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A "amplificatio" como estratégia retórica na "oratio pro Sestio" de CíceroLima, Francisco de Assis Costa de, 92-99101-5954 19 June 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-06-19 / The speech in defense of Sestius (oratio pro Sestio), delivered in 56 B. C., is one of the most fascinating pages written by Cicero, among his huge literary production, especially for the passion and vigor with which the speaker wields the words to defend his client and to express his impressions on the troubled political moment experienced by the Roman Republic in the end of the first half of the first century B. C.. The defense strategy established by that attorney in a cause that already seemed to be lost reveals to us a mature orator with long experience, forged in the long years of forensic practice. Concerning that specific point, the aim of this report is to study the rhetorical strategy, built by Cicero, in the oratio pro Sestio, to defend his client, from the primary use of a common topic (ός ός) to the three discursive genres of rhetoric, that is: the amplificatio (ὔς). The use of this argumentative resource allows to build a positive amplification, that occurs by increasing the figures of Sestius, of Cicero and of the optimates, along with a negative amplification, which happens through the decrease of the images of Clodius, Gabinius and Piso, contributing to the success of the speaker in winning the jury's adhesion to his thesis. And it is precisely for this reason that we consider, in this work, the amplificatio as an important key of interpretation of the argumentative strategy adopted in the judicial discourse analyzed here. We assume as theoretical framework the Aristotelian conceptions defined in his Rhetoric work, with the support of other works of classical rhetoric and new studies of rhetoric that corroborate the analysis of the text which is object of this research. With the aid of these analysis tools, the argumentative scheme of the oratio pro Sestio has been presented here starting from the átekhnai and éntekhnai proofs (non-technical or inartistics proofs and technical or artistic proofs), which were used by Cicero in the judicial discourse analyzed here, placing the amplification (amplificatio) in this Aristotelian division; we define the procedure of amplification according to the canons of classical rhetoric and the new studies of rhetoric; We identify in the text the techniques of amplification adopted by Cicero from the resources pointed out by Aristotle in Rhetoric; We identify in the style (elocutio), other linguistic resources that support amplification, such as the use of adjectives, nouns and verbs. Under a general perspective, this work reflects on the meanings of this argumentative resource in the work under study, seeking to know what justifies the adoption of this strategy and what are the subliminal messages of Cicero's arguments in promoting such amplifications. In the same way, this work also considers, in a transversal way, if this resource is related to a possible political project for the Republic. / O discurso em defesa de Séstio (oratio pro Sestio), pronunciado em 56 a. C., constitui uma das mais belas páginas escritas por Cícero em sua vasta produção literária, sobretudo pela paixão e pelo vigor com que o orador empunha as palavras para defender seu cliente e exprimir suas impressões sobre o conturbado momento político vivido pela República romana no final da primeira metade do século I a. C.. A estratégia de defesa estabelecida pelo advogado em uma causa que já parecia perdida revela-nos um orador maduro, detentor de larga experiência, forjada nos longos anos de prática forense. Observando particularmente esse ponto, a presente dissertação tem como objeto de estudo a estratégia retórica, construída por Cícero, na oratio pro Sestio, para defender seu cliente, a partir da utilização primordial de um tópico comum (òς ός) aos três gêneros discursivos da retórica: a amplificatio (ὔς). O emprego desse recurso argumentativo permite erigir uma amplificação positiva, que se dá por aumento das figuras de Séstio, de Cícero e dos optimates, ao lado de uma amplificação negativa, que se realiza pela diminuição das imagens de Clódio, Gabínio e Pisão, contribuindo para o êxito do orador na conquista da adesão do júri para sua tese de que Séstio merecia a absolvição. Daí, considerarmos, neste trabalho, a amplificatio como importante chave de interpretação da estratégia argumentativa adotada no discurso judicial em tela. Assumimos como arcabouço teórico as concepções aristotélicas definidas em sua obra Retórica, com o apoio de outras obras da retórica clássica e dos novos estudos de retórica que corroboram a análise do texto objeto desta pesquisa. Com o auxílio dessas ferramentas de análise, apresentamos o esquema argumentativo da oratio pro Sestio a partir das provas átekhnai (não técnicas ou inartísticas) e éntekhnai (técnicas ou artísticas), empregadas por Cícero no discurso judicial em tela, situando a amplificação (amplificatio) nessa divisão aristotélica; definimos o procedimento de amplificação segundo os cânones da retórica clássica e dos novos estudos de retórica; identificamos, no texto, as técnicas de amplificação adotadas por Cícero a partir dos recursos apontados por Aristóteles na Retórica; identificamos, na elocução (elocutio), outros recursos linguísticos que corroboram a amplificação, tais como o uso de adjetivos, substantivos e verbos. Numa perspectiva geral, este trabalho reflete sobre os sentidos desse recurso argumentativo na obra em apreço, perquirindo o que justifica a adoção dessa estratégia e quais as entrelinhas da argumentação de Cícero ao promover tais amplificações, bem como, pondera, de modo transversal, se tal recurso guarda relação com um possível projeto político para a República.
