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Resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) ao acaricida hexitiazox em citros. / Resistance of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) to the acaricide hexythiazox in citrus.

Campos, Fernando Joly 28 January 2002 (has links)
O objetivo desse trabalho foi o de coletar informações básicas para a implementação de um programa de manejo da resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) ao acaricida hexitiazox na cultura de citros. A suscetibilidade de ovos de B. phoenicis a hexitiazox foi avaliada através de um bioensaio de contato direto. Foi verificado que há efeito da idade de ovos de B. phoenicis na suscetibilidade, sendo que ovos no início do desenvolvimento embrionário (1 a 3 dias) foram menos tolerantes a hexitiazox do que ovos de 4 a 9 dias de idade. A CL50 estimada para a população suscetível de referência (linhagem S) foi de 0,89 mg de hexitiazox/L de água (IC 95% 0,75-1,03). Para o isolamento da resistência de B. phoenicis a hexitiazox (linhagem R), um trabalho de seleção em condições laboratoriais foi realizado a partir de uma população coletada em um pomar de citros da região de Barretos-SP, onde o uso de hexitiazox tinha sido intenso e falhas no controle do ácaro haviam sido reportadas com esse acaricida. A intensidade da resistência de B. phoenicis a hexitiazox foi maior que 10.000 vezes. Concentrações discriminatórias entre 10 e 320 mg de hexitiazox/L de água foram definidas para um programa de monitoramento da resistência de B. phoenicis ao hexitiazox. Resultados do levantamento da suscetibilidade a hexitiazox em populações de B. phoenicis provenientes de diferentes pomares dos Estados de São Paulo e Minas Gerais revelaram uma grande variabilidade na freqüência de resistência. Não foi observada relação entre o regime de uso do hexitiazox e a freqüência de resistência. Estudos da dinâmica da resistência em laboratório revelaram que a resistência de B. phoenicis a hexitiazox é estável, isto é, a freqüência de resistência não diminui significativamente na ausência de pressão de seleção. Portanto, os resultados obtidos no presente trabalho indicam a necessidade de implementação imediata de estratégias de manejo da resistência de B. phoenicis a hexitiazox para a prolongar a vida útil desse acaricida. / The objective of this study was to collect baseline information for implementing an acaricide resistance management program of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) to hexythiazox in citrus. The egg susceptibility of B. phoenicis to hexythiazox was measured by a direct contact bioassay. It was observed a significant effect of the egg developmental stage on susceptibility; that is, 1 to 3-day old eggs were less tolerant to hexythiazox than 4 to 9-day old eggs. The estimated LC50 for the S strain was 0.89 mg of hexythiazox/L of water (95% CI 0.75-1.03). To isolate hexythiazox-resistant B. phoenicis, a laboratory selection was conducted with a field population collected in a citrus grove located in Barretos-SP, where the intensity of hexythiazox use was high and field failures in the control of B. phoenicis were reported with the use of this acaricide. The intensity of resistance was greater than 10,000- fold. Discriminating concentrations between 10 and 320 mg of hexythiazox/L of water were defined for monitoring the resistance of B. phoenicis to hexythiazox. Results from a survey of susceptibility of B. phoenicis populations collected from citrus groves located in the State of São Paulo and Minas Gerais revealed a great variability in the frequency of resistance. No correlation was observed between the intensity of hexythiazox use and the frequency of resistance. Studies on dynamics of resistance showed that the resistance of B. phoenicis to hexythiazox is stable under laboratory conditions; that is the frequency of resistance did not decline significantly in the absence of selection pressure. Therefore, results obtained herein indicate the urgent need to implement resistance management strategies of B. phoenicis to hexythiazox in order to prolong the lifetime of this acaricide.
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Resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) ao acaricida hexitiazox em citros. / Resistance of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) to the acaricide hexythiazox in citrus.

