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Análise paleoambiental e estratigráfica de sequências metassedimentares (grupo acungui), na região de Iporanga e Apiai - São Paulo / Not available.Pires, Fernando Alves 21 June 1990 (has links)
A pesquisa desenvolvida estudou os indicadores paleoambientais e as relações estratigráficas das seqüências deposicionais Betari e Furnas-Lajeado (Pires, 1988), do grupo Acung-ui (Proterozóico Inferior a Médio). Apresenta uma concepção dos ambientes de sedimentação através da interpretação dos processos sedimentares, análise de fácies, análise seqüencial e reconhecimento da estratigrafia através de conceitos genéticos e temporais. A seqüência Betari e retrogradacional, associada a episódio transgressivo, e representada por sistemas turbidíticos do tipo II e III (Mutti & Normark, 1987). A seqüência Furnas-Lajeado é progradacional e corresponde a um episódio regressivo. Compreende uma plataforma rasa sob o domínio de ondas que transiciona para o talude e áreas associadas (rampa carbonática). A análise estrutural desenvolvida, acompanhada de mapeamento de detalhe, permitiu reconhecer 6 fases de dobramentos na área. A seqüência Betari encontra-se na base, sobreposta pelos metassedimentos carbonáticos da seqüência Furnas-Lajeado. Ambas constituem um ciclo transgressivo-regressivo, com aproximadamente 2.000 metros de espessura. / Study of paleoenvironmental indicators and stratigraphic relations chips of the Betari and Furnas-Lajeado metasedimentary depositional sequences of the Açungui Group (Lower to Middle Proterozoic, Ribeira river valley, Southern São Paulo, Brazil) has led both to the recognition of the sedimentary processes involved, facies analysis and sequence analysis and to the stablishment of a general stratigraphic setting on the basis of genetic and temporal concepts. The Betari sequence represented by type II and III turbiditic systems of Mutti and Normark, is retrogradational in character and associated with a transgressive episode. The Furnas-Lajeado sequence is progradational and related to a regressive episode, represented by wave-influenced, shallow platform to slope (carbonate ramp) sediments. Together these two sequences comprise a transgressive-regressive cycle, with the Betari sequence of the base and the Furnas-Lajeado sequence at the top, nearly 2000 metres in thickeness. Structural analysis and detailed mapping have revealed 6 phases of folging in area.
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Análise paleoambiental e estratigráfica de sequências metassedimentares (grupo acungui), na região de Iporanga e Apiai - São Paulo / Not available.Fernando Alves Pires 21 June 1990 (has links)
A pesquisa desenvolvida estudou os indicadores paleoambientais e as relações estratigráficas das seqüências deposicionais Betari e Furnas-Lajeado (Pires, 1988), do grupo Acung-ui (Proterozóico Inferior a Médio). Apresenta uma concepção dos ambientes de sedimentação através da interpretação dos processos sedimentares, análise de fácies, análise seqüencial e reconhecimento da estratigrafia através de conceitos genéticos e temporais. A seqüência Betari e retrogradacional, associada a episódio transgressivo, e representada por sistemas turbidíticos do tipo II e III (Mutti & Normark, 1987). A seqüência Furnas-Lajeado é progradacional e corresponde a um episódio regressivo. Compreende uma plataforma rasa sob o domínio de ondas que transiciona para o talude e áreas associadas (rampa carbonática). A análise estrutural desenvolvida, acompanhada de mapeamento de detalhe, permitiu reconhecer 6 fases de dobramentos na área. A seqüência Betari encontra-se na base, sobreposta pelos metassedimentos carbonáticos da seqüência Furnas-Lajeado. Ambas constituem um ciclo transgressivo-regressivo, com aproximadamente 2.000 metros de espessura. / Study of paleoenvironmental indicators and stratigraphic relations chips of the Betari and Furnas-Lajeado metasedimentary depositional sequences of the Açungui Group (Lower to Middle Proterozoic, Ribeira river valley, Southern São Paulo, Brazil) has led both to the recognition of the sedimentary processes involved, facies analysis and sequence analysis and to the stablishment of a general stratigraphic setting on the basis of genetic and temporal concepts. The Betari sequence represented by type II and III turbiditic systems of Mutti and Normark, is retrogradational in character and associated with a transgressive episode. The Furnas-Lajeado sequence is progradational and related to a regressive episode, represented by wave-influenced, shallow platform to slope (carbonate ramp) sediments. Together these two sequences comprise a transgressive-regressive cycle, with the Betari sequence of the base and the Furnas-Lajeado sequence at the top, nearly 2000 metres in thickeness. Structural analysis and detailed mapping have revealed 6 phases of folging in area.
