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A missão cultural brasileira no Uruguai: a construção de um modelo de diplomacia cultural do Brasil na América Latina (1930-1945) / La missión cultural Brasileña en Uruguay: la construcción di un modelo de diplomacia cultural de Brasil en América Latina

Nepomuceno, Maria Margarida Cintra 23 November 2015 (has links)
Até 1930, os intercâmbios culturais institucionais entre os países da América Latina eram iniciativas isoladas de setores do governo brasileiro e correspondiam, quase sempre, a demandas específicas de indivíduos ou universidades. Com Getúlio Vargas, os intercâmbios ampliaram-se e tornaram-se parte de um programa de cooperação cultural na América Latina conhecido por Missão Cultural Brasileira. Constituída por diplomatas, educadores e intelectuais, as missões contribuíram para levar aos países, inicialmente da Região do Prata, propostas de organização cultural compartilhada em torno da criação de institutos culturais que ensinassem o idioma Português e difundissem a cultura brasileira. No Uruguai, o Instituto Cultural Uruguaio-Brasileiro, fundado em 1940, foi muito além disso. Habilitou uruguaios para o ensino do idioma, criou um método pedagógico próprio, editou publicações, incentivou a organização de professores e estudantes que colaboram na difusão da cultura brasileira e uruguaia, disponibilizou o espaço para a formação de redes culturais, tais como as comissões de intercâmbios universitários, os clubes de música, de teatro, de dança. Enfim, durante várias décadas, o ICUB, como é conhecido o instituto, em Montevidéu, alinhavou sob o manto da cultura as comunidades de intelectuais e as elites políticas dos dois países. O Brasil (como também o Uruguai) soube se beneficiar da herança cultural fomentada pelas Conferências Pan-americanas, durante as quais se criaram oportunidades para a constituição de um sistema de cooperação cultural entre os países da América Latina. Esta pesquisa visa entender qual foi a motivação do governo de Getúlio Vargas ao transformar as antigas relações culturais, existentes desde (quase) sempre entre os países, em uma Diplomacia Cultural voltada apara a América Latina de 1930 a 1945. / Hasta 1930, los intercambios culturales entre los países de América Latina eran iniciativas aisladas de sectores del gobierno brasileño y correspondían, casi siempre, a solicitudes específicas de individuos o universidades. Con Getúlio Vargas, los intercambios se ampliaron y se tornaron parte de un programa de cooperación cultural en América Latina conocido por Misión Cultural Brasileña. Compuesta por diplomáticos, educadores e intelectuales, las misiones contribuyeron para llevar a los países, inicialmente los de la Región del Plata, propuestas de organización cultural compartida en torno a la creación de institutos culturales que enseñasen el idioma Portugués y difundiesen la cultura brasileña. En Uruguay, el Instituto Cultural Uruguayo-Brasileño creado en 1940, fue mucho más allá de eso. El Instituto habilitó a los uruguayos para la enseñanza del idioma, implantó un método pedagógico propio, editó publicaciones, estimuló la organización de maestros y estudiantes que contribuyeron con la difusión de la cultura brasileña y uruguaya, concedió el espacio para la formación de redes culturales tales como las comisiones de intercambios universitarios, los clubes de Música, de Teatro, de Danza, en fin, durante varias décadas, el ICUB, como el Instituto es conocido, en Montevideo, proyectó, bajo el manto de la cultura, las comunidades de intelectuales y las elites políticas de los dos países. Brasil (como también Uruguay) supo beneficiarse de la herencia cultural fomentada por las Conferencias Panamericanas, durante las cuales se crearon oportunidades para la constitución de un sistema de cooperación cultural entre los países de América Latina. Mi investigación tiene por objetivo comprender cuál fue la motivación del gobierno de Getúlio Vargas al convertir las antiguas relaciones culturales, existentes desde (casi) siempre entre los países, en una Diplomacia Cultural orientada hacia América Latina de 1930 a 1945.
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A missão cultural brasileira no Uruguai: a construção de um modelo de diplomacia cultural do Brasil na América Latina (1930-1945) / La missión cultural Brasileña en Uruguay: la construcción di un modelo de diplomacia cultural de Brasil en América Latina