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Poética e Retórica nas Heroides de Ovídio: uma análise da epístola I De Penélope a Ulisses / Poetics and Rhetoric in the Heroides: an analysis of the epistle I Penelope to UlyssesVansan, Jaqueline [UNESP] 09 May 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-05-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Públio Ovídio Nasão (43 a. C. - 17 d. C) foi um dos autores mais versáteis e prolíficos do período augustano da Literatura Latina, deixando-nos como legado uma obra que abarca desde elegias que cantam aventuras e decepções amorosas ou lamentam o exílio, a poemas didáticos ou de caráter etiológico. Em meio aos primeiros escritos do autor encontram-se as Heroides, coleção de 21 elegias epistolares, tradicionalmente dividida em duas séries: a primeira formada por correspondências nas quais heroínas lendárias remetem súplicas ou lamentos aos amados distantes; a segunda, por trocas de cartas entre célebres casais do mito. Escrito provavelmente entre 20 e 16 a.C., o conjunto de poemas destaca-se pela forma com que foi composta, na qual se juntam ao gênero epistolar, elementos e metro próprios da elegia amorosa romana e uma escrita que revela traços da retórica cultuada na época. E, se por um lado, não se pode afirmar categoricamente que Ovídio seja o pioneiro a valer-se de tal mescla de gêneros, uma vez que Propércio já havia utilizado o modo epistolar anteriormente no terceiro poema a integrar o livro IV de sua obra elegíaca, por outro lado, sabe-se que é pela arte ovidiana que o formato é largamente desenvolvido e ganha status de coleção, inovando, ainda, ao buscar na tradição literária a voz presente em cada uma das correspondências. Ao se levar em consideração a singularidade proporcionada por esse entrecruzamento de gêneros e estilo de escrita, tem-se um produtivo foco de estudo, uma vez que a forma possibilita a identificação de conceitos ligados tanto às poéticas e como aos estudos retóricos desenvolvidos na Antiguidade, e os respectivos efeitos que causam na tessitura poética das epístolas. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo, além de reunir informações sobre as Heroides e dos componentes de sua arquitetura literária, analisar os recursos retórico-poéticos que participam da construção da primeira epístola que integra a obra, “De Penélope a Ulisses”, a fim de entender, por meio do próprio poema, a peculiaridade da construção da coleção de cartas e destacar a expressividade poética do texto. / Publius Ovidius Naso, more commonly known as Ovid (43 BCE–17 CE), was one of the most versatile and prolific writers of the Augustan period of Latin literature. His legacy ranges from elegies that talk about love adventures and disisllusions or lament exile to didatic or etiological poems. Among the first works of this writer are the Heroides, a collection of twenty-one poems in epistle form, traditionally divided into two series. The first consists of letters in which legendary heroines send their entreaties and laments to their distant loved ones, and the second of letters exchanged between famous mythical couples. Possibly written between 20 and 16 BCE, this collection of poems stands out for its composition, which combines the epistle form, elements and metrics characteristic of Roman love elegies, and a writing style that shows traces of the rhetoric celebrated at the time. And, if on one hand, it cannot be categorically said that Ovid is a pioneer in using this mix of genres, since Propertius had already used the epistle form in the third poem in Book IV of his elegiac work, on the other hand, it is widely known that it was through the art of Ovidius that the genre developed and gained a collection status. Ovid also brought new innovation to the epistolary genre by seeking in the literary tradition the voice present in each letter. A productive study can be made of the uniqueness of this crossing of writing genres and styles, since the form allows for the identification of concepts associated both with the poetics and with the rhetorical studies developed in antiquity, and the respective effects that they have on the poetic process of the epistles. Therefore, in addition to gathering information on the Heroides and the components of their literary architecture, this study aims to analyze the rhetorical-poetic resources that aided in writing the first epistle, “Penelope to Ulysses,” in order to understand, through the poem itself, the peculiarity of the construction of this collection of letters, and to highlight the poetic expressiveness of the text.
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