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Dinâmica sedimentar, tafonomia e paleoambientes da fáceis de Offshore da Formação Serra Alta, Permiano, Bacia do Paraná: um estudo de caso no Estado de São Paulo, Brasil / not availableBondioli, João Guedes 29 May 2014 (has links)
Fácies sedimentares deficientes em oxigênio, registradas em vários mares epeiricos (bacias intracratônicas) são comuns nos tratos de sistemas transgressivo e de mar alto, em sucessões sedimentares paleozoicas, mesozoicas e mais jovens. Elas são mate rializadas por sucessões monótonas de folhelhos negros e/ou argilitos maciços ou bem laminados, pobres em fósseis, as quais são pensadas terem sido depositadas em condições ambientais estáveis, de anoxia ou baixíssimas concentrações de oxigênio, na interface água sedimento. Durante o Paleozoico tardio, a bacia intracratônica do Paraná, Brasil, no centro do supercontinente Gondwana foi recoberta por um mar epeirico, extenso (>1.600.000 km 2 ), raso e isolado. Na sucessão permiana da Bacia do Paraná, fácies representativas de condições de anoxia são comumente registradas nas formações Irati (Artinskiano) e Serra Alta (Kunguriano), sobrejacente. Argilitos e siltitos cinza-escuros, maciços ou bem laminados, muito pobres em fósseis, constituem os principais litótipos preservados nesta última unidade litoestratigráfica, o que tradicionalmente desencorajou estudos paleontológicos e estratigráficos de detalhe. Entretanto, investigações sedimentológicas, icnológicas e tafonômicas de detalhe (centímetro por centímetro) n estes depósitos indicam um cenário paleoambiental muito mais dinâmico e complexo, do que o previamente pensado. Fundamentado nas feições texturais dos sedimentos (e.g., fábrica, presença/ausência de laminação primária, bioturbação), ocorrências autoctónes ou parautóctones de invertebrados bentônicos providos de conchas carbonáticas (moluscos bivalves) e a presença/ausência de horizontes dominados por concreções carbonáticas e camadas ricas em nódulos fosfáticos, reporta-se aqui, pela primeira vez, drásticas variações no conteúdo de oxigênio, batimetria, taxas de sedimentação e mudanças na colonização do substrato bentônico, dentro das fácies de offshore da Formação Serra Alta. Os dados obtidos indicam que estes depósitos distais, gerados abaixo do nível de b ase de ondas de bom tempo, foram governados por uma conjunção de fatores paleoambientais complexos (e.g., taxa de sedimentação, pulsos de oxigenação), relacionados a mudanças do nível do mar. Três populações ou paleocomunidades distintas foram registradas, incluindo formas residentes adaptadas à: (a) condições normais de dia-a-dia, representadas por fundos pouco oxigenados (disaeróbios), colonizados por minúsculos (mm) bivalves de infauna, suspensívoros e Planolites, (b) táxons quimissimbiontes que habitavam substratos quimicamente tóxicos (anóxicos/extremamente disaeróbios=exaeróbios) (e.g., bivalves suspensívoros gigantes) e (c) populações eventuais que habitaram substratos aeróbios/disaeróbios, gerados durante eventos energéticos episódicos (e.g., Planolites e Thalassionoides). Estes achados têm importantes conotações no nosso entendimento das condições paleoambientais e dinâmica paleoecológica das faunas bentônicas, durante episódios transgressivos em mares epicontinentais rasos, isolados, onde fácies de offshore, com deficiência de oxigênio são abundantes. / Oxygen-deficient facies dominate the sedimentary record of various epeiric seas (intracratonic basins) and are common in the transgressive and highstand systems tract of several Paleozoic, Mesozoic and younger age successions. They are materialize d by monotonous, fossil-poor (barren) successions of black shales and/or massive or well-laminated mudstones thought to be generated under stable conditions of oxygen depletion. During the late Paleozoic, the intracratonic Paraná Basin, Brazil, in the central Gondwanaland, was covered by a huge (>1.600.000 km 2 ), shallow and isolated epeiric sea. Within the Permian succession oxygen-deficient facies are commonly recorded in the Mesosaurus-bearing Irati Formation (Artinskian) and the overlain Serra Alta Formation (Kungurian). Barren, dark-grey mudstones (massive or well-laminated) are the main facies preserved in this last unit, which has usually discouraged extensive and detailed stratigraphical and paleontological investigations. However, a detailed sedimentological (sub-cm scale), ichnological, and taphonomical survey in those deposits indicate a much more dynamic and complex paleonvironmental scenario than previously thought. Based on textural features (presence/absence of primary lamination, bioturbation), autochthonous to parautochthonous occurrences of shelly benthic invertebrates (bivalves) and the presence/absence of concretion-dominated horizons and phosphate-rich layers, we report variations in the oxygen content, bathymetry, sedimentation rates, and changes in benthic substrate colonization. Our data indicate that the deposition of this \"barren\" mudstone-dominated succession was governed by a complex interplay of paleoenvironmental factors (sedimentation rate, and oxygen pulses) related to relative sea level changes. Three distinct populations or paleocommunities were recorded, including residents adapted to: (a) background normal low-oxygen (dysaerobic) conditions (minute infaunal suspension-feeding bivalves and Planolites), (b) co-existing chemosymbiontic taxa inhabiting chemically toxic (anoxic/extreme dysaerobic=exaerobic) substrates (e.g., gigantic bivalves), and (c) event populations inhabiting (aerobic/dysaerobic) substrates following short-term bottom disruptions (e.g., Planolites and Thalassionoides). These findings have significant connotations for our understandings of the paleoenvironmental conditions and paleoecologic dynamics of the shelly benthic faunas during the transgressive events in extremely isolated and shallow epeiric seas where oxygen-deficient facies are abundant.
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Palinoestratigrafia e paleoecologia da sequência lacustre do cretáceo inferior, em Serra Negra - PE, Bacia Sedimentar do Jatobá, NE do BrasilNASCIMENTO, Luiz Ricardo da Silva Lôbo do 02 September 2013 (has links)
Submitted by Israel Vieira Neto (israel.vieiraneto@ufpe.br) on 2015-03-04T19:05:02Z
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Previous issue date: 2013-09-02 / CAPES / O presente estudo baseou-se na análise palinológica de uma sondagem com 90,50 m,
denominada 2 JSN-01-PE, na Serra Negra, Ibimirim, PE, realizada pelo Projeto Rede 07 -
Caracterização Geológica e Geofísica de Campos Maduros – Fase 4, Convênio 01.07.0721.00
– FINEP/UFPE. Foram analisados 122 níveis estratigráficos, onde as amostras foram
submetidas ao procedimento químico para a extração dos palinomorfos, segundo o protocolo
palinológico para sedimentos mesozoicos. Após a leitura das lâminas observou-se que em 58
níveis não foi possível à recuperação de palinomorfos; e que 64 níveis são portadores de bom
resíduo orgânico, permitindo o reconhecimento dos palinomorfos característicos do Cretáceo
Inferior. Na análise quantitativa foram contados 200 palinomorfos para cada amostra. A
associação palinofloristica descrita para a Formação Crato na Bacia do Jatobá, demonstra o
predomínio de elementos de origem continental, com grãos de pólen de gimnospermas e
angiospermas, esporos de pteridófitas e alga Botryococcus. Nota-se a abundância dos tipos de
clima quente como Equisetosporistes, Cicatricosisporites, Crybelosporites e Classopollis,
distribuídos entre 120 espécies. Observou-se a ocorrência de palinomorfos retrabalhados de
idade Devoniana Superior, provavelmente dos sedimentos da Formação Inajá (Veryachium e
Maranhites) que serviram de fonte de parte dos sedimentos Aptianos. A associação
palinofloristica permitiu uma subdivisão da seção analisada em 4 palinozonas informais que
pode, potencialmente ser aplicada a toda bacia. Através da análise palinológica atribuiu-se a
Formação Crato idade aptiana, tendo correspondência com o Andar Alagoas (local). As
evidências palinológicas sugerem uma deposição predominantemente continental lacustre.
