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Impacto da recuperaÃÃo de Ãrea degradada sobre as respostas hidrolÃgicas e sedimentolÃgicas em ambiente semiÃrido / Impact of the recovery of a degraded area on the hydrological and sedimentary responses in semi-arid environment

CÃcero Lima de Almeida 09 September 2011 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / As regiÃes semiÃridas compreendem Ãreas muito sensÃveis Ãs alteraÃÃes do seu ambiente natural. O semiÃrido brasileiro, por ser um dos mais populosos do mundo, està mais susceptÃvel Ãs atividades antrÃpicas, como o desmatamento para atividades agrosilvopastoris. Esta pesquisa foi desenvolvida no Ãmbito do projeto âEstudos dos processos de degradaÃÃo/desertificaÃÃo e suas relaÃÃes com o uso da terra em sistemas de produÃÃo no semiÃrido cearense: o caso da microrregiÃo de Sobral â CearÃâ. A Ãrea experimental localiza-se no municÃpio de IrauÃuba, inserida em um dos nÃcleos de desertificaÃÃo do semiÃrido brasileiro. O clima da regiÃo à do tipo quente e semiÃrido com chuvas de verÃo (mÃdia anual de 530 mm) e Ãndice de aridez 0,34. O solo à do tipo Planossolo NÃtrico Ãrtico tÃpico, A fraco; e a vegetaÃÃo nativa à do tipo Caatinga arbustiva aberta. A principal atividade econÃmica da regiÃo à a pecuÃria extensiva (bovino e ovino) em sobrepastejo, sem uso de prÃticas conservacionistas. O presente trabalho tem como objetivo comparar os processos hidrossedimentolÃgicos de duas encostas em ambiente semiÃrido: uma (370 mÂ) està submetida à prÃtica de pousio desde 2000; enquanto que a outra (468 mÂ) se encontra degradada, sendo usada como Ãrea de pastagem hà mais de vinte anos. As duas encostas possuem as mesmas condiÃÃes de solo, clima e relevo, diferenciando-se somente quanto ao uso e à cobertura do solo. SÃo comparadas analiticamente variÃveis hidrolÃgicas e sedimentolÃgicas. Os experimentos foram realizados entre 01 de janeiro de 2010 e 15 de abril de 2011. Para promover essa comparaÃÃo foram coletados dados de precipitaÃÃo (lÃmina e intensidade), escoamento superficial e perda de solo. A precipitaÃÃo foi de 264 mm em 2010 e de 445 mm atà 15 de abril de 2011, tendo sido registrados 55 eventos nos 16 meses. As chuvas de IrauÃuba demonstraram alta variabilidade espacial: hà diferenÃa estatÃstica (nÃvel de significÃncia de 5%) entre os dois pluviÃmetros usados na pesquisa, embora estejam a uma distÃncia de apenas 200 m. O padrÃo hidrolÃgico das chuvas na regiÃo à de intermediÃrio a atrasado (70% dos eventos), o que causa maior potencial erosivo. Conclui-se, a partir da anÃlise comparativa, que os dez anos de pousio reduziram em 60% o escoamento superficial em relaÃÃo à encosta degradada. A menor precipitaÃÃo capaz de gerar escoamento superficial foi 7,2 mm na encosta degradada, enquanto que esse valor foi de 8,6 mm para a encosta em pousio. Isso demonstra o incremento de abstraÃÃo inicial da encosta preservada, ou seja, sua maior capacidade de retenÃÃo de umidade. O incremento da capacidade de retenÃÃo se dà atravÃs da interceptaÃÃo vegetal, da serrapilheira e da camada superficial do solo. No entanto, observou-se que a maior precipitaÃÃo incapaz de gerar escoamento superficial foi idÃntica (17 mm) nas duas encostas. A explicaÃÃo para tal resultado à que o parÃmetro dominante nesse processo à a estrutura do solo: embora haja diferenÃas na superfÃcie dos solos, os dez anos de pousio ainda nÃo foram capazes de alterar sua estrutura, conforme avaliou Sousa em pesquisa independente. Observou-se que a taxa de decaimento da vazÃo foi sensivelmente afetada pela prÃtica de pousio: a taxa, de 0,107 min-1 na encosta degrada, decresceu para 0,045 min-1 na encosta preservada. A menor taxa de decaimento de vazÃo na encosta em pousio indica o inÃcio da recuperaÃÃo de seu escoamento de base, o que favorece maior permanÃncia da Ãgua no corpo hÃdrico. Os dez anos de pousio tambÃm foram capazes de reduzir a perda de solo. Essa reduÃÃo, de 83% em relaÃÃo à encosta degradada, induz à melhoria das condiÃÃes fÃsicas, quÃmicas e biolÃgicas do solo, responsÃveis pelo incremento da produÃÃo vegetal. Conclui-se, com base nos experimentos aqui realizados, que os dez anos de pousio melhoraram, de modo mensurÃvel, as condiÃÃes hidrolÃgicas e sedimentolÃgicas na encosta semiÃrida. A prÃtica de pousio, portanto, pode ser adotada para fins de recuperaÃÃo de Ãreas de Caatinga degradada. Sugere-se que sejam realizadas novas investigaÃÃes, que avaliem a associaÃÃo dessa prÃtica a outras, a fim de intensificar o processo de recuperaÃÃo de Ãreas degradadas no semiÃrido
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Impacto da recuperação de área degradada sobre as respostas hidrológicas e sedimentológicas em ambiente semiárido / Impact of the recovery of a degraded area on the hydrological and sedimentary responses in semi-arid environment

Almeida, Cícero Lima de January 2011 (has links)
ALMEIDA, Cícero Lima de. Impacto da recuperação de área degradada sobre