Fernando Joly Campos 28 January 2002 (has links)
O objetivo desse trabalho foi o de coletar informações básicas para a implementação de um programa de manejo da resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) ao acaricida hexitiazox na cultura de citros. A suscetibilidade de ovos de B. phoenicis a hexitiazox foi avaliada através de um bioensaio de contato direto. Foi verificado que há efeito da idade de ovos de B. phoenicis na suscetibilidade, sendo que ovos no início do desenvolvimento embrionário (1 a 3 dias) foram menos tolerantes a hexitiazox do que ovos de 4 a 9 dias de idade. A CL50 estimada para a população suscetível de referência (linhagem S) foi de 0,89 mg de hexitiazox/L de água (IC 95% 0,75-1,03). Para o isolamento da resistência de B. phoenicis a hexitiazox (linhagem R), um trabalho de seleção em condições laboratoriais foi realizado a partir de uma população coletada em um pomar de citros da região de Barretos-SP, onde o uso de hexitiazox tinha sido intenso e falhas no controle do ácaro haviam sido reportadas com esse acaricida. A intensidade da resistência de B. phoenicis a hexitiazox foi maior que 10.000 vezes. Concentrações discriminatórias entre 10 e 320 mg de hexitiazox/L de água foram definidas para um programa de monitoramento da resistência de B. phoenicis ao hexitiazox. Resultados do levantamento da suscetibilidade a hexitiazox em populações de B. phoenicis provenientes de diferentes pomares dos Estados de São Paulo e Minas Gerais revelaram uma grande variabilidade na freqüência de resistência. Não foi observada relação entre o regime de uso do hexitiazox e a freqüência de resistência. Estudos da dinâmica da resistência em laboratório revelaram que a resistência de B. phoenicis a hexitiazox é estável, isto é, a freqüência de resistência não diminui significativamente na ausência de pressão de seleção. Portanto, os resultados obtidos no presente trabalho indicam a necessidade de implementação imediata de estratégias de manejo da resistência de B. phoenicis a hexitiazox para a prolongar a vida útil desse acaricida. / The objective of this study was to collect baseline information for implementing an acaricide resistance management program of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) to hexythiazox in citrus. The egg susceptibility of B. phoenicis to hexythiazox was measured by a direct contact bioassay. It was observed a significant effect of the egg developmental stage on susceptibility; that is, 1 to 3-day old eggs were less tolerant to hexythiazox than 4 to 9-day old eggs. The estimated LC50 for the S strain was 0.89 mg of hexythiazox/L of water (95% CI 0.75-1.03). To isolate hexythiazox-resistant B. phoenicis, a laboratory selection was conducted with a field population collected in a citrus grove located in Barretos-SP, where the intensity of hexythiazox use was high and field failures in the control of B. phoenicis were reported with the use of this acaricide. The intensity of resistance was greater than 10,000- fold. Discriminating concentrations between 10 and 320 mg of hexythiazox/L of water were defined for monitoring the resistance of B. phoenicis to hexythiazox. Results from a survey of susceptibility of B. phoenicis populations collected from citrus groves located in the State of São Paulo and Minas Gerais revealed a great variability in the frequency of resistance. No correlation was observed between the intensity of hexythiazox use and the frequency of resistance. Studies on dynamics of resistance showed that the resistance of B. phoenicis to hexythiazox is stable under laboratory conditions; that is the frequency of resistance did not decline significantly in the absence of selection pressure. Therefore, results obtained herein indicate the urgent need to implement resistance management strategies of B. phoenicis to hexythiazox in order to prolong the lifetime of this acaricide.
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Detecção e caracterização da resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) ao acaricida propargite. / Detection and characterization of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) resistance to the acaricide propargite.

Cláudio Roberto Franco 21 January 2003 (has links)
O ácaro-da-leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes) é uma das principais pragas da citricultura por ser o vetor do vírus causador da leprose dos citros. O acaricida propargite tem sido bastante utilizado no controle deste ácaro. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi o de coletar subsídios para a implementação de um programa de manejo da resistência de B. phoenicis ao propargite. Foram conduzidos trabalhos de caracterização da linha-básica de suscetibilidade de B. phoenicis ao propargite, monitoramento da suscetibilidade ao propargite em diferentes populações de B. phoenicis, caracterização da resistência de B. phoenicis ao propargite e avaliação da interação de B. phoenicis, propargite e citros. A técnica de bioensaio adotada foi o contato residual pulverizando discos de folhas de citros com o auxílio da Torre de Potter. As CL50 (IC 95%) estimadas para as linhagens suscetível (S) e resistente (R) foram 217,51 (207,07-228,35) e 2.195,43 (1.759,23-2.808,21) mg de propargite/ml de água [I.A. (ppm)] respectivamente. A razão de resistência foi de 10 vezes. As concentrações diagnósticas definidas para o monitoramento da suscetibilidade foram 320 e 720 mg de propargite/ml de água [I.A. (ppm)]. Foram observadas diferenças significativas na suscetibilidade de populações do ácaro-da-leprose ao propargite. A partir da avaliação da interação de B. phoenicis, propargite e citros, verificou-se que o modo de exposição de ácaros por contato residual proporcionou maior discriminação entre as linhagens S e R do que por contato direto em condições laboratoriais. A persistência da atividade biológica de propargite sobre frutos de citros foi baixa em condições de campo e as linhagens S e R foram claramente discriminadas pelo resíduo de