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[en] TRAP IN BRAZIL: REEXISTENCES OF PERIPHERAL ART / [pt] TRAP NO BRASIL: REEXISTÊNCIAS DA ARTE PERIFÉRICAJORGE ADRIHAN DO N DE MORAES 11 May 2023 (has links)
[pt] A presente investigação objetivou analisar a consolidação e configurações do Trap
no Brasil, no sentido das reexistências da arte periférica na contemporaneidade.
Para tal, a dissertação buscou, a princípio, abordar em que consiste arte periférica,
tomando como ponto de partida o gênero em análise. Frente a isso, abordou a arte
periférica não enquanto uma limitação do espaço em que ela pode ocupar e/ou
alcançar, mas sim da produção de atores sociais que experienciam as realidades
de uma sociedade capitalista e excludente. Logo após, tratou o Trap, desde o Hip
Hop e o Rap, sob a perspectiva memorialística, como fator de identidade, em que
as produções vão das palavras, das escritas ficcionais à performance. O estudo
bibliográfico inicial culminou em uma pesquisa de campo, de cunho qualitativo,
com a realização de entrevistas, por meio de questionário aberto, com produtores
e trappers. Através de uma análise discursiva, compreendeu-se a hibridez do Trap
com outros gêneros, como Hip Hop, Rap e Funk, porém apresentando uma outra
enunciação do povo preto, em outros espaços, denunciando os racismos, por meio
de cenários e objetos elitizados. Sendo assim, por mais que se hibridizem em
alguns aspectos, em outros se distanciam, não só pelas narrativas das canções,
mas também com o Trap possuindo uma batida mais forte, com sons mais rápidos,
com o uso de sintetizadores multidimensionais, a partir de diversos sons
eletrônicos, que trazem a sensação do som ecoar por todos os lados. Percebeuse, portanto, que o Trap vem para demonstrar os novos cenários e esferas sociais
que a periferia alcança na contemporaneidade. / [en] The present investigation aimed to analyze the consolidation and configurations of
Trap in Brazil, in order in the sense of re-existence of peripheral art in contemporary
times. To this end, the dissertation sought, at first, to address what peripheral art
consists of, taking the genre under analysis as a starting point. Faced with this,
peripheral art was approached not as a limitation of the space it can occupy and/or
reach, but rather as the production of social actors who experience the realities of
a capitalist and excluding society. Soon after, he treated Trap, from Hip Hop and
Rap, from a memorialistic perspective, as an identity factor, in which productions
range from words, from fictional writings to performance. The initial bibliographical
study culminated in a field research, of a qualitative nature, with interviews, through
an open questionnaire, with producers and trappers. Through a discursive analysis,
the hybridity of Trap with other genres, such as Hip Hop, Rap and Funk, was
understood, but presenting another enunciation of black people, in other spaces,
denouncing racism, through elitist scenarios and objects. Therefore, although they
are hybridized in some respects, in others they distance themselves, not only due
to the narratives of the songs, but also with Trap having a stronger beat, with faster
sounds, with the use of multidimensional synthesizers, from several electronic
sounds, which bring the feeling of sound echoing everywhere. It was noticed,
therefore, that Trap comes to demonstrate the new scenarios and social spheres
that the periphery reaches in contemporary times.
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