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Cronotopia e tragicidade em Nenhum Olhar, de José Luís PeixotoSuelotto, Kátia Cristina Franco de Medeiros 20 August 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-08-20 / Fundo Mackenzie de Pesquisa / The novel Nenhum Olhar, by the Portuguese author José Luís Peixoto and winner of the 2001 Saramago Award, focus on the trajectory of a small group of characters from a nameless city (Alentejo?). Among them, some characters are emphasized, José and his wife José s parents , and the cook, married to Moisés, from whom a daughter is born and she later marries Salomão, cousin of the second José. First of all, we cut out the chronotopos which we considered crucial to understand the narrative. Then, based on the reflexions that came from the first chapter, we discuss, on the second one, the topic of the bakhtinian relegation and point out the importance of the look as a dialogical source in the novel. Also we notice that the text is built with basis on the duplication process which questions the mythical universe and permits considering its paradigm the Holy Family under new perspectives. The main interdiscursive sources which the author uses are responsible for the text-matrix parody and for the tragical view of world, seen in third chapter, which makes presence through the narrative. This project has the objective of studying the chronotopos and dialogical procedures in Nenhum olhar, viewing the examination of the tension between its underlying ideology and the one from the model on which it is based. / O romance Nenhum Olhar, de autoria do português José Luís Peixoto e vencedor do Prêmio José Saramago 2001, focaliza a trajetória de um pequeno grupo de personagens de uma comunidade sem nome (Alentejo?). Destacamos, dentre elas, José e sua mulher - pais de José - , e a cozinheira, casada com Moisés, que geram uma filha que se casa com Salomão, primo do segundo José. Primeiramente, recortamos os cronotopos que consideramos cruciais para a compreensão da narrativa. Em seguida, a partir das reflexões advindas do primeiro capítulo, problematizamos, no capítulo II, a questão do rebaixamento bakhtiniano e ressaltamos a preponderância do olhar como recurso dialógico no romance. Notamos, então, que o texto constrói-se mediante o processo de duplicação, que dá origem ao tempo mítico e permite considerar o paradigma bíblico a Sagrada Família sob novas perspectivas. Os principais mecanismos interdiscursivos de que lança mão o escritor são responsáveis pela paródia do texto-matriz e pela concepção de mundo trágica, contextualizada no terceiro capítulo, que percorre a narrativa. Este trabalho tem como objetivo o estudo dos cronotopos e dos demais procedimentos dialógicos em Nenhum Olhar, com vistas ao exame da tensão entre a ideologia a ele subjacente e a do modelo que lhe serve de guia.
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