propargite, sugerindo que a evolução da resistência pode se processar principalmente pelo contato residual de B. phoenicis sobre o propargite. / The citrus flat mite Brevipalpus phoenicis (Geijskes) is one of the most important citrus pests because it vectors the citrus leprosis virus. The acaricide propargite has been frequently used to control this mite. Therefore, the objective of this work was to collect basic information for implementing a resistance management program of B. phoenicis to propargite. In this work it was conducted studies on baseline susceptibility of B. phoenicis to propargite, monitoring the susceptibility to propargite in different B. phoenicis populations, characterization of propargite resistance in B. phoenicis and evaluation of interaction of B. phoenicis, propargite and citrus. The bioassay technique used in this study was the residual contact with the use of citrus leaf disks sprayed with the Potter spray tower. The estimated LC50 (95% CI) to susceptible (S) and resistant (R) strains were 217.51 (207.07-228.35) and 2,195.43 (1,759.23-2,808.21) mg of propargite/ml of water [A.I. (ppm)], respectively. The resistance ratio was 10-fold. The diagnostic concentrations defined for monitoring the resistance were 320 and 720 mg of propargite/ml of water [A.I. (ppm)]. A significant difference in susceptibility to propargite was detected in B. phoenicis populations. Studies on evaluation of interaction of B. phoenicis, propargite and citrus revealed that the mode of exposure of mites by residual contact gave better discrimination between S and R strains than by direct contact under laboratory conditions. The persistence of biological activity of propargite on citrus fruit was low under field conditions and there was a clear discrimination between S and R strain on propargite residues, suggesting that the evolution of resistance can be processed mainly by the residual contact of B. phoenicis on propargite.
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Detecção e caracterização da resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) ao acaricida propargite. / Detection and characterization of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) resistance to the acaricide propargite.

Franco, Cláudio Roberto 21 January 2003 (has links)
O ácaro-da-leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes) é uma das principais pragas da citricultura por ser o vetor do vírus causador da leprose dos citros. O acaricida propargite tem sido bastante utilizado no controle deste ácaro. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi o de coletar subsídios para a implementação de um programa de manejo da resistência de B. phoenicis ao propargite. Foram conduzidos trabalhos de caracterização da linha-básica de suscetibilidade de B. phoenicis ao propargite, monitoramento da suscetibilidade ao propargite em diferentes populações de B. phoenicis, caracterização da resistência de B. phoenicis ao propargite e avaliação da interação de B. phoenicis, propargite e citros. A técnica de bioensaio adotada foi o contato residual pulverizando discos de folhas de citros com o auxílio da Torre de Potter. As CL50 (IC 95%) estimadas para as linhagens suscetível (S) e resistente (R) foram 217,51 (207,07-228,35) e 2.195,43 (1.759,23-2.808,21) mg de propargite/ml de água [I.A. (ppm)] respectivamente. A razão de resistência foi de 10 vezes. As concentrações diagnósticas definidas para o monitoramento da suscetibilidade foram 320 e 720 mg de propargite/ml de água [I.A. (ppm)]. Foram observadas diferenças significativas na suscetibilidade de populações do ácaro-da-leprose ao propargite. A partir da avaliação da interação de B. phoenicis, propargite e citros, verificou-se que o modo de exposição de ácaros por contato residual proporcionou maior discriminação entre as linhagens S e R do que por contato direto em condições laboratoriais. A persistência da atividade biológica de propargite sobre frutos de citros foi baixa em condições de campo e as linhagens S e R foram claramente discriminadas pelo resíduo de propargite, sugerindo que a evolução da resistência pode se processar principalmente pelo contato residual de B. phoenicis sobre o propargite. / The citrus flat mite Brevipalpus phoenicis (Geijskes) is one of the most important citrus pests because it vectors the citrus leprosis virus. The acaricide propargite has been frequently used to control this mite. Therefore, the objective of this work was to collect basic information for implementing a resistance management program of B. phoenicis to propargite. In this work it was conducted studies on baseline susceptibility of B. phoenicis to propargite, monitoring the susceptibility to propargite in different B. phoenicis populations, characterization of propargite resistance in B. phoenicis and evaluation of interaction of B. phoenicis, propargite and citrus. The bioassay technique used in this study was the residual contact with the use of citrus leaf disks sprayed with the Potter spray tower. The estimated LC50 (95% CI) to susceptible (S) and resistant (R) strains were 217.51 (207.07-228.35) and 2,195.43 (1,759.23-2,808.21) mg of propargite/ml of water [A.I. (ppm)], respectively. The resistance ratio was 10-fold. The diagnostic concentrations defined for monitoring the resistance were 320 and 720 mg of propargite/ml of water [A.I. (ppm)]. A significant difference in susceptibility to propargite was detected in B. phoenicis populations. Studies on evaluation of interaction of B. phoenicis, propargite and citrus revealed that the mode of exposure of mites by residual contact gave better discrimination between S and R strains than by direct contact under laboratory conditions. The persistence of biological activity of propargite on citrus fruit was low under field conditions and there was a clear discrimination between S and R strain on propargite residues, suggesting that the evolution of resistance can be processed mainly by the residual contact of B. phoenicis on propargite.
