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Macroecologia do zooplâncton continental: padrões latitudinais e componentes locais e regionais na determinação da diversidade global / Macroecology of continental zooplankton: latitudinal patterns and local and regional components in determining global diversityPINESE, Olívia Penatti 13 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-13 / One of the oldest and best known global biological patterns in ecology is the latitudinal gradient of richness, characterized by a decrease in the number of species from Equator toward the poles. Several hypotheses, even today, attempt to explain the variation that occurs in the pattern of diversity of many animal and plants. Despite the advances that have been followed in Biogeography and Macroecology in recent decades, studies on biodiversity at a global scale have yet targeted mainly terrestrial and marine groups. This study presented three main objectives, first, to create a representative database of continental zooplankton diversity at global scale, that could demonstrate the distribution of richness patterns for their major groups (Total Zooplankton, Microcrustacea, Copepoda, Cladocera, Rotifera); second, to analyze the adequacy of global richness data to the Metabolic Theory of Ecology (MTE); and third, to establish the balance between local and regional components which determined the observed gradients. In this research, data collection was made from scientific papers concerning the diversity of continental zooplankton around the world. The sampling methodology effect on richness data was controlled through regressions, whose residuals were assumed as being the corrected richness. Latitudinal patterns analyses were performed with the corrected richness, developing latitudinal distribution graphs and global maps with color-weighted richness. The MTE was tested basically by analyzing the adequacy of the theory to angular coefficients, generated by multiple regressions between logarithm of raw richness, temperature (1/kT) and methodological variables. The contribution of local and regional components in determining richness was accessed through partial regressions. The results showed variation in the latitudinal patterns observed for different groups of zooplankton. Zooplanktonic crustaceans diversity peaked outside of Equator, while Rotifera diversity showed the classic latitudinal gradient, often found for many organisms around the world. Concerning the MTE, all groups showed different patterns from the one predicted by the theory. The local components were more crucial for crustaceans diversity while the regional components most strongly influenced total zooplankton richness and rotifers, which corroborates the observed results of latitudinal global patterns. This work represents a viable macroecological approach for access diversity patterns of biological groups whose taxonomic data and global geographical coverage about diversity knowledge are scarce, as they are for continental zooplankton organisms. / Um dos padrões biológicos globais mais antigos e conhecidos em Ecologia é o do gradiente latitudinal de riqueza, caracterizado pela diminuição no número de espécies do Equador em direção aos polos. Várias hipóteses, ainda hoje, tentam explicar esta variação, que ocorre no padrão de diversidade de muitos organismos animais e vegetais. Apesar dos avanços que se seguiram em Biogeografia e Macroecologia nas últimas décadas, estudos sobre biodiversidade em escala global ainda atentam-se principalmente para grupos terrestres e marinhos. O presente estudo apresentou três objetivos principais, primeiramente, construir um banco de dados representativo da diversidade do zooplâncton continental em escala global, capaz de demonstrar os padrões de distribuição de riqueza de espécies para seus principais grupos (Zooplâncton Total, Microcrustacea, Copepoda, Cladocera, Rotifera); segundo, analisar a adequabilidade dos dados de riqueza globais à Teoria Metabólica da Ecologia (Metabolic Theory of Ecology - MTE); e terceiro, estabelecer um balanço entre os componentes locais e regionais responsáveis pelos gradientes observados. A coleta de informações para a realização do trabalho foi feita a partir de publicações científicas sobre a diversidade do zooplâncton continental em todo o mundo. O efeito da metodologia de amostragem nos dados de riqueza foi controlado através de regressões, cujos resíduos foram utilizados como sendo a riqueza corrigida. As análises dos padrões latitudinais foram efetuadas a partir da riqueza corrigida, por meio da construção de gráficos de distribuição por latitudes e de mapas globais com a riqueza ponderada por cores. A MTE foi testada, basicamente, analisando-se a adequação da teoria aos valores dos coeficientes angulares gerados através de regressões múltiplas entre o logaritmo da riqueza bruta, a temperatura (1/kT) e as variáveis metodológicas. A contribuição dos componentes locais e regionais na determinação da riqueza foi acessada por meio de regressões parciais. Os resultados mostraram variação nos padrões latitudinais observados para os diferentes grupos do zooplâncton. Crustáceos zooplanctônicos apresentaram picos de diversidade fora do Equador, enquanto que a diversidade de Rotifera apresentou o gradiente latitudinal clássico, frequentemente encontrado para muitos organismos no mundo. Quanto à MTE, todos os grupos analisados apresentaram padrões diferentes do previsto pela teoria. Os componentes locais foram mais determinantes para a diversidade de Crustáceos e os componentes regionais influenciaram mais fortemente a riqueza de Zooplâncton Total e de Rotifera, o que condiz com os resultados observados para os padrões globais latitudinalmente. Este trabalho representa uma abordagem Macroecológica viável para o acesso de padrões de diversidade de grupos biológicos cujas informações taxonômicas e cobertura geográfica global do conhecimento sobre a diversidade ainda são escassos, como são para os organismos do zooplâncton continental.
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