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A luz como linguagem na fotografia do cinema. Aspectos de transparência cultural na representação artística da luzSantos, Luís Carlos dos 10 August 2012 (has links)
Esta tese apresenta uma nova abordagem para a discussão da Representação da Luz na fotografia do Cinema. Para além do entendimento corrente que conceitua o Cinema como linguagem, pretendeu-se mostrar que é, sobretudo, a Luz, e o uso que se faz dela, o principal fundamento da fotografia do Cinema. Uma vez que o Cinema é uma atividade de caráter sociocultural, que é estruturada por forças históricas, sociais, culturais, econômicas e tecnológicas, mas que por sua vez modela e se soma às forças estruturantes da sociedade, pode-se inferir que há uma dialética permeando os processos de produção, reprodução, recepção e difusão da Luz codificada do Cinema. Para entabular a discussão da Luz como linguagem, foram estabelecidos três eixos norteadores, a partir dos quais se buscou compreender a interdependência existente entre as representações, as ações e o coeficiente de transparência da fotografia cinematográfica que, de forma relacional, possibilitam diferentes graus de inteligibilidade e concorrem para que o intercâmbio entre o Cinema, as pessoas, e a materialidade do mundo, se efetive. Na primeira parte da tese, chamada de Eixo X - Referencialidade, composta pelos dois primeiros capítulos, tratou-se da Luz, a partir de dois aspectos: o primeiro, mais amplo, apresentou a Luz como um elemento indissociável da vida humana e da Cultura; o segundo, pretendeu estabelecer a relação entre a representação da Luz em imagens artísticas e a fotografia do Cinema. As referências visuais históricas, oriundas de outras modalidades artísticas, especialmente da pintura e do teatro, formaram a base visual, de onde se originou boa parte das referências fotográficas e dos diferentes usos da Luz, no Cinema. Portanto, a Luz do Cinema tem predecessores. Na segunda parte, tratou-se do chamado Eixo Y – Ação, que foi desenvolvido no terceiro capítulo. Aqui, sob a égide de pensadores como Max Weber, Hannah Arendt, Clifford Geertz, e os do Interacionismo Simbólico, a ênfase da discussão recaiu no elemento de novidade que a ação introduz, nos modelos de codificação da Luz estabelecidos pela cultura. Desta forma, a ação atualiza e dinamiza a linguagem. Na terceira e última parte da tese, nomeada de Eixo Z – Transparência, composta pelo quarto e quinto capítulos, tratou-se de mostrar como e por que a Referencialidade e a Ação, de forma articulada, influenciam, do ponto de vista de sua construção técnica, material, significativa e sígnica, a representação da Luz no Cinema. O conceito de transparência cultural foi cunhado e aplicado, na tentativa de se demarcar esta inter-relação. Do ponto de vista teórico-metodológico, esta tese filia-se ao paradigma interpretativo, de cunho qualitativo. Além das referências bibliográficas, e de textos e artigos procedentes da Internet, utilizou-se, largamente, imagens de diferentes linguagens artísticas, assim como foram produzidas imagens fotográficas, filmográficas e videográficas, que se configuraram como importantes fontes para efeito de análise, nesta tese. / Our thesis introduces a new approach to the debate on the Representation of Light in Film photography. In addition to the current consensus that posits Film as language, we have strived to demonstrate that above all Light, and the manner in which it is used, is the main foundation of Film photography. Inasmuch as Film is a sociocultural activity, structured by historical, social, cultural, economic and technological forces, but in turn shapes and joins society’s structuring forces, one can infer the dialectics permeating the processes of production, reproduction, reception and diffusion of Light coded in Film. With a view to addressing the debate of Light as language, three guiding axes were established, from which we sought to determine the existing interdependence among representations, actions and the transparency coefficient of film photography which, in relating to one another, provide different degrees of intelligibility and contribute to the realization of the exchange among Film, people and the material nature of the world. In the first part of our thesis, titled Axis X – Referentiality, comprising the first two chapters, Light is approached from two points of view: the first one, from a broader perspective, introduces Light as an indissociable element of human life and of Culture; the second one aims to establish the relationship between the representation of Light in artistic pictures and Film photography. Visual historical references, arising from other art forms, especially painting and theater, form the visual basis, from which a large parte of photographic references and different uses of light in Film originate. Thus it can be said that Light in Film has its predecessors. In the second part, we addressed the so-called Axis Y – Action, developed in the third chapter. With the support of thinkers such as Max Weber, Hannah Arendt, Clifford Geertz, and those from Symbolic Interactionism, the focus of the debate fell upon the new element introduced by action, within the codified models dictated by culture. Action thus updates and brings dynamics to language. In the third and last part of the thesis, called Axis Z – Transparency, encompassing the fourth and fifth chapters, we sought to demonstrate how and why Referentiality and Action, in an articulated manner, influence, from a technical, material, meaning and sign construction standpoint, the representation of Light in Film. The concept of cultural transparency was coined and applied, in an attempt to define this interrelation. From a theoretical and methodological point of view, our thesis subscribes to the interpretative paradigm, which has an qualitative characteristic. In addition to the bibliographical references, and to online texts and articles, we made extensive use of images from different artistic languages, as well as produced photographic, film and video images, which became important sources for analysis within our thesis.