Maria Margarida Cintra Nepomuceno 23 November 2015 (has links)
Até 1930, os intercâmbios culturais institucionais entre os países da América Latina eram iniciativas isoladas de setores do governo brasileiro e correspondiam, quase sempre, a demandas específicas de indivíduos ou universidades. Com Getúlio Vargas, os intercâmbios ampliaram-se e tornaram-se parte de um programa de cooperação cultural na América Latina conhecido por Missão Cultural Brasileira. Constituída por diplomatas, educadores e intelectuais, as missões contribuíram para levar aos países, inicialmente da Região do Prata, propostas de organização cultural compartilhada em torno da criação de institutos culturais que ensinassem o idioma Português e difundissem a cultura brasileira. No Uruguai, o Instituto Cultural Uruguaio-Brasileiro, fundado em 1940, foi muito além disso. Habilitou uruguaios para o ensino do idioma, criou um método pedagógico próprio, editou publicações, incentivou a organização de professores e estudantes que colaboram na difusão da cultura brasileira e uruguaia, disponibilizou o espaço para a formação de redes culturais, tais como as comissões de intercâmbios universitários, os clubes de música, de teatro, de dança. Enfim, durante várias décadas, o ICUB, como é conhecido o instituto, em Montevidéu, alinhavou sob o manto da cultura as comunidades de intelectuais e as elites políticas dos dois países. O Brasil (como também o Uruguai) soube se beneficiar da herança cultural fomentada pelas Conferências Pan-americanas, durante as quais se criaram oportunidades para a constituição de um sistema de cooperação cultural entre os países da América Latina. Esta pesquisa visa entender qual foi a motivação do governo de Getúlio Vargas ao transformar as antigas relações culturais, existentes desde (quase) sempre entre os países, em uma Diplomacia Cultural voltada apara a América Latina de 1930 a 1945. / Hasta 1930, los intercambios culturales entre los países de América Latina eran iniciativas aisladas de sectores del gobierno brasileño y correspondían, casi siempre, a solicitudes específicas de individuos o universidades. Con Getúlio Vargas, los intercambios se ampliaron y se tornaron parte de un programa de cooperación cultural en América Latina conocido por Misión Cultural Brasileña. Compuesta por diplomáticos, educadores e intelectuales, las misiones contribuyeron para llevar a los países, inicialmente los de la Región del Plata, propuestas de organización cultural compartida en torno a la creación de institutos culturales que enseñasen el idioma Portugués y difundiesen la cultura brasileña. En Uruguay, el Instituto Cultural Uruguayo-Brasileño creado en 1940, fue mucho más allá de eso. El Instituto habilitó a los uruguayos para la enseñanza del idioma, implantó un método pedagógico propio, editó publicaciones, estimuló la organización de maestros y estudiantes que contribuyeron con la difusión de la cultura brasileña y uruguaya, concedió el espacio para la formación de redes culturales tales como las comisiones de intercambios universitarios, los clubes de Música, de Teatro, de Danza, en fin, durante varias décadas, el ICUB, como el Instituto es conocido, en Montevideo, proyectó, bajo el manto de la cultura, las comunidades de intelectuales y las elites políticas de los dos países. Brasil (como también Uruguay) supo beneficiarse de la herencia cultural fomentada por las Conferencias Panamericanas, durante las cuales se crearon oportunidades para la constitución de un sistema de cooperación cultural entre los países de América Latina. Mi investigación tiene por objetivo comprender cuál fue la motivación del gobierno de Getúlio Vargas al convertir las antiguas relaciones culturales, existentes desde (casi) siempre entre los países, en una Diplomacia Cultural orientada hacia América Latina de 1930 a 1945.

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