidas à injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), a partir de espermatozoides obtidos através de ejaculado. Destas, 45 (32%) obtiveram <3 oócitos e, portanto, tiveram má resposta ovariana. Avaliou-se a acurácia dos marcadores citados em predizer a má resposta através da área sob a curva ROC (AUC). A fórmula obteve AUC = 0.82, valor significativamente superior aos marcadores isolados (idade=0.67, CFA=0.74, AMH=0.75 e FSH=0,61). Também foram definidos os valores de corte para se obter a taxa de detecção de 50% e 80% e analisadas as taxas de verossimilhança dos marcadores. Concluiu-se que a fórmula é mais acurada em predizer má resposta ovariana à EOC do que qualquer dos marcadores isoladamente. / Age, antral follicle count (AFC), antimullerian hormone (AMH) and follicle stimulating hormone (FSH) are frequently used for the prediction of the ovarian response to controlled ovarian stimulation (COS). The objective of this study is to assess the accuracy of a formula combining all these parameters in predicting poor ovarian response (POR) to COS in good prognosis women. We included all good prognosis women submitted to COS for intracitoplasmatic sperm injection (ICSI) between n Feb-2008 and Jan-2009 who accepted to participate. We defined good prognosis as: age <40 years, basal FSH <10 mIU/ml, and body mass index (BMI) <30 Kg/m2; in which the ICSI was performed with sperm obtained by ejaculation. POR was defined as 3 oocytes retrieved or cycle cancelation before oocyte retrieval due to a poor ovarian response. We performed a linear regression to determine a formula to predict POR using age and the logarithm regression of AFC, AMH and FSH. We assessed the predictive accuracy by the area under ROC curve (AUC). Additionally, we determined the cut-off values and false positive rate (FPR) for predicting POR with a detection rate of 50% and 80%. We evaluated 141 women who were submitted to COS and oocyte retrieval; 45 (32%) had POR. The formula to predict poor ovarian response was 0.024 + 0.017*Age - 0.403*LogAFC - 0.339*LogAMH + 0.204*LogFSH. The AUC observed for the formula (0.82) was significantly higher than for the isolated markers (age = 0.67, AFC = 0.74, AMH = 0.75, FSH = 0.61). We also determined the cut-off values and false positive rates for obtaining detection rates of 50% and 80%. We conclude that the formula combining age, FSH, AMH, and AFC is more accurate in predicting POR than individual markers.

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