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Discriminação cromática em crianças com paralisia cerebral do tipo espástica / Evaluation of chromatic discrimination in children with spastic cerebral palsy

Pereira, Jaelsa da Cunha 20 April 2012 (has links)
Entre os nossos sentidos, a visão é um dos canais pelo qual recém-nascidos interagem com o meio ambiente, o qual exerce fundamental influência sobre o desenvolvimento de nossas funções cognitivas, habilidades motoras e comunicação social (Milner & Goodale, 2008). Assim, a visão é expressivamente requisitada na criança em fase escolar. Nas crianças com paralisia cerebral além do comprometimento motor apresentado, outras alterações sensoriais podem estar presentes, principalmente aquelas relacionadas à visão. Nosso trabalho teve como principal objetivo avaliar a discriminação cromática em crianças com paralisia cerebral espástica em idade escolar (média=10,13; DP=2,89), pois dentre tantas funções visuais importantes esta tem sido muito pouco estudada nesta população. Avaliamos a visão de cores de 43 sujeitos com paralisia cerebral espástica (5 tetraplégicos, 22 diplégicos e 16 hemiplégicos). Divididos em dois grupos: um grupo de (n=31) possui AV (média=1,13 decimal de snellen; DP=0,25) outro grupo (n=12) possui AV (média=0,39 decimal de snellen; DP=0,13) Um grupo de crianças (n=53) formou o grupo controle. As crianças dos três grupos estavam equiparadas por idade e foram submetidas aos mesmos testes. Além da comparação entre os limiares de discriminação cromática, buscamos associações e correlações entre acuidade visual, sexo, idade, prematuridade, nível de comprometimento motor dado pela escala do GMFCS e etiologia. Estendemos também a avaliação cromática para um grupo de sujeitos adultos (n=41), com idades variando de 18 a 69 anos (média=42,58; DP=14,21). A avaliação da discriminação de cores foi realizada usando o teste psicofísico computadorizado, versão adaptada por Goulart et al. (2008) do original (Cambridge Color Test). Este teste utiliza a versão curta trivector, que mede limiares de discriminação cromática em três eixos de confusão: protan, deutan e tritan. Além disso, o teste apresenta duas posições de localização do estímulo (direita ou esquerda) o que garante condições favoráveis para avaliar crianças com paralisia cerebral. Os resultados apresentaram diferenças significativas nos eixos protan e deutan (p<0,05) no grupo de sujeitos com paralisia cerebral e acuidade visual próxima em relação ao grupo controle. Porém, o mesmo não aconteceu para o eixo tritan, contrariando os achados dos poucos estudos encontrados na literatura. O grupo de sujeitos PCs com acuidade visual reduzida apresentou piores limiares cromáticos para todos os eixos e foram estatisticamente significantes (p<0,05), tanto quando comparados com os PCs com acuidade visual normal ou quando comparados com o grupo de sujeitos controle. Entretanto, subgrupos de PCs (diplégicos e hemiplégicos) apresentaram valores semelhantes de limiares cromáticos entre si, atestados pela não diferença estatística, porém os sujeitos tetraplégicos mostraram-se significativamente diferentes dos diplégicos e hemiplégicos (p<0,05). Considerando-se os níveis de GMFCS observamos uma correlação positiva e significativa para o eixo protan e deutan, mas não para o eixo tritan, bem como também para as demais variáveis testadas / Among our senses, vision is one of the channels by which infants interact with the environment, which exerts a fundamental influence on the development of our cognitive functions, motor skills and social communication (Milner & Goodale, 2008). Thus, vision is significantly required in school age child. In addition, children with cerebral palsy who present motor impairment, can also present other sensory changes, especially those related to vision. Our study aimed to evaluate chromatic discrimination in children at school age who have spastic cerebral palsy (mean= 10,13; SD=2,89), for among many important visual functions, few studies have extensively been done in this population. We evaluated the color vision of 43 subjects with spastic cerebral palsy (5 quadriplegic, 22 diplegic and 16 hemiplegic). Divided into two groups: one group (n=31) had visual acuity (mean=1,13 decimal snellen; SD=0,25) another group (n=12) had visual acuity (mean=0,39 decimal snellen; SD=0,13) A group of children (n=53) formed the control group. Children from the three groups were matched by age and underwent the same tests. Besides comparing the chromatic discrimination thresholds, we seek associations and correlations between visual acuity, sex, age, prematurity, level of motor impairment given by scale in the GMFCS and etiology. We also extended the chromatic evaluation to a group of adult subjects (n=41), with ages ranging from 18 to 69 years (mean=42,58; SD=14,21). Evaluation of color discrimination was performed using computerized psychophysical test, version adapted by Goulart et al.(2008) original (Cambridge Color Test). This test uses the short version trivector that measures chromatic discrimination thresholds in three areas of confusion: protan, deutan and tritan. In addition, the test has two positions of the stimulus location (left or right) which ensures favorable conditions for assessing children with cerebral palsy. The results showed significant differences in protan and deutan axes (p<0,05) in the group of subjects with cerebral palsy, and short visual acuity in the control group. However, it did not happen for the tritan axis, contradicting the findings of the few studies in the literature. The group of cerebral palsy subjects that had reduced visual acuity presented worse chromatic thresholds for all axes and were statistically significant (p<0,05), this is when compared to spastic cerebral palsy with normal visual acuity or when compared to the group of controls. However, subgroups of spastic cerebral palsy (diplegic and hemiplegic) had similar values of chromatic thresholds among them, certified by non-statistical difference. On the other hand, tetraplegic subjects were significantly different from the diplegic and hemiplegic (p<0,05). Considering the levels of GMFCS, we observed a positive and significant correlation for the protan and deutan axis, but not for the tritan axis and neither for the other tested variables
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Discriminação cromática em crianças com paralisia cerebral do tipo espástica / Evaluation of chromatic discrimination in children with spastic cerebral palsy