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A luz como linguagem na fotografia do cinema. Aspectos de transparência cultural na representação artística da luzSantos, Luís Carlos dos 10 August 2012 (has links)
Esta tese apresenta uma nova abordagem para a discussão da Representação da Luz na fotografia do Cinema. Para além do entendimento corrente que conceitua o Cinema como linguagem, pretendeu-se mostrar que é, sobretudo, a Luz, e o uso que se faz dela, o principal fundamento da fotografia do Cinema. Uma vez que o Cinema é uma atividade de caráter sociocultural, que é estruturada por forças históricas, sociais, culturais, econômicas e tecnológicas, mas que por sua vez modela e se soma às forças estruturantes da sociedade, pode-se inferir que há uma dialética permeando os processos de produção, reprodução, recepção e difusão da Luz codificada do Cinema. Para entabular a discussão da Luz como linguagem, foram estabelecidos três eixos norteadores, a partir dos quais se buscou compreender a interdependência existente entre as representações, as ações e o coeficiente de transparência da fotografia cinematográfica que, de forma relacional, possibilitam diferentes graus de inteligibilidade e concorrem para que o intercâmbio entre o Cinema, as pessoas, e a materialidade do mundo, se efetive. Na primeira parte da tese, chamada de Eixo X - Referencialidade, composta pelos dois primeiros capítulos, tratou-se da Luz, a partir de dois aspectos: o primeiro, mais amplo, apresentou a Luz como um elemento indissociável da vida humana e da Cultura; o segundo, pretendeu estabelecer a relação entre a representação da Luz em imagens artísticas e a fotografia do Cinema. As referências visuais históricas, oriundas de outras modalidades artísticas, especialmente da pintura e do teatro, formaram a base visual, de onde se originou boa parte das referências fotográficas e dos diferentes usos da Luz, no Cinema. Portanto, a Luz do Cinema tem predecessores. Na segunda parte, tratou-se do chamado Eixo Y – Ação, que foi desenvolvido no terceiro capítulo. Aqui, sob a égide de pensadores como Max Weber, Hannah Arendt, Clifford Geertz, e os do Interacionismo Simbólico, a ênfase da discussão recaiu no elemento de novidade que a ação introduz, nos modelos de codificação da Luz estabelecidos pela cultura. Desta forma, a ação atualiza e dinamiza a linguagem. Na terceira e última parte da tese, nomeada de Eixo Z – Transparência, composta pelo quarto e quinto capítulos, tratou-se de mostrar como e por que a Referencialidade e a Ação, de forma articulada, influenciam, do ponto de vista de sua construção técnica, material, significativa e sígnica, a representação da Luz no Cinema. O conceito de transparência cultural foi cunhado e aplicado, na tentativa de se demarcar esta inter-relação. Do ponto de vista teórico-metodológico, esta tese filia-se ao paradigma interpretativo, de cunho qualitativo. Além das referências bibliográficas, e de textos e artigos procedentes da Internet, utilizou-se, largamente, imagens de diferentes linguagens artísticas, assim como foram produzidas imagens fotográficas, filmográficas e videográficas, que se configuraram como importantes fontes para efeito de análise, nesta tese. / Our thesis introduces a new approach to the debate on the Representation of Light in Film photography. In addition to the current consensus that posits Film as language, we have strived to demonstrate that above all Light, and the manner in which it is used, is the main foundation of Film photography. Inasmuch as Film is a sociocultural activity, structured by historical, social, cultural, economic and technological forces, but in turn shapes and joins society’s structuring forces, one can infer the dialectics permeating the processes of production, reproduction, reception and diffusion of Light coded in Film. With a view to addressing the debate of Light as language, three guiding axes were established, from which we sought to determine the existing interdependence among representations, actions and the transparency coefficient of film photography which, in relating to one another, provide different degrees of intelligibility and contribute to the realization of the exchange among Film, people and the material nature of the world. In the first part of our thesis, titled Axis X – Referentiality, comprising the first two chapters, Light is approached from two points of view: the first one, from a broader perspective, introduces Light as an indissociable element of human life and of Culture; the second one aims to establish the relationship between the representation of Light in artistic pictures and Film photography. Visual historical references, arising from other art forms, especially painting and theater, form the visual basis, from which a large parte of photographic references and different uses of light in Film originate. Thus it can be said that Light in Film has its predecessors. In the second part, we addressed the so-called Axis Y – Action, developed in the third chapter. With the support of thinkers such as Max Weber, Hannah Arendt, Clifford Geertz, and those from Symbolic Interactionism, the focus of the debate fell upon the new element introduced by action, within the codified models dictated by culture. Action thus updates and brings dynamics to language. In the third and last part of the thesis, called Axis Z – Transparency, encompassing the fourth and fifth chapters, we sought to demonstrate how and why Referentiality and Action, in an articulated manner, influence, from a technical, material, meaning and sign construction standpoint, the representation of Light in Film. The concept of cultural transparency was coined and applied, in an attempt to define this interrelation. From a theoretical and methodological point of view, our thesis subscribes to the interpretative paradigm, which has an qualitative characteristic. In addition to the bibliographical references, and to online texts and articles, we made extensive use of images from different artistic languages, as well as produced photographic, film and video images, which became important sources for analysis within our thesis.
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