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Dinâmica da resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) ao acaricida dicofol. / Resistance dynamics of Brevipalpus phoenicis (geijskes, 1939) (acari: tenuipalpidae) to the acaricide dicofol.

Alves, Everaldo Batista 19 April 2004 (has links)
O conhecimento da dinâmica da resistência de pragas a pesticidas é de fundamental importância para a implementação de estratégias de manejo da resistência. Desta forma, o principal objetivo do presente trabalho foi estudar a dinâmica da resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) ao acaricida dicofol em pomares comerciais de citros durante um período de aproximadamente três anos. Para tanto, foram realizados estudos para avaliar a resposta à pressão de seleção com dicofol em populações de B. phoenicis com diferentes freqüências iniciais de resistência e acompanhamento da freqüência de resistência na ausência de pressão seletiva. Alguns fatores que podem estar envolvidos na dinâmica da resistência de B. phoenicis a acaricidas como a capacidade de dispersão e a efetividade de hospedeiros alternativos como refúgio de indivíduos suscetíveis foram avaliados. Aplicações de dicofol em alguns talhões de citros resultaram em aumentos significativos na freqüência de resistência. A velocidade de restabelecimento da suscetibilidade na ausência de pressão seletiva variou entre os talhões. Em alguns talhões, o restabelecimento da suscetibilidade foi observado em um período de aproximadamente um ano. Em outros talhões, o restabelecimento da suscetibilidade não foi observado mesmo após 29 meses sem o uso do dicofol. Trabalhos de dispersão de B. phoenicis conduzidos em casa de vegetação mostraram que a capacidade de dispersão por caminhamento é limitada. Com a liberação de 6.000 ácaros em um determinado ponto, apenas 3% atingiram distâncias de 40 a 50 cm. As distâncias percorridas por este ácaro foram geralmente inferiores a 1 cm.dia-1. Em condições de laboratório, verificou-se que vento de 23 km.h-1 não foi capaz de arrastar ácaros da superfície de frutos; e velocidades de 30 e 40 km.h-1 foram capazes de arrastar menos de 1% da população de ácaros provenientes tanto de colônias novas quanto de colônias velhas. Trabalhos de dispersão em condições de campo mediante a utilização de armadilhas adesivas também comprovaram que a dispersão de B. phoenicis é bastante limitada quando comparada a de outras espécies de ácaros que ocorrem nos pomares de citros. De um total 2.420 e 661 ácaros coletados em dois talhões de citros na região de Descalvado-SP, apenas 0,45 e 11,80% dos ácaros pertenciam à família Tenuipalpidae, respectivamente. Para verificar a efetividade de outras plantas hospedeiras de B. phoenicis como refúgio de indivíduos suscetíveis, a variabilidade genética em populações de B. phoenicis provenientes de cercas-vivas de sansão-de-campo (Mimosa caesalpiniaefolia Benth.) localizadas próximas aos pomares de citros foi avaliada mediante estimativa da freqüência de resistência ao dicofol e análise molecular. Em geral, a freqüência de resistência em populações de B. phoenicis provenientes de sansão-de-campo foi inferior a de citros em um mesmo pomar. No entanto, a análise da variabilidade genética através da técnica de RAPD - PCR mostrou que as populações de B. phoenicis provenientes de sansão-do-campo são geneticamente diferentes das populações provenientes de citros. Portanto, baseado nos resultados obtidos conclui-se que o restabelecimento da suscetibilidade de B. phoenicis ao dicofol é bastante variável e a imigração de indivíduos suscetíveis de áreas não tratadas ou de hospedeiros alternativos é bastante limitada. / The knowledge of dynamics of pest resistance to pesticides is crucial for the implementation of resistance management strategies. Therefore, the main objective of this research was to study the dynamics of the resistance of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) to the acaricide dicofol in commercial citrus groves during a 3-year period. Studies to evaluate the selection response to dicofol were conducted in populations of B. phoenicis with different initial resistance frequencies. The frequency of resistance was also estimated in the absence of selection pressure. Some factors that influence the resistance dynamics of B. phoenicis such as the dispersal capacity and the effectiveness of alternative hosts as refuges for susceptible individuals were also evaluated in this study. There