Devido as suas características, a associação palinoflorística pode ser inserida na província
“WASA” (Oeste da África e América do Sul) por Herngreen & Chlonova (1981), atualmente
denominada Província a “Pre-Albian Early Cretaceous Dicheiropollis etruscus/Afropollis” de
Herngreen et al. (1996).
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Dinâmica sedimentar, tafonomia e paleoambientes da fáceis de Offshore da Formação Serra Alta, Permiano, Bacia do Paraná: um estudo de caso no Estado de São Paulo, Brasil / not availableJoão Guedes Bondioli 29 May 2014 (has links)
Fácies sedimentares deficientes em oxigênio, registradas em vários mares epeiricos (bacias intracratônicas) são comuns nos tratos de sistemas transgressivo e de mar alto, em sucessões sedimentares paleozoicas, mesozoicas e mais jovens. Elas são mate rializadas por sucessões monótonas de folhelhos negros e/ou argilitos maciços ou bem laminados, pobres em fósseis, as quais são pensadas terem sido depositadas em condições ambientais estáveis, de anoxia ou baixíssimas concentrações de oxigênio, na interface água sedimento. Durante o Paleozoico tardio, a bacia intracratônica do Paraná, Brasil, no centro do supercontinente Gondwana foi recoberta por um mar epeirico, extenso (>1.600.000 km 2 ), raso e isolado. Na sucessão permiana da Bacia do Paraná, fácies representativas de condições de anoxia são comumente registradas nas formações Irati (Artinskiano) e Serra Alta (Kunguriano), sobrejacente. Argilitos e siltitos cinza-escuros, maciços ou bem laminados, muito pobres em fósseis, constituem os principais litótipos preservados nesta última unidade litoestratigráfica, o que tradicionalmente desencorajou estudos paleontológicos e estratigráficos de detalhe. Entretanto, investigações sedimentológicas, icnológicas e tafonômicas de detalhe (centímetro por centímetro) n estes depósitos indicam um cenário paleoambiental muito mais dinâmico e complexo, do que o previamente pensado. Fundamentado nas feições texturais dos sedimentos (e.g., fábrica, presença/ausência de laminação primária, bioturbação), ocorrências autoctónes ou parautóctones de invertebrados bentônicos providos de conchas carbonáticas (moluscos bivalves) e a presença/ausência de horizontes dominados por concreções carbonáticas e camadas ricas em nódulos fosfáticos, reporta-se aqui, pela primeira vez, drásticas variações no conteúdo de oxigênio, batimetria, taxas de sedimentação e mudanças na colonização do substrato bentônico, dentro das fácies de offshore da Formação Serra Alta. Os dados obtidos indicam que estes depósitos distais, gerados abaixo do nível de b ase de ondas de bom tempo, foram governados por uma conjunção de fatores paleoambientais complexos (e.g., taxa de sedimentação, pulsos de oxigenação), relacionados a mudanças do nível do mar. Três populações ou paleocomunidades distintas foram registradas, incluindo formas residentes adaptadas à: (a) condições normais de dia-a-dia, representadas por fundos pouco oxigenados (disaeróbios), colonizados por minúsculos (mm) bivalves de infauna, suspensívoros e Planolites, (b) táxons quimissimbiontes que habitavam substratos quimicamente tóxicos (anóxicos/extremamente disaeróbios=exaeróbios) (e.g., bivalves suspensívoros gigantes) e (c) populações eventuais que habitaram substratos aeróbios/disaeróbios, gerados durante eventos energéticos episódicos (e.g., Planolites e Thalassionoides). Estes achados têm importantes conotações no nosso entendimento das condições paleoambientais e dinâmica paleoecológica das faunas bentônicas, durante episódios transgressivos em mares epicontinentais rasos, isolados, onde fácies de offshore, com deficiência de oxigênio são abundantes. / Oxygen-deficient facies dominate the sedimentary record of various epeiric seas (intracratonic basins) and are common in the transgressive and highstand systems tract of several Paleozoic, Mesozoic and younger age successions. They are materialize d by monotonous, fossil-poor (barren) successions of black shales and/or massive or well-laminated mudstones thought to be generated under stable conditions of oxygen depletion. During the late Paleozoic, the intracratonic Paraná Basin, Brazil, in the central Gondwanaland, was covered by a huge (>1.600.000 km 2 ), shallow and isolated epeiric sea. Within the Permian succession oxygen-deficient facies are commonly recorded in the Mesosaurus-bearing Irati Formation (Artinskian) and the overlain Serra Alta Formation (Kungurian). Barren, dark-grey mudstones (massive or well-laminated) are the main facies preserved in this last unit, which has usually discouraged extensive and detailed stratigraphical and paleontological investigations. However, a detailed sedimentological (sub-cm scale), ichnological, and taphonomical survey in those deposits indicate a much more dynamic and complex paleonvironmental scenario than previously thought. Based on textural features (presence/absence of primary lamination, bioturbation), autochthonous to parautochthonous occurrences of shelly benthic invertebrates (bivalves) and the presence/absence of concretion-dominated horizons and phosphate-rich layers, we report variations in the oxygen content, bathymetry, sedimentation rates, and changes in benthic substrate colonization. Our data indicate that the deposition of this \"barren\" mudstone-dominated succession was governed by a complex interplay of paleoenvironmental factors (sedimentation rate, and oxygen pulses) related to relative sea level changes. Three distinct populations or paleocommunities were recorded, including residents adapted to: (a) background normal low-oxygen (dysaerobic) conditions (minute infaunal suspension-feeding bivalves and Planolites), (b) co-existing chemosymbiontic taxa inhabiting chemically toxic (anoxic/extreme dysaerobic=exaerobic) substrates (e.g., gigantic bivalves), and (c) event populations inhabiting (aerobic/dysaerobic) substrates following short-term bottom disruptions (e.g., Planolites and Thalassionoides). These findings have significant connotations for our understandings of the paleoenvironmental conditions and paleoecologic dynamics of the shelly benthic faunas during the transgressive events in extremely isolated and shallow epeiric seas where oxygen-deficient facies are abundant.
