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Residualidade medieval em AluÃsio Azevedo: um estudo do medo e da culpa no romance O Homem. / Medieval residuality in AluÃsio Azevedo: a study of fear and guilty presente in the novel O Homem (The Man).

Isabel GuimarÃes Rodrigues 16 August 2010 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / O presente trabalho tem por objetivo analisar a residualidade medieval no romance naturalista O Homem, de AluÃsio Azevedo. Ao realizarmos a leitura do romance, percebemos aspectos ao longo da narrativa que nos remetem à mentalidade medieval, principalmente no que diz respeito à religiosidade, ao medo e sentimento de culpa ligado à construÃÃo da idÃia de pecado. A Idade MÃdia teve sua cultura e suas leis profundamente baseadas na religiosidade difundida pelos dogmas judaico-cristÃos da Igreja CatÃlica, a qual detinha o poder de conduzir o cotidiano da sociedade atravÃs dos sacramentos e rotinas religiosas, bem como tinha total liberdade para julgar e condenar as pessoas consideradas pecaminosas e hereges. Para tanto, fez uso de mecanismos de poder para manipular o pensamento e as atitudes dos indivÃduos. Em O Homem, percebe-se a presenÃa desses mecanismos da mentalidade medieval, o que torna pertinente a constÃncia residual desses mecanismos na mentalidade do Ocidente. E para realizar essa ponte entre Idade MÃdia e a obra faremos uso da Teoria da Residualidade, de Roberto Pontes, teoria que estuda os resquÃcios de uma mentalidade em outra mentalidade, seja no Ãmbito cultural ou literÃrio. Pretendemos desenvolver a teoria à luz da HistÃria das Mentalidades, uma das diretrizes norteadoras da teoria, bem como elucidar acerca dos conceitos de resÃduo, cristalizaÃÃo e hibridaÃÃo cultural. AlÃm disso, abordaremos aspectos da vida medieval, focando no papel da Igreja CatÃlica em meio à sociedade, para enfim analisarmos o romance, cujos pontos serÃo desenvolvidos em torno da idÃia de pecado original, demonologia e vampirismo. / The present work aims at analyzing medieval residuality in the naturalistic novel O Homem (The Man) by AluÃsio Azevedo. We can point out some characteristics of the medieval mentality throughout the narrative, mainly when it refers to religiosity, fear and guiltiness of sin. Middle Age culture and laws are deeply based on religiosity through the Catholic Church Christian-Jewish Dogmas. They retain the power of leading the daily society through the sacramental system and religious routine and also feel free to judge and condemn people considered sinful and ungodly. Power based mechanism was used to manipulate and control peopleâs thoughts and attitudes. Residual constancy of the medieval mental cultural heritage found in the O Homem, turns out to be relevant in the Occident mindset. And to perform this link between Middle Age and the novel we will focus on the Residual Theory, by Roberto Pontes, which consists of the residue of one mentality into another mentality within culture or literature. We intend to develop the theory from the point of view of the History of Mentalities, one of the guidelines of the theory, as well as explain cultural hybridization, crystallization and residual concepts. We will also focus on the role of the Catholic Church in the Middle Age society to finally analyze the novel within the idea of the original sin, devilry and vampirism.
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Residualidade Medieval em Aluísio Azevedo: Um Estudo do Medo e da Culpa no Romance o Homem / Medieval Residuality in Aluísio Azevedo: A Study of fear and Guilty Presente in the Novel o Homem (the Man)

Rodrigues, Isabel Guimarães January 2010 (has links)
RODRIGUES, Isabel Guimarães. Residualidade medieval em Aluísio Azevedo: um estudo do medo e da culpa no romance o Homem. 2010. 174f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2010. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-06-29T14:08:59Z No. of bitstreams: 1 2010_DIS_IGRODRIGUES.pdf: 844351 bytes, checksum: 339639774807064f4771914caf0f99c5 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-07-23T16:38:12Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_DIS_IGRODRIGUES.pdf: 844351 bytes, checksum: 339639774807064f4771914caf0f99c5 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-23T16:38:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_DIS_IGRODRIGUES.pdf: 844351 bytes, checksum: 339639774807064f4771914caf0f99c5 (MD5) Previous issue date: 2010 / The present work aims at analyzing medieval residuality in the naturalistic novel O Homem (The Man) by Aluísio Azevedo. We can point out some characteristics of the medieval mentality throughout the narrative, mainly when it refers to religiosity, fear and guiltiness of sin. Middle Age culture and laws are deeply based on religiosity through the Catholic Church Christian-Jewish Dogmas. They retain the power of leading the daily society through the sacramental system and religious routine and also feel free to judge and condemn people considered sinful and ungodly. Power based mechanism was used to manipulate and control people’s thoughts and attitudes. Residual constancy of the medieval mental cultural heritage found in the O Homem, turns out to be relevant in the Occident mindset. And to perform this link between Middle Age and the novel we will focus on the Residual Theory, by Roberto Pontes, which consists of the residue of one mentality into another mentality within culture or literature. We intend to develop the theory from the point of view of the History of Mentalities, one of the guidelines of the theory, as well as explain cultural hybridization, crystallization and residual concepts. We will also focus on the role of the Catholic Church in the Middle Age society to finally analyze the novel within the idea of the original sin, devilry and vampirism. / O presente trabalho tem por objetivo analisar a residualidade medieval no romance naturalista O Homem, de Aluísio Azevedo. Ao realizarmos a leitura do romance, percebemos aspectos ao longo da narrativa que nos remetem à mentalidade medieval, principalmente no que diz respeito à religiosidade, ao medo e sentimento de culpa ligado à construção da idéia de pecado. A Idade Média teve sua cultura e suas leis profundamente baseadas na religiosidade difundida pelos dogmas judaico-cristãos da Igreja Católica, a qual detinha o poder de conduzir o cotidiano da sociedade através dos sacramentos e rotinas religiosas, bem como tinha total liberdade para julgar e condenar as pessoas consideradas pecaminosas e hereges. Para tanto, fez uso de mecanismos de poder para manipular o pensamento e as atitudes dos indivíduos. Em O Homem, percebe-se a presença desses mecanismos da mentalidade medieval, o que torna pertinente a constância residual desses mecanismos na mentalidade do Ocidente. E para realizar essa ponte entre Idade Média e a obra faremos uso da Teoria da Residualidade, de Roberto Pontes, teoria que estuda os resquícios de uma mentalidade em outra mentalidade, seja no âmbito cultural ou literário. Pretendemos desenvolver a teoria à luz da História das Mentalidades, uma das diretrizes norteadoras da teoria, bem como elucidar acerca dos conceitos de resíduo, cristalização e hibridação cultural. Além disso, abordaremos aspectos da vida medieval, focando no papel da Igreja Católica em meio à sociedade, para enfim analisarmos o romance, cujos pontos serão desenvolvidos em torno da idéia de pecado original, demonologia e vampirismo.

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