was a significant increase in the frequency of dicofol resistance with applications of dicofol in some citrus field plots. The rate of reset to susceptibility in the absence of selection pressure varied from field to field. In some fields, the reset to susceptibility was observed within approximately 12-month period. On the other hand, the reset to susceptibility was not observed even after 29 months without using dicofol. Dispersal studies of B. phoenicis on sandy surface conducted under greenhouse conditions showed that dispersal capacity by crawling is limited. After the release of 6,000 mites in one point, only 3% reached distances of 40 to 50 cm from the release point. This mite moved less than 1 cm.day-1. Wind speed of 23 km.h-1 was not enough to carry mites from citrus fruit surface under laboratory conditions; and wind speeds of 30 and 40 km.h-1 were capable to carry less than 1% of mites either from new or old mite colonies on fruits. Mite dispersal studies with the use of sticky traps under field conditions also showed that B. phoenicis dispersal is very limited when compared to other mite species that occur in citrus groves. From a total of 2,420 and 661 mites collected from two citrus fields in Descalvado-SP region, only 0.45 and 11.80% of mites were in the Tenuipalpidae family, respectively. In order to evaluate the effectiveness of other host plants of B. phoenicis as refuges for susceptible individuals, the genetic variability in populations of B. phoenicis from "sansão-de-campo" (Mimosa caesalpiniaefolia Benth.) located near the citrus groves was evaluated by the estimation of resistance frequencies to dicofol and by molecular techniques. In general, the frequency of resistance to dicofol in populations of B. phoenicis from "sansão-de-campo" was lower than that from citrus groves. However, the analysis of genetic variability with RAPD-PCR revealed that B. phoenicis populations from "sansão-de-campo" were genetically different from citrus groves. Based on our results, we concluded that the reset of susceptibility of B. phoenicis to dicofol is very variable and the immigration of susceptible individuals from untreated areas or alternative hosts is very limited.
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Dinâmica da resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) ao acaricida dicofol. / Resistance dynamics of Brevipalpus phoenicis (geijskes, 1939) (acari: tenuipalpidae) to the acaricide dicofol.

Everaldo Batista Alves 19 April 2004 (has links)
O conhecimento da dinâmica da resistência de pragas a pesticidas é de fundamental importância para a implementação de estratégias de manejo da resistência. Desta forma, o principal objetivo do presente trabalho foi estudar a dinâmica da resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) ao acaricida dicofol em pomares comerciais de citros durante um período de aproximadamente três anos. Para tanto, foram realizados estudos para avaliar a resposta à pressão de seleção com dicofol em populações de B. phoenicis com diferentes freqüências iniciais de resistência e acompanhamento da freqüência de resistência na ausência de pressão seletiva. Alguns fatores que podem estar envolvidos na dinâmica da resistência de B. phoenicis a acaricidas como a capacidade de dispersão e a efetividade de hospedeiros alternativos como refúgio de indivíduos suscetíveis foram avaliados. Aplicações de dicofol em alguns talhões de citros resultaram em aumentos significativos na freqüência de resistência. A velocidade de restabelecimento da suscetibilidade na ausência de pressão seletiva variou entre os talhões. Em alguns talhões, o restabelecimento da suscetibilidade foi observado em um período de aproximadamente um ano. Em outros talhões, o restabelecimento da suscetibilidade não foi observado mesmo após 29 meses sem o uso do dicofol. Trabalhos de dispersão de B. phoenicis conduzidos em casa de vegetação mostraram que a capacidade de dispersão por caminhamento é limitada. Com a liberação de 6.000 ácaros em um determinado ponto, apenas 3% atingiram distâncias de 40 a 50 cm. As distâncias percorridas por este ácaro foram geralmente inferiores a 1 cm.dia-1. Em condições de laboratório, verificou-se que vento de 23 km.h-1 não foi capaz de arrastar ácaros da superfície de frutos; e velocidades de 30 e 40 km.h-1 foram capazes de arrastar menos de 1% da população de ácaros provenientes tanto de colônias novas quanto de colônias velhas. Trabalhos de dispersão