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O papel das duchas higiênicas vaginais sobre a prevalência das infecções genitais em mulheres profissionais do sexo

Amaral, Rose Luce Gomes do 03 December 2010 (has links)
Orientadores: Paulo César Giraldo, Ana Katherine da Silveira Gonçalves / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-16T20:57:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Amaral_RoseLuceGomesdo_D.pdf: 1220448 bytes, checksum: d6f8f0907e1226cc41668603ab978683 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: O uso de duchas vaginais é comum em diferentes povos e culturas. Entre as mulheres que a praticam, a maioria a faz após a menstruação, antes ou após a relação sexual, com a finalidade de evitar o odor desagradável ou para eliminar corrimentos, refrescar a genitália ou prevenir a gravidez. Não está claro na literatura se as duchas poderiam causar problemas às usuárias. Objetivo: Verificar se o uso habitual de duchas vaginais associa-se à infecção genital por Chlamydia trachomatis/ Neisseria gonorrhoeae e Papilomavírus humano (HPV) em mulheres profissionais do sexo. Sujeitos e Métodos: Estudo de corte transversal avaliou 200 mulheres - 111 profissionais do sexo (PS) e 89 não profissionais do sexo (NPS) - assistidas em uma Unidade Básica de Saúde de Campinas, São Paulo, Brasil. Todas as mulheres foram entrevistadas e examinadas por um único pesquisador. A anamnese abordou os antecedentes demográficos, higiênicos, sexuais e médicos, como idade, cor, paridade, escolaridade, tabagismo, estado civil, uso de duchas vaginais, idade da primeira relação sexual, número de parceiros sexuais, número de coitos por semana, práticas sexuais, uso de preservativo e lubrificante. Amostras de células cervicais foram coletadas para testes de captura híbrida objetivando Chlamydia trachomatis/Neisseria gonorrhoaea e HPV. Na análise estatística usou-se o teste exato de Fisher ou X2 para as variáveis discretas, e Mann-Whitney para as variáveis não-paramétricas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (no 902/2009) e contou com a colaboração da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e Laboratório Digene. Resultado: Cerca de 40% das mulheres investigadas praticavam duchas vaginais três ou mais vezes por semana (61,7% das PS e somente 14,6% das NPS). A infecção por CT/NG foi positiva em 10,5% do total dos casos, 17 casos (15,3%) em PS e em quatro casos (4,5%) das NPS (p=0,01), porém não houve diferenças significativas entre usuárias de duchas vaginais (14,81%) e não usuárias (7,6%), (p=ns). As PS não usuárias de duchas vaginais tiveram quase o dobro de infecção CT/NG que as NPS usuárias de duchas vaginais (13,9% vs 7,7%). O HPV foi positivo em 40,5% dos casos, sendo 55,8% da PS e em 21,3% das NPS (p=0,001), contudo DNA-HPV não foi significativamente diferente (p=0,47) entre PS usuárias de duchas vaginais (54,4%) e em não usuárias (58,1%). HPV de alto risco foi positivo em 16,2% e 11,6% (p=ns) e o HPV de baixo risco em 23,5% e 30,2% (p=ns) em usuárias e não usuárias de duchas vaginais respectivamente. Os HPV de alto e baixo riscos foram encontrados simultaneamente em 14,7% e 16,2% das usuárias e não usuárias de duchas vaginais, respectivamente (p=ns). Conclusão: O uso de duchas vaginais não se associou às infecções genitais por CT/NG e HPV de alto ou baixo grau nas mulheres estudadas (profissionais do sexo e não profissionais do sexo) / Abstract: The use of vaginal douching (VD) is widespread around the world, and is more common than is to be expected. The majority of women douche after menses, before or after sexual intercourse to prevent odor, to alleviate vaginal symptoms, or to prevent pregnancy, however it is not clear in the literature if this habit can cause damages for women. Objective: Establish whether high frequency VD favors Chlamydia trachomatis (CT)/Neisseria gonorrhoeae (NG) and Papilomavírus humano (HPV) infection in female sex workers (SW). Subjects and Methods: A clinical cross-sectional study involving 200 women, 111 SW and 89 non-sex workers (NSW) in a Health Center in Brazil. The subjects were submitted to an interview and examined by a single researcher. A questionnaire was filled out with data that included, medical and demographic history (age, race, parity, education, smoking, marital status), hygiene (use of VD, frequency and the solution used) and sexual behaviour (first sexual relation, number of sexual partners, frequency, sexual practices, homosexual relationships, use of condom and lubricant). Cervical samples were collected for CT and NG testing by hybrid capture 2 assay. Statistical analysis used the Fisher's exact test or qui square for discrete variables and Mann-Whitney test for nonparametric variables. The study was approved by Committee the Ethics in Research (no 902/2009) and received the cooperation of São Paulo Secretariat of Health and Digene laboratory. Results: Approximately 40% of women practiced douche three or more times per week (61.7% of SW and only 14.6% of the NSW). Infection with CT / NG was positive in 10.5% of the total cases, 17 cases (15.3%) in SW and in four cases (4.5%) of the NSW (p = 0.01). However, It was in 14.81% of D and but in and 7.6% of ND (p = ns). SW douchers had almost double CT and NG infections than NSW douchers (13.9% vs 7.7%). HPV infection was detected in 40.5% of cases, 55.8% of SW and 21.3% of NSW of (p = 0.001), despite of DNA HPV was not different (p = 0.47) between SW douchers (54.4%) and non-douchers (58.1%). High-risk DNA-HPV was positive in 16.2% and 11.6% (p = ns) and low-risk DNA-HPV in 23.5% and 30.2% (p = ns) in douchers and non-douchers respectively. High and low risk DNA-HPV were found simultaneously in 14.7% and 16.2% of douchers and non-douchers respectively (p = ns). Conclusion: The use of VD is not a causal factor for cervical CT/NG and High-/low risk HPV infection in women studied (SW and NSW) / Doutorado / Tocoginecologia / Doutor em Tocoginecologia

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