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A Plataforma Carbonática Araras no sudoeste do Cráton Amazônico, Mato Grosso: estratigrafia, contexto paleoambiental e correlação com os eventos glaciais do Neoproterozóico / not availableNogueira, Afonso Cesar Rodrigues 05 June 2003 (has links)
Os últimos 200 Ma do Neoproterozóico (~720 a 544 Ma) concentram as mais pronunciadas mudanças climáticas e evolucionárias da história da Terra. Estes eventos estão registrados no Grupo Araras, constituído pelas formações Mirassol d\'Oeste (dolomitos), Guia (calcários), Serra do Quilombo (dolomitos e brechas) e Nobres (dolomitos e arenitos), aflorante no sudoeste do Cráton Amazônico e Faixa Paraguai Norte. Estas rochas sobrepõem diamictitos da Formação Puga, correlatos às glaciações de baixa-latitude do Varanger/Marinoan, inseridas no modelo de snowball Earth. Foram identificadas na Formação Puga e Grupo Araras 28 fácies sedimentares agrupadas em oito associações, representativas de depósitos glaciais marinhos e de plataforma carbonática profunda a rasa. A base do grupo constitui a capa carbonática Puga, caracterizada por dolomitos e calcários com feições anômalas (estruturas em tubo e tipo tepee, laminação plana fenestral, crostas e leques de cristais de pseudomorfos de aragonita) e assinatura isotópica negativa de C, depositada em águas profundas e supersaturadas em CaC\'O IND.3\'. Deformação plástica na base da capa carbonática e no topo dos diamictitos formada por eventos sísmicos induzidos pelo rebound pós-glacial, indica rápida transição de condições climáticas glaciais para as de efeito estufa. Os depósitos de plataforma carbonática estão organizados em megaciclos, ciclos métricos e sucessões de eventos, agrupados em três sequências deposicionais. A primeira representa a seqüência da capa carbonática que engloba os eventos anômalos de sedimentação do Neoproterozóico. As demais são de alta freqüência e estão organizadas em uma seqüência composta de menor ordem. As variações dos valores isotópicos de C, O e Sr coadunam com os eventos deposicionais e de exposição subaérea interpretados para as seqüências, e são similares às de outras sucessões neoproterozóicas, permitindo estimar a idade da glaciação Puga em torno de ~575-570 Ma. A precipitação da capa carbonática foi sucedida pela deposição de lamas calcárias e terrígenas de plataforma profunda. O subseqüente retorno das condições anômalas de supersaturação em CaC\'O IND.3\' foi acompanhado por eventos de sismicidade indicados pela abundante precipitação de esparito dolomítico em brechas, falhas e estruturas molar tooth. A plataforma foi assolada posteriormente por tempestades e tsunamis gerando brechas e falhas associados a estratificação cruzada hummocky. Extensas planícies de maré de clima árido representam a última deposição da plataforma Araras precedendo o episódio de pronunciada queda do nível do mar. Na transgressão subseqüente, vales incisos foram preenchidos por sedimentos terrígenos flúvio-estuarinos da Formação Raizama, em resposta ao soerguimento das áreas-fonte à sudeste da área, induzido pela colisão dos blocos Amazônia e São Francisco em ~530 Ma. A caracterização estratigráfica detalhada das seqüências carbonáticas do Grupo Araras, ao longo do Cráton Amazônico e Faixa Paraguai, estabeleceu a base para a correlação desses depósitos com outras capas carbonáticas neoproterozóicas, estendendo assim o registro destes eventos anômalos para a Plataforma Sul-Americana. / The end of the Neoproterozoic (~720 to 544 Ma) encompasses global climatic and biological changes with no parallel in Earth history. These events are recorded in the Araras Group (Mato Grosso, Brazil), along its four units: the Mirassol d´Oeste Formation (dolomites), the Guia Formation (limestones), the Serra do Quilombo Formation (dolomites and breccia) and the Nobres Formation (dolomites and sandstones). This succession overlies the Puga diamictites correlated to the low-latitute glaciation of Varanger/Marinoan, inserted in the snowball Earth model. Eight facies associations, which incorporate twenty-eight sedimentary facies were recognized in the Puga and Araras units, including glacio-marine and deep to shallow carbonate shelf environments. The base of the Araras Group corresponds to the Puga cap carbonate. It is composed of dolostones and limestones with negative excursions of õ13C and anomalous sedimentary structures (tube and tepee like structures, planar lamination with fenestral porosity, crust and aragonite-pseudmorphs crystal fans) deposited in CaCo3 oversatured deep water. The rapid transition from icehouse to greenhouse conditions is attested by plastic deformation along the contact between the cap carbonate and the diamictite as a response to seismic activity induced by the glacial rebound. The carbonate succession is arraged in there depositional sequences, composed of megacycles, meter-scale cycles and events deposits. The first sequence is the cap carbonate sequence, the anomalous sedimentation which uniquitously overlic the Neoproterozoic glacial successions. The other sequences are of high frequency and constitute a composite sequence of lower order. Comparison of the stratigraphic and isotopic record of the Araras Group with that of other Neoproterozoic successions indicate a Varanger/Marinoan age of ~575-570Ma for the Puga glaciation. The cap carbonate sequence is covered by deep shelf mudstones and shales. Following these deposits, the ocean experiences another episode of CaCO3 oversaturation contemporaneously to recurrent seismicity as indicated by sparry dolomite precipitation along breccias, faults and molar tooth structures. The basin was then hit by storms and tsunamis developing hummocky cross-stratification associated to breccia and faults. The last deposition event of Araras shelf refers to the installation of extensive arid tidal flats preceding the episode of pronounced sea level fall. In the subsequent transgression, incised valleys was filled by fluvial-estuarine terrigenous deposits of Raizama Formation, in response to the strong uplift to the SE of the area, induced by the collision of the Amazon and São Francisco blocks at around ~530 Ma. The detailed stratigraphic of depositional sequences of the Araras Group, along the Amazon Craton and the Paraguay Belt, established the basis for a correlation of these deposits with other Neoproterozoic cap carbonates, thus extending the record of these anomalous events to the South American Platform.