em condições de campo mediante a utilização de armadilhas adesivas também comprovaram que a dispersão de B. phoenicis é bastante limitada quando comparada a de outras espécies de ácaros que ocorrem nos pomares de citros. De um total 2.420 e 661 ácaros coletados em dois talhões de citros na região de Descalvado-SP, apenas 0,45 e 11,80% dos ácaros pertenciam à família Tenuipalpidae, respectivamente. Para verificar a efetividade de outras plantas hospedeiras de B. phoenicis como refúgio de indivíduos suscetíveis, a variabilidade genética em populações de B. phoenicis provenientes de cercas-vivas de sansão-de-campo (Mimosa caesalpiniaefolia Benth.) localizadas próximas aos pomares de citros foi avaliada mediante estimativa da freqüência de resistência ao dicofol e análise molecular. Em geral, a freqüência de resistência em populações de B. phoenicis provenientes de sansão-de-campo foi inferior a de citros em um mesmo pomar. No entanto, a análise da variabilidade genética através da técnica de RAPD - PCR mostrou que as populações de B. phoenicis provenientes de sansão-do-campo são geneticamente diferentes das populações provenientes de citros. Portanto, baseado nos resultados obtidos conclui-se que o restabelecimento da suscetibilidade de B. phoenicis ao dicofol é bastante variável e a imigração de indivíduos suscetíveis de áreas não tratadas ou de hospedeiros alternativos é bastante limitada. / The knowledge of dynamics of pest resistance to pesticides is crucial for the implementation of resistance management strategies. Therefore, the main objective of this research was to study the dynamics of the resistance of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) to the acaricide dicofol in commercial citrus groves during a 3-year period. Studies to evaluate the selection response to dicofol were conducted in populations of B. phoenicis with different initial resistance frequencies. The frequency of resistance was also estimated in the absence of selection pressure. Some factors that influence the resistance dynamics of B. phoenicis such as the dispersal capacity and the effectiveness of alternative hosts as refuges for susceptible individuals were also evaluated in this study. There was a significant increase in the frequency of dicofol resistance with applications of dicofol in some citrus field plots. The rate of reset to susceptibility in the absence of selection pressure varied from field to field. In some fields, the reset to susceptibility was observed within approximately 12-month period. On the other hand, the reset to susceptibility was not observed even after 29 months without using dicofol. Dispersal studies of B. phoenicis on sandy surface conducted under greenhouse conditions showed that dispersal capacity by crawling is limited. After the release of 6,000 mites in one point, only 3% reached distances of 40 to 50 cm from the release point. This mite moved less than 1 cm.day-1. Wind speed of 23 km.h-1 was not enough to carry mites from citrus fruit surface under laboratory conditions; and wind speeds of 30 and 40 km.h-1 were capable to carry less than 1% of mites either from new or old mite colonies on fruits. Mite dispersal studies with the use of sticky traps under field conditions also showed that B. phoenicis dispersal is very limited when compared to other mite species that occur in citrus groves. From a total of 2,420 and 661 mites collected from two citrus fields in Descalvado-SP region, only 0.45 and 11.80% of mites were in the Tenuipalpidae family, respectively. In order to evaluate the effectiveness of other host plants of B. phoenicis as refuges for susceptible individuals, the genetic variability in populations of B. phoenicis from “sansão-de-campo” (Mimosa caesalpiniaefolia Benth.) located near the citrus groves was evaluated by the estimation of resistance frequencies to dicofol and by molecular techniques. In general, the frequency of resistance to dicofol in populations of B. phoenicis from “sansão-de-campo” was lower than that from citrus groves. However, the analysis of genetic variability with RAPD-PCR revealed that B. phoenicis populations from “sansão-de-campo” were genetically different from citrus groves. Based on our results, we concluded that the reset of susceptibility of B. phoenicis to dicofol is very variable and the immigration of susceptible individuals from untreated areas or alternative hosts is very limited.

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