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Restrição protéica materna associada à dieta herlipídica pós-natal altera a estrutura hepática na prole adulta / Maternal protein restriction associated with postnatal high-fat diet alters hepatic structure in adult offspring

Vanessa de Souza-Mello 16 January 2007 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / A restrição protéica neonatal promove alterações metabólicas, estruturais e morfológicas em diversos órgãos. O tipo de dieta pós-natal pode agravar esse quadro. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da dieta com alta densidade energética (ADE) pós-natal sobre os parâmetros morfológicos hepáticos de ratos Wistar submetidos à restrição protéica neonatal. Fêmeas Wistar foram divididas em dois grupos nutricionais: normoprotéico (NP-19% proteínas) e com restrição protéica durante a gestação e primeira metade da lactação (LP-5% de proteínas). Ambas as dietas seguiram ecomendações da AIN-93 (Rhoster_). Ao desmame, os filhotes foram subdivididos em oito grupos, de acordo com o tipo de dieta pós-natal (SC - ração padrão ou HF dieta ADE): a) macho NP-SC; b) fêmea NP-SC; c) macho NP-HF; d) fêmea NP-HF; e) macho LPSC; f) fêmea LP-SC; g) macho LP-HF e h) fêmea LP-HF. A aferição da massa corporal e da pressão arterial foram feitas semanalmente. Aos 6 meses de idade, os animais sofreram eutanásia. O fígado foi retirado após perfusão e teve seu volume aferido pelo método de Scherle. Para fins estatísticos utilizou-se análise de variância e teste de comparações múltiplas de Neuman-Keuls (p<0,05). A dieta ADE foi eficaz ao induzir sobrepeso nos grupos NP-HF de ambos os sexos aos 77 dias (p<0,001). Aos 112 dias as fêmeas LP-HF apresentaram sobrepeso em relação às fêmeas LP (p<0,05) demonstrando que os fatores ambientais podem maximizar os efeitos da restrição protéica neonatal. Entretanto, em machos essa interação não foi observada. No que concerne às alterações hepáticas, a restrição protéica resultou em redução do número de hepatócitos em ambos os gêneros (p<0,01), com efeito adicional da dieta ADE apenas nos machos (p<0,01). Ademais, o insulto sofrido no período neonatal promoveu uma predisposição ao acúmulo de triglicerídeos hepáticos nos grupos RP (Vv = 15%), configurando um quadro de esteatose (p<0,01). A dieta ADE acentuou essa alteração, com os grupos RP-ADE alcançando níveis superiores a 33% de esteatose (p<0,001). Tanto a restrição protéica neonatal quanto a dieta ADE pós-desmame de forma isolada promoveram HAS leve aos 3 meses, redução do número de hepatócitos e esteatose grau 1 aos 6 meses de idade. Quando os dois estímulos foram aplicados simultaneamente, foi observada uma exacerbação do quadro hipertensivo, do déficit de hepatócitos e esteatose grau 2. Essas constatações ratificam a importância das condições intra-uterinas e da qualidade da dieta pós-natal na gênese de doenças crônicas. / Neonatal protein restriction has been associated with metabolic, structural and morphological adaptations in diverse organs. The type of postnatal diet can further exacerbate these outcomes. The present work aimed at evaluating the effects a postnatal hyperlipidic diet exerts on hepatic morphological parameters of rats subjected to perinatal protein restriction. Virgin female Wistar were divided into 2 groups: normal protein (NP) and low protein (LP). NP dams received standard diet for pregnant rats (AIN-93/Rhoster_- 19% protein) during the whole pregnancy and first half lactation, whereas LP dams had free access to na isocaloric diet lacking the recommended amount of protein (5% protein) for the same period. At weaning, offspring were assigned to one of the 8 nutritional groups according to the diet they will receive (SC standard chow or HF high fat): a) male NP-SC; b) female NP-SC; c) male NP-HF; d) female NP-HF; e) male LPSC; f) female LP-SC; g) male LP-HF e h) fêmea RP-ADE. Body mass and blood pressure were measured weekly until 6 months, when euthanasia occurred. Liver was carefully dissected and had its volume determined through Scherles method. Analysis of variance (ANOVA) and post-hoc test of Bonferroni were used to test differences among the groups (p<0,05). The HF diet provoked overweight in NP-HF groups from both genders on day 77 (p<0,001). However, LP-HFC groups showed a delayed response and sexual dimorphism, as only females developed overweight on day 112 (p<0,05). As for hepatic alterations, protein restriction resulted in hepatocyte deficit in both genders (p<0.01), existing an additional shift from HF diet exclusively in males (p<0.01). Furthermore, higher steatosis rates were found in protein restricted animals (Vv = 15%, p<0.01), having the post-weaning HF diet an additional effect on this outcome in LP-HF (Vv > 33%, p<0.001). Fetal programming and HF diet as single stimulus caused mild hypertension at 3 months, an important reduction in hepatocyte number as well as stage 1 steatosis at 6 months. However, when both stimuli were applied simultaneously, hypertension and hepatocyte number deficit were worsened and grade 2 steatosis occurred. All of these serve to highlight the paramount importance of intrauterine conditions and postnatal diet quality when it comes to the pathogenesis of chronic diseases.
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Restrição protéica materna associada à dieta herlipídica pós-natal altera a estrutura hepática na prole adulta / Maternal protein restriction associated with postnatal high-fat diet alters hepatic structure in adult offspring