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Proveniência e arquitetura de depósitos fluviais das sub-bacias Tucano Central e Norte, Cretáceo (BA) / not availableFigueiredo, Felipe Torres 29 November 2013 (has links)
O rifte do Recôncavo-Tucano-Jatobá(RTJ) contém o registro da porção abortada de um sistema de bacias distensivas formadas do Juro-Cretáceo ao Aptiano no leste da América do Sul. Nas Sub-Bacias Tucano Central e Norte compreende ambientes deposicionais lacustres, eólicos, deltaicos e aluviais, previamente interpretados como depositados ao longo dos estágios de subsidência pré-, sin- e pós-rifte. Cada ambiente destes foi estudado na escala da bacia, o que permitiu a identificação de alvos para prospecção de petróleo, em especial na Bacia do Recôncavo. Contudo, poucos estudos abordaram a descrição detalhada de afloramentos, o que limita a compreensão de processos com escalas temporais menores de unidades estudadas em subsuperfície. Esse é o caso da Formação São Sebastião, depositada entre o Barremiano e o Neocomiano, e da Formação Marizal, depositada no Aptiano. Ambas constituem sistemas aluviais com ampla expressão nas Sub-Bacias Tucano Central e Norte, onde estão localizados o maior depocentro do rifte, denominado de Baixo de Cícero Dantas, e a Zona de Transferência do Vaza Barris, caracterizada como um alto estrutural. Essas duas feições são resultado de diferentes taxas de subsidência na Bacia do Tucano, e por isso servem para testar a sensibilidade de sistemas fluviais a controles tectônicos. Nesse sentido, os depósitos de cada área foram estudados em detalhe através de métodos de análises de fácies, elementos arquiteturais, paleocorrentes e proveniência, o que permitiu interpretar estilos fluviais contrastantes. Na área próxima ao eixo das sub-bacias, a arquitetura da Formação São Sebastião é semelhante a de rios entrelaçados arenosos, e na porção leste à rios de carga mista, o que confirma a hipótese de que controles tectônicos diferenciados podem resultar em mudanças na arquitetura deposicional. Na primeira, foram interpretados cinco elementos arquiteturais, dentre os quais predominam barras unitárias ou dunas grandes e compostas (EA1) e barras de acréscimo a jusante (EA2), sendo menos frequentes elementos de preenchimento de canais pequenos (EA3), dunas eólicas (EA4) e depósitos de topo de barras (EA5). A abundância do elemento de barras unitárias ou dunas grandes e compostas, com espessuras médias superiores a 1 m e máximas de 5 m é considerada como evidência da presença de canais profundos na região, o que sugere a existência de um sistema fluvial de grandes proporções, que não apresentava modificações na arquitetura entre áreas dentro da própria zona de transferência. A distinção entre os elementos EA1 e EA2 pode ser utilizada na documentação de rios de grande porte e servir como complemento aos conceitos utilizados em estudos de sistemas fluviais. Na área próxima ao Baixo de Cícero Dantas foram identificados elementos diagnósticos de dois ambientes do sistema fluvial: (1) canais, caracterizados pela ocorrência de barras unitárias e dunas grandes e compostas, barras de acréscimo a jusante e preenchimento de canal pequeno; (2) áreas além das margens do canal principal, caracterizadas por depósitos de dunas eólicas, planície ou bacias de inundação, canal abandonado e leque de rompimento de dique marginal. A alternância entre estes ambientes é interpretada como decorrente de altas taxas de subsidência, o que teria favorecido a preservação de planícies de inundação associadas ao sistema fluvial local, onde estas taxas são as maiores do sistema RTJ e estão preservados 14 km de sucessões sin-rifte. Estudos detalhados de proveniência de seixos e calhaus, integrados a dados de paleocorrente, revelaram redução abrupta de maturidade mineralógica na passagem entre os depósitos fluviais Barremiano-Neocomianos e Aptianos. Como forma de entender essa mudança abrupta foram propostos dois estágios evolutivos: (1) durante o Neocomomiano-Barremiano predominava um sistema fluvial axial ao rifte, que fluía para sul e transportava em sua maioria clastos de retrabalhamento policíclico de sucessões paleozoicas e mesozoicas aflorantes nas ombreiras e a norte a partir de uma bacia de captação regional responsável pela denudação das áreas em soerguimento durante a distensão do período; (2) durante o Aptiano, manteve-se o sistema fluvial axial com fluxo médio para sul, porém com grande variabilidade de clastos e menor frequência de policíclicos, o que sugere fontes do embasamento Pré-Cambriano provenientes de leste e oeste. Este cenário é indicativo de que a falha de borda esteve ativa e causou o soerguimento de rochas do embasamento durante a deposição da Formação Marizal, contrapondo interpretações anteriores segundo as quais esta pertenceria a fase de subsidência térmica da bacia. A presença de falhas normais e oblíquas nessa unidade na Sub-Bacia Tucano Norte e a similaridade entre os clastos encontrados na Formação Marizal e nos leques aluviais a leste reforçam o modelo em que é proposto o soerguimento do embasamento até o nível das ombreiras do rifte, que passaria a ter suas fontes paleozoicas e mesozoicas localizadas atrás de um divisor de águas. Desta forma, o sistema fluvial da Formação São Sebastião pode ser caracterizado como resultante da presença de um rio de grandes proporções no eixo de uma das principais bacias rifte do Eocretáceo brasileiro. Este sistema esteve relacionado, possivelmente, a uma bacia de captação regional, que apesar do grande fluxo sedimentar, apresentava taxas localmente altas de subsidência, como na região do Baixo de Cícero Dantas, o que favoreceu as modificações locais ocorridas na arquitetura deposicional. As áreas-fonte deste sistema foram predominantes sucessões sedimentares paleozoicas e mesozoicas, presentes em toda região e dominantes nas ombreiras da baia até o Barremiano. Reativação tectônica da bacia e soerguimento renovado das ombreiras após o recuo erosivo das escarpas de rochas mesozoicas e paleozoicas marca um aumento expressivo na contribuição de rochas do embasamento nas sucessões Aptianas sobrepostas. / The Recôncavo-Tucano-Jatobá rift (RTJ) contains the record of an aborted branch of a system of extensional basins formed from the Jurassic-Cretaceous boundary up to the Aptian, in eastern South America. In the Central and Northern Tucano Sub-Basins, this record comprehends mostly lacustrine, eolian, deltaic and alluvial depositional environments, previously interpreted as the deposits of pre-, syn,- and post-rift subsidence stages. Each system has been studied at the basin scale, which has enabled the identification of targets for oil exploration, particularly in the Recôncavo Basin. Nevertheless, few previous works deal with the detailed description of outcrops, limiting the comprehension of the processes operating at smaller temporal scales in the units studied in the subsurface. That is the case of the São Sebastião Formation, deposited between Neocomian and Barremian, and of the Marizal Formation, deposited in the Aptian. Both units are composed of alluvial systems with widespread occurrence in the Central and Northern Tucano Sub-Basins, where are located the major depocenter of the rift (Cícero Dantas Low) and the Vaza Barris Transfer Zone, characterized as a structural high. These two structures are the result of different subsidence rates, and therefore enable to evaluate