Jaelsa da Cunha Pereira 20 April 2012 (has links)
Entre os nossos sentidos, a visão é um dos canais pelo qual recém-nascidos interagem com o meio ambiente, o qual exerce fundamental influência sobre o desenvolvimento de nossas funções cognitivas, habilidades motoras e comunicação social (Milner & Goodale, 2008). Assim, a visão é expressivamente requisitada na criança em fase escolar. Nas crianças com paralisia cerebral além do comprometimento motor apresentado, outras alterações sensoriais podem estar presentes, principalmente aquelas relacionadas à visão. Nosso trabalho teve como principal objetivo avaliar a discriminação cromática em crianças com paralisia cerebral espástica em idade escolar (média=10,13; DP=2,89), pois dentre tantas funções visuais importantes esta tem sido muito pouco estudada nesta população. Avaliamos a visão de cores de 43 sujeitos com paralisia cerebral espástica (5 tetraplégicos, 22 diplégicos e 16 hemiplégicos). Divididos em dois grupos: um grupo de (n=31) possui AV (média=1,13 decimal de snellen; DP=0,25) outro grupo (n=12) possui AV (média=0,39 decimal de snellen; DP=0,13) Um grupo de crianças (n=53) formou o grupo controle. As crianças dos três grupos estavam equiparadas por idade e foram submetidas aos mesmos testes. Além da comparação entre os limiares de discriminação cromática, buscamos associações e correlações entre acuidade visual, sexo, idade, prematuridade, nível de comprometimento motor dado pela escala do GMFCS e etiologia. Estendemos também a avaliação cromática para um grupo de sujeitos adultos (n=41), com idades variando de 18 a 69 anos (média=42,58; DP=14,21). A avaliação da discriminação de cores foi realizada usando o teste psicofísico computadorizado, versão adaptada por Goulart et al. (2008) do original (Cambridge Color Test). Este teste utiliza a versão curta trivector, que mede limiares de discriminação cromática em três eixos de confusão: protan, deutan e tritan. Além disso, o teste apresenta duas posições de localização do estímulo (direita ou esquerda) o que garante condições favoráveis para avaliar crianças com paralisia cerebral. Os resultados apresentaram diferenças significativas nos eixos protan e deutan (p<0,05) no grupo de sujeitos com paralisia cerebral e acuidade visual próxima em relação ao grupo controle. Porém, o mesmo não aconteceu para o eixo tritan, contrariando os achados dos poucos estudos encontrados na literatura. O grupo de sujeitos PCs com acuidade visual reduzida apresentou piores limiares cromáticos para todos os eixos e foram estatisticamente significantes (p<0,05), tanto quando comparados com os PCs com acuidade visual normal ou quando comparados com o grupo de sujeitos controle. Entretanto, subgrupos de PCs (diplégicos e hemiplégicos) apresentaram valores semelhantes de limiares cromáticos entre si, atestados pela não diferença estatística, porém os sujeitos tetraplégicos mostraram-se significativamente diferentes dos diplégicos e hemiplégicos (p<0,05). Considerando-se os níveis de GMFCS observamos uma correlação positiva e significativa para o eixo protan e deutan, mas não para o eixo tritan, bem como também para as demais variáveis testadas / Among our senses, vision is one of the channels by which infants interact with the environment, which exerts a fundamental influence on the development of our cognitive functions, motor skills and social communication (Milner & Goodale, 2008). Thus, vision is significantly required in school age child. In addition, children with cerebral palsy who present motor impairment, can also present other sensory changes, especially those related to vision. Our study aimed to evaluate chromatic discrimination in children at school age who have spastic cerebral palsy (mean= 10,13; SD=2,89), for among many important visual functions, few studies have extensively been done in this population. We evaluated the color vision of 43 subjects with spastic cerebral palsy (5 quadriplegic, 22 diplegic and 16 hemiplegic). Divided into two groups: one group (n=31) had visual acuity (mean=1,13 decimal snellen; SD=0,25) another group (n=12) had visual acuity (mean=0,39 decimal snellen; SD=0,13) A group of children (n=53) formed the control group. Children from the three groups were matched by age and underwent the same tests. Besides comparing the chromatic discrimination thresholds, we seek associations and correlations between visual acuity, sex, age, prematurity, level of motor impairment given by scale in the GMFCS and etiology. We also extended the chromatic evaluation to a group of adult subjects (n=41), with ages ranging from 18 to 69 years (mean=42,58; SD=14,21). Evaluation of color discrimination was performed using computerized psychophysical test, version adapted by Goulart et al.(2008) original (Cambridge Color Test). This test uses the short version trivector that measures chromatic discrimination thresholds in three areas of confusion: protan, deutan and tritan. In addition, the test has two positions of the stimulus location (left or right) which ensures favorable conditions for assessing children with cerebral palsy. The results showed significant differences in protan and deutan axes (p<0,05) in the group of subjects with cerebral palsy, and short visual acuity in the control group. However, it did not happen for the tritan axis, contradicting the findings of the few studies in the literature. The group of cerebral palsy subjects that had reduced visual acuity presented worse chromatic thresholds for all axes and were statistically significant (p<0,05), this is when compared to spastic cerebral palsy with normal visual acuity or when compared to the group of controls. However, subgroups of spastic cerebral palsy (diplegic and hemiplegic) had similar values of chromatic thresholds among them, certified by non-statistical difference. On the other hand, tetraplegic subjects were significantly different from the diplegic and hemiplegic (p<0,05). Considering the levels of GMFCS, we observed a positive and significant correlation for the protan and deutan axis, but not for the tritan axis and neither for the other tested variables

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