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O NEONATURALISMO DE RUBEM FONSECA.Ferreira, Istela Regina 27 November 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-11-27 / A dissertação intitulada como O neonaturalismo em Rubem Fonseca tem como
objetivo mostrar ao leitor como Rubem Fonseca continuou o viés do naturalismo do
século XIX até o neonaturalismo contemporâneo, apresentando em suas obras os
temas da violência, da loucura, do desvalimento social, através do conceito de
literatura brutalista de Alfredo Bosi. O estudo procura ainda mostrar a produção
literária do autor tendo como ponto de partida o panorama da cultura brasileira da
década de 1970, até os dias atuais. Outro fato relevante é que da década de 60 e
70, sua obra demonstra um experimentalismo que é substituído posteriormente, nos
anos 80 e 90, por um neonaturalismo mais cru, que se concentra em relatos
violentos, denúncias usando uma linguagem irônica que criticam a sociedade
brasileira, mostrando a urbanização das cidades grandes brasileiras, a ditadura
militar, as explorações sociais, a burguesia indiferente. A linguagem seca do autor,
de frases curtas e incisivas, abre um novo tipo de narrativa na literatura
contemporânea e retrata bem a vida urbana, suscitando questionamentos acerca da
presença da angústia nessa vida, através de personagens que incorporam o
momento histórico como referência. A violência urbana é um dos temas mais
explorados na obra de Rubem Fonseca, como parte do cotidiano de nosso país.
Para exemplificar a trajetória do autor durante esse período de transição do
naturalismo até neonaturalismo usou-se alguns contos retirados do livro 64 contos
de Rubem Fonseca de Tomás Eloy Martinez.
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