the hypothesis concerning the tectonic controls on fluvial sedimentation. Following this approach, deposits of these different areas were studied through the analysis of lithofacies, architectural elements, paleocurrents and provenance, leading to the interpretation of contrasting fluvial styles. In the axis of the Central and Northern Tucano Sub-Basins, the architecture of the São Sebastião Formation is similar to that of sandy braided rivers, while in the eastern part of the basin, the architecture resembles mixed-load rivers, pointing to a tectonic control for each different depositional architecture observed. Five architectural elements were identified in the axis of the central area, with the dominance of unit bars or large compound dunes (AE1) and downstream accretion compound bars (AE2), and subordinated occurrence of minor channel fills (AE3), eolian dunes (AE4) and bar top deposits (AE5). The abundance of the unit bars or large compound dunes element with the thickness of individual sets reaching 1 to 5 m thick is considered as evidence for the dominance of deep fluvial channels in the region, suggesting a fluvial system of large dimensions with no significant variation in architecture in the area of the Vaza Barris transfer zone. The distinction between the elements EA1 and EA2 can be applied in the recognition of big river deposits and complement the current concepts used in the study of fluvial deposits. In the deposits found near the Cícero Dantas Low, elements diagnostic of two environments within the fluvial system were identified: (1) deposits of the channel belt (unit bars and large compound dunes, downstream accretion bars, and minor channel fills), and (2) deposits of overbank areas (eolian dunes, floodplains or floodbasins, abandoned channels, and crevasse splays). The vertical recurrence of these two environments is interpreted as a result of high subsidence rates, which would have favored the preservation of floodplains in the local fluvial system, where the subsidence rates were the highest in the whole RTJ, locally preserving up to 14 km of syn-rift successions. Detailed studies on the provenance of pebbles and cobbles revealed an abrupt reduction in the compositional maturity at the passage between the Neocomian and the Aptian successions. A two-stage scenario is proposed to explain this abrupt change: (1) during the Neocomian-Barremian a fluvial system axial to the rift structure flowed towards the south and transported mainly polyciclically reworked clasts from paleozoic and mesozoic successions that cropped out at the basin shoulder and to the north, in a regional catchment area responsible for the denudation of the areas that were being uplifted during the regional extensional event; (2) during the Aptian, this fluvial system was still flowing towards the south, but nevertheless carrying a much varied composition of clasts, with markedly lower content of polyciclically reworked clasts, suggesting a greater contribution of Precambrian basement sources from the east and west. This scenario is indicative that the basin-border fault was active and caused the uplift of the basement rocks during the deposition of the Marizal Formation, in opposition to previous interpretations according to which the unit would be related to the thermal subsidence phase of the basin. The presence of normal and oblique faults in the Northern Tucano Sub-Basin and the similarity between the clast composition of the Marizal Formation and the alluvial fan deposits to the east corroborate the model, with the uplift of the basement to the level of the basin shoulders, and the location of the paleozoic and mesozoic sources behind a watershed. Therefore, the fluvial system fill of the São Sebastião Formation in the Central Tucano Sub-Basin was interpreted as a result of the installation of a big river system on the axis of one of the major rift basins of the Early Cretaceous in Brazil. The older fluvial system (São Sebastião Formation) is possibly related to a regional catchment, despite the great sediment flux to the basin, local high rates of subsidence, as in the region of the Cícero Dantas Low, resulted in local modifications in the architecture of the deposits, with greater preservation of floodplain and bar top facies. The source areas of this system were mainly paleozoic and mesozoic sedimentary successions, present in the whole region and dominant at the basin shoulders up to the Barremian. Tectonic activation of the basin and renewed uplift of the basin shoulders after the erosional retreat of the scarps of mesozoic and paleozoic rocks is evidenced by an expressive increase in the contribution of basement rocks in the Aptian succession.
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Mudanças vegetacionais e climáticas no Planalto Leste do Rio Grande do Sul, Brasil, durante os últimos 25000 anosLeonhardt, Adriana January 2007 (has links)
A turfeira estudada (29º29´35´´S-50º37´18´´W) situa-se no Condomínio Alpes de São Francisco, município de São Francisco de Paula, Planalto leste do Rio Grande do Sul. Um perfil sedimentar de 286 cm foi retirado da porção mais espessa do depósito. O perfil e as amostras para datação por 14C foram coletados com o Amostrador de Hiller. Para a análise palinológica extraíram-se 22 amostras do perfil, processadas com HCl, HF, KOH e acetólise. Pastilhas de Lycopodium clavatum L. foram introduzidas no início do processamento químico para cálculo da concentração polínica. Ao microscópio óptico foram contados, em cada amostra, um número mínimo de 500 grãos da vegetação regional e 100 esporos de L. clavatum, além da contagem paralela dos palinomorfos locais (do depósito pantanoso). Foi descrita a morfologia dos palinomorfos, sempre que possível com dados ecológicos, e as fotomicrografias realizadas, em geral, no aumento de 1000×. Os diagramas palinológicos foram montados usando os programas Tilia e Tilia Graph, e a análise de agrupamentos foi feita pelo programa CONISS. Identificaram-se 116 palinomorfos (10 fungos, 6 algas, 3 briófitos, 16 pteridófitos, 2 gimnospermas, 75 angiospermas e 4 palinomorfos outros). Os dados apontam, entre 25000-16000 anos AP, um clima relativamente frio e seco com domínio do campo, com a mata em refúgios, e um lago de margens pantanosas no local de estudo. A partir de 16000 anos AP o clima parece muito adverso, com ambiente frio e semi-árido entre 14000-12500 anos AP, quando o campo regional encontra-se rarefeito e o lago dá lugar a um pântano ressecado. Há cerca de 11000 anos AP, com o final do último estágio glacial do Pleistoceno e o início do Holoceno, um acentuado aumento da temperatura e umidade parece surgir, desenvolvendo a vegetação em geral, em especial a campestre. Entre 9700-6500 anos AP, dados apontam para uma fase de clima agora quente e seco, quando a vegetação como um todo novamente se retrai, interrompendo a tendência de expansão. A partir de 6500 anos AP, as condições de umidade voltam gradativamente à região, com o início da expansão da mata desde os refúgios e a transformação do pântano local em turfeira. Há cerca de 3000 anos AP, um clima ainda mais úmido parece instalar-se, talvez com leve redução da temperatura, que favorece a expansão de típicos elementos da Mata com Araucária sobre os campos e o adensando a turfeira. Dados sugerem que a umidade ambiental continua após 3000 anos AP, mas o aumento global da temperatura e os fatores antrópicos possivelmente