Vanessa de Souza-Mello 16 January 2007 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / A restrição protéica neonatal promove alterações metabólicas, estruturais e morfológicas em diversos órgãos. O tipo de dieta pós-natal pode agravar esse quadro. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da dieta com alta densidade energética (ADE) pós-natal sobre os parâmetros morfológicos hepáticos de ratos Wistar submetidos à restrição protéica neonatal. Fêmeas Wistar foram divididas em dois grupos nutricionais: normoprotéico (NP-19% proteínas) e com restrição protéica durante a gestação e primeira metade da lactação (LP-5% de proteínas). Ambas as dietas seguiram ecomendações da AIN-93 (Rhoster_). Ao desmame, os filhotes foram subdivididos em oito grupos, de acordo com o tipo de dieta pós-natal (SC - ração padrão ou HF dieta ADE): a) macho NP-SC; b) fêmea NP-SC; c) macho NP-HF; d) fêmea NP-HF; e) macho LPSC; f) fêmea LP-SC; g) macho LP-HF e h) fêmea LP-HF. A aferição da massa corporal e da pressão arterial foram feitas semanalmente. Aos 6 meses de idade, os animais sofreram eutanásia. O fígado foi retirado após perfusão e teve seu volume aferido pelo método de Scherle. Para fins estatísticos utilizou-se análise de variância e teste de comparações múltiplas de Neuman-Keuls (p<0,05). A dieta ADE foi eficaz ao induzir sobrepeso nos grupos NP-HF de ambos os sexos aos 77 dias (p<0,001). Aos 112 dias as fêmeas LP-HF apresentaram sobrepeso em relação às fêmeas LP (p<0,05) demonstrando que os fatores ambientais podem maximizar os efeitos da restrição protéica neonatal. Entretanto, em machos essa interação não foi observada. No que concerne às alterações hepáticas, a restrição protéica resultou em redução do número de hepatócitos em ambos os gêneros (p<0,01), com efeito adicional da dieta ADE apenas nos machos (p<0,01). Ademais, o insulto sofrido no período neonatal promoveu uma predisposição ao acúmulo de triglicerídeos hepáticos nos grupos RP (Vv = 15%), configurando um quadro de esteatose (p<0,01). A dieta ADE acentuou essa alteração, com os grupos RP-ADE alcançando níveis superiores a 33% de esteatose (p<0,001). Tanto a restrição protéica neonatal quanto a dieta ADE pós-desmame de forma isolada promoveram HAS leve aos 3 meses, redução do número de hepatócitos e esteatose grau 1 aos 6 meses de idade. Quando os dois estímulos foram aplicados simultaneamente, foi observada uma exacerbação do quadro hipertensivo, do déficit de hepatócitos e esteatose grau 2. Essas constatações ratificam a importância das condições intra-uterinas e da qualidade da dieta pós-natal na gênese de doenças crônicas. / Neonatal protein restriction has been associated with metabolic, structural and morphological adaptations in diverse organs. The type of postnatal diet can further exacerbate these outcomes. The present work aimed at evaluating the effects a postnatal hyperlipidic diet exerts on hepatic morphological parameters of rats subjected to perinatal protein restriction. Virgin female Wistar were divided into 2 groups: normal protein (NP) and low protein (LP). NP dams received standard diet for pregnant rats (AIN-93/Rhoster_- 19% protein) during the whole pregnancy and first half lactation, whereas LP dams had free access to na isocaloric diet lacking the recommended amount of protein (5% protein) for the same period. At weaning, offspring were assigned to one of the 8 nutritional groups according to the diet they will receive (SC standard chow or HF high fat): a) male NP-SC; b) female NP-SC; c) male NP-HF; d) female NP-HF; e) male LPSC; f) female LP-SC; g) male LP-HF e h) fêmea RP-ADE. Body mass and blood pressure were measured weekly until 6 months, when euthanasia occurred. Liver was carefully dissected and had its volume determined through Scherles method. Analysis of variance (ANOVA) and post-hoc test of Bonferroni were used to test differences among the groups (p<0,05). The HF diet provoked overweight in NP-HF groups from both genders on day 77 (p<0,001). However, LP-HFC groups showed a delayed response and sexual dimorphism, as only females developed overweight on day 112 (p<0,05). As for hepatic alterations, protein restriction resulted in hepatocyte deficit in both genders (p<0.01), existing an additional shift from HF diet exclusively in males (p<0.01). Furthermore, higher steatosis rates were found in protein restricted animals (Vv = 15%, p<0.01), having the post-weaning HF diet an additional effect on this outcome in LP-HF (Vv > 33%, p<0.001). Fetal programming and HF diet as single stimulus caused mild hypertension at 3 months, an important reduction in hepatocyte number as well as stage 1 steatosis at 6 months. However, when both stimuli were applied simultaneously, hypertension and hepatocyte number deficit were worsened and grade 2 steatosis occurred. All of these serve to highlight the paramount importance of intrauterine conditions and postnatal diet quality when it comes to the pathogenesis of chronic diseases.

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