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Formação e autonomia do professor universitário: um estudo na Universidade Federal de GoiásResende, Maria do Rosário Silva 03 May 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-05-03 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / ABSTRACT
This research focuses on the formation and autonomy of the university professor. A critique of reason has been presented as a requirement for the formation of a truly autonomous individual. Psychological and educational perspectives were the basis for this paper. The Federal University of Goiás was used as the empirical research field in which the formation of its professors and the possibilities for autonomy in their everyday relations within this institution were investigated. The central hypothesis, which has been formulated is that in Federal Universities the objective day-to-day working conditions of the professor affect their performance, their teaching activities, their autonomy, their awareness and self-criticism. These conditions often represent one more obstacle for the expression of the professor s individuality and consequently of his autonomy, even that which is formally admitted. These objective working conditions interfere in such a way that they frequently cause professors to develop behavioral patterns of acceptance, resignation, apathy and adjustment when faced with these day-day-day situations. A questionnaire was used to collect the information essential for the objectives and verification of the hypotheses in the research. The information collected from the questionnaires underwent both a statistical analysis using the SPSS program, and an analysis of content. The critical theory of society, developed by Horkheimer, Adorno e Marcuse, is the theoretical support for the paper. An attempt was made to check out the influence of the changes taking place in Brazilian Federal Universities and the objective working conditions of these professors, partly resultant from official educational policies. The sample is made up of 419 permanent professors at the Federal University of Goiás. All have doctorates and full time contracts and are working in undergraduate departments. For this sample only 56 professors took part in the research. The results would suggest that, when faced with such a situation, the objective working conditions interfere to such an extent that they have led university professors to develop behavioral patterns of acceptance, resignation, apathy and adaptation to the detriment of reflection, interest in new experiences and criticism of these same conditions. An increase in the burocratization of teaching activities, including what they consider to be the core of university teaching, research and extension, is closely connected to a kind of productivity demanded of professors. This has also been characterized as an obstacle to the freedom and emancipation, therefore, to the autonomy of professors. / RESUMO
Esta investigação centrou-se na formação e na autonomia do professor universitário. A crítica da razão é apresentada como exigência para a formação do indivíduo verdadeiramente autônomo. A psicologia e a educação foram as perspectivas que nortearam este trabalho; a Universidade Federal de Goiás (UFG), o campo da pesquisa empírica na qual investigou-se a formação de seus professores e as possibilidades de autonomia em suas relações cotidianas no interior da instituição. A hipótese central formulada é a de que as condições objetivas de trabalho do professor das universidades públicas federais afetam sua atuação, suas atividades docentes, sua autonomia, sua consciência e sua autocrítica no trabalho cotidiano. Elas representam, muitas vezes, mais um obstáculo à manifestação da individualidade do professor e, conseqüentemente, à sua autonomia, até mesmo aquela formalmente admitida. Para levantar as informações imprescindíveis aos objetivos e à verificação das hipóteses da pesquisa, foi utilizado um questionário. As informações recolhidas das respostas aos questionários passaram por um tratamento estatístico e por uma análise de conteúdo. A teoria crítica da sociedade, desenvolvida por Horkheimer, Adorno e Marcuse, constituiu o suporte teórico do trabalho. Buscou-se verificar as influências das transformações que vêm ocorrendo nas universidades públicas federais no Brasil e as condições objetivas de trabalho de seus professores, proporcionadas, em parte, pelas políticas educacionais. A população da pesquisa é composta de 419 professores do quadro efetivo da UFG, com a titulação de doutor e contrato de trabalho de dedicação exclusiva, lotados em unidades acadêmicas com cursos de graduação; da amostra participaram 56 professores. Os resultados revelaram que as condições objetivas de trabalho interferem de tal modo que levam os professores universitários a desenvolver mais comportamentos de acomodação, conformação, apatia e adaptação, diante das situações, do que de reflexão, de interesse por experiências novas e de crítica a essas condições. O aumento da burocratização das atividades docentes tem uma forte vinculação com o tipo de produtividade exigida dos professores. Isso tem se caracterizado também como um obstáculo à liberdade e à autonomia dos professores.
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