devam ter sido os responsáveis pela retração da vegetação do Planalto leste na atualidade. / The studied bog (29º29´35´´S-50º37´18´´W) is located in Alpes de São Francisco, São Francisco de Paula, eastern Plateau of Rio Grande do Sul. A sedimentary profile of 286 cm was taken from the deepest part of the bog. The profile and the samples for 14C dating were collected with the Hiller Sampler. For the palynological analysis 22 samples were extracted from the profile, processed with HCl, HF, KOH and acetolysis. Lycopodium clavatum tablets were introduced in the beginning of the process to calculate the pollen concentration. A minimum of 500 grains of the regional vegetation and 100 spores of L. clavatum were counted in each sample, besides the parallel counting of local palynomorphs (from the marsh deposit), using light microscope. The palynomorphs were photomicrographed, generally 1000× enlarged, with morphological descriptions and ecological data. The software Tilia, Tilia Graph and CONISS were used for diagrams and cluster analysis. A total of 116 palynomorphs were identified (10 fungi, 6 algae, 3 bryophytes, 16 pteridophytes, 2 gymnosperms, 75 angiosperms and 4 other palynomorphs). The results indicate, between 25000-16000 yr BP, a regional cold and dry climate, with a grassland landscape, forests in the refuges and a lake with marshy edges on the study site. The climate became more adverse after 16000 yr BP, especially between 14000-12500 yr BP, with regional rarefied grasslands, when a dry marsh substituted the local lake. At about 11000 yr BP, with the end of the Late Pleistocene glacial stage and the beginning of the Holocene, the data indicate a clear increase of the temperature and humidity, with development of the vegetation in general, especially the grasslands. Between 9700-6500 yr BP a change to a warm and drier climate seems to occur, with retraction of the vegetation as a whole, interrupting the course of expansion. From about 6500 yr BP onwards, the results point to the gradual return of the moist conditions to the region, giving rise to the expansion of the forest from the refuges and the local bog formation. At about 3000 yr BP, an even wetter climate seems to occur, perhaps with a somewhat lower temperature, promoting the Araucaria forest expansion over the grasslands and the development of the local bog. The data show the continuation of the environmental humidity after 3000 yr BP, but the global higher temperature and human activities probably were the causes of the present retraction of the vegetation from the eastern Plateau.
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Palinoestratigrafia e paleoambientes de depósitos paleogenos da Bacia de Pelotas, RS, BrasilFischer, Tiago Vier January 2012 (has links)
Amostras de testemunhos de sondagem e de calha dos poços BP-1 (6 amostras) e BP-2 (22 amostras), respectivamente, perfurados na porção offshore da Bacia de Pelotas, foram submetidas a estudo palinológico, com fins de atribuições de idades e interpretações paleoambientais. As associações palinológicas identificadas revelaram a existência de matéria orgânica amorfa, fitoclastos e palinomorfos. Este último grupo está representado em todos os níveis estudados, nos dois poços, por conteúdos ricos em cistos de dinoflagelados, com subordinada participação de outros componentes, incluindo acritarcos, palinoforaminíferos, ovos de copépodes e miósporos. Espécies-guia de dinoflagelados mundialmente conhecidas foram utilizadas para fins de determinação do posicionamento biocronoestratigráfico e dos paleoambientes. Para o Poço BP-1 identificaram-se associações palinológicas marcadas por expressiva mistura de fósseis de idades variando entre o limite Maastrichtiano – Daniano (Cretáceo – Paleógeno) e o limite Thanetiano – Ypresiano (Paleoceno – Eoceno), permitindo duas interpretações distintas. Uma indica que a idade relativa do material concerne ao intervalo Maastrichtiano – Daniano, e que os táxons mais recentes (Thanetiano – Ypresiano) estariam misturados aos mais antigos pelo fato de a seção estar relacionada a uma superfície na qual houve condensação, com preservação das duas assembleias distintas. A outra interpretação defende a idade mais recente para os depósitos, na qual as associações mais antigas estariam retrabalhadas. O Poço BP-2 foi fatiado utilizando-se das informações de últimas ocorrências dos táxons registrados, para traçar os limites biocronoestratigráficos entre as amostras. Como resultado, identificaram-se associações representativas de idades entre Cretáceo e Eoceno. Para cada associação delimitada por uma idade específica, quais sejam Maastrichtiano, Daniano, Selandiano, Thanetiano, Ypresiano e Lutetiano, do mais antigo para o mais novo, foram observadas constelações palinológicas ricas em dinoflagelados, com alta diversidade taxonômica, compatíveis com seções coevas de outras bacias de mesmo contexto geológico. Para ambos os poços, o paleoambiente é interpretado como essencialmente marinho, dada a ampla diversidade de dinoflagelados registrada, em detrimento do baixo teor de palinomorfos de procedência continental. Propõe-se que o sítio deposicional não tenha apresentado significantes mudanças ao longo da seção; espécies de dinoflagelados características de corpos d’água pouco salinos e de coluna d’água pouco espessa foram registradas. / Core and cutting samples from the BP-1 (6 samples) and the BP-2 (22 samples) wells, respectively, drilled on the offshore Pelotas Basin, were palynologically studied for and biostratigraphical and paleoenvironmental analysis. Amorphous organic matter, phytoclasts and palynomorphs comprise the palynological assemblages. Palynomorphs are recorded at all levels studied in both wells, represented predominantly by dinoflagellate cysts. Other palynomorphs are subordinated, such as acritarchs, microforaminifera test linings, copepod eggs-envelope and miospores. Guide-species of dinoflagellate cysts were used for biostratigraphy. Palynological assemblages from the six samples of the BP-1 well are marked by mixing of different ages, between the Maastrichtian - Danian (Cretaceous - Paleogene boundary) and the Thanetian - Ypresian (Paleocene - Eocene boundary). Two different interpretations are possible: (i) the relative age of the material would be Maastrichtian - Paleocene, and the more recent taxa (Thanetian - Ypresian) would be mixed to the older taxa within a condensation surface, allowing preservation of fossils of two distinct assemblages; or, (ii) the relative age of the deposits would be Thanetian - Ypresian, and the older assemblage (Maastrichtian - Paleocene) would be reworked. The BP-2 well was biostratigraphically divided accordingly to the LOD of certain taxa. Dinoflagellate-rich assemblages were identified between Cretaceous and Eocene interval, including typical taxa of all ages between Maastrichtian and Lutetian (Danian, Selandian, Thanetian and Ypresian, from the oldest to the youngest). The taxonomic composition is comparable with coeval sections in other sedimentary basins under similar geological settings. The paleoenvironment for both wells is interpreted as essentially marine, because of the high diversity of dinoflagellate, while continental palynomorphs are less abundant. Significant changes in the depositional site were not observed along the sections; characteristic assemblages of low saline water bodies and thin water column were recorded.
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Mudanças vegetacionais e climáticas no Planalto Leste do Rio Grande do Sul, Brasil, durante os últimos 25000 anosLeonhardt, Adriana January 2007 (has links)
A turfeira estudada (29º29´35´´S-50º37´18´´W) situa-se no Condomínio Alpes de São Francisco, município de São Francisco de Paula, Planalto leste do Rio Grande do Sul. Um perfil sedimentar de 286 cm foi retirado da porção mais espessa do depósito. O perfil e as amostras para datação por 14C foram coletados com o Amostrador de Hiller. Para a análise palinológica extraíram-se 22 amostras do perfil, processadas com HCl, HF, KOH e acetólise. Pastilhas de Lycopodium clavatum L. foram introduzidas no início do processamento químico para cálculo da concentração polínica. Ao microscópio óptico foram contados, em cada amostra, um número mínimo de 500 grãos da vegetação regional e 100 esporos de L. clavatum, além da contagem paralela dos palinomorfos locais (do depósito pantanoso). Foi descrita a morfologia dos palinomorfos, sempre que possível com dados ecológicos, e as fotomicrografias realizadas, em geral, no aumento de 1000×. Os diagramas palinológicos foram montados usando os programas Tilia e Tilia Graph, e a análise de agrupamentos foi feita pelo programa CONISS. Identificaram-se 116 palinomorfos (10 fungos, 6 algas, 3 briófitos, 16 pteridófitos, 2 gimnospermas, 75 angiospermas e 4 palinomorfos outros). Os dados apontam, entre 25000-16000 anos AP, um clima relativamente frio e seco com domínio do campo, com a mata em refúgios, e um lago de margens pantanosas no local de estudo. A partir de 16000 anos AP o clima parece muito adverso, com ambiente frio e semi-árido entre 14000-12500 anos AP, quando o campo regional encontra-se rarefeito e o lago dá lugar a um pântano ressecado. Há cerca de 11000 anos AP, com o final do último estágio glacial do Pleistoceno e o início do Holoceno, um acentuado aumento da temperatura e umidade parece surgir, desenvolvendo a vegetação em geral, em especial a campestre. Entre 9700-6500 anos AP, dados apontam para uma fase de clima agora quente e seco, quando a vegetação como um todo novamente se retrai, interrompendo a tendência de expansão. A partir de 6500 anos AP, as condições de umidade voltam gradativamente à região, com o início da expansão da mata desde os refúgios e a transformação do pântano local em turfeira. Há cerca de 3000 anos AP, um clima ainda mais úmido parece instalar-se, talvez com leve redução da temperatura, que favorece a expansão de típicos elementos da Mata com Araucária sobre os campos e o adensando a turfeira. Dados sugerem que a umidade ambiental continua após 3000 anos AP, mas o aumento global da temperatura e os fatores antrópicos possivelmente devam ter sido os responsáveis pela retração da vegetação do Planalto leste na atualidade. / The studied bog (29º29´35´´S-50º37´18´´W) is located in Alpes de São Francisco, São Francisco de Paula, eastern Plateau of Rio Grande do Sul. A sedimentary profile of 286 cm was taken from the deepest part of the bog. The profile and the samples for 14C dating were collected with the Hiller Sampler. For the palynological analysis 22 samples were extracted from the profile, processed with HCl, HF, KOH and acetolysis. Lycopodium clavatum tablets were introduced in the beginning of the process to calculate the pollen concentration. A minimum of 500 grains of the regional vegetation and 100 spores of L. clavatum were counted in each sample, besides the parallel counting of local palynomorphs (from the marsh deposit), using light microscope. The palynomorphs were photomicrographed, generally 1000× enlarged, with morphological descriptions and ecological data. The software Tilia, Tilia Graph and CONISS were used for diagrams and cluster analysis. A total of 116 palynomorphs were identified (10 fungi, 6 algae, 3 bryophytes, 16 pteridophytes, 2 gymnosperms, 75 angiosperms and 4 other palynomorphs). The results indicate, between 25000-16000 yr BP, a regional cold and dry climate, with a grassland landscape, forests in the refuges and a lake with marshy edges on the study site. The climate became more adverse after 16000 yr BP, especially between 14000-12500 yr BP, with regional rarefied grasslands, when a dry marsh substituted the local lake. At about 11000 yr BP, with the end of the Late Pleistocene glacial stage and the beginning of the Holocene, the data indicate a clear increase of the temperature and humidity, with development of the vegetation in general, especially the grasslands. Between 9700-6500 yr BP a change to a warm and drier climate seems to occur, with retraction of the vegetation as a whole, interrupting the course of expansion. From about 6500 yr BP onwards, the results point to the gradual return of the moist conditions to the region, giving rise to the expansion of the forest from the refuges and the local bog formation. At about 3000 yr BP, an even wetter climate seems to occur, perhaps with a somewhat lower temperature, promoting the Araucaria forest expansion over the grasslands and the development of the local bog. The data show the continuation of the environmental humidity after 3000 yr BP, but the global higher temperature and human activities probably were the causes of the present retraction of the vegetation from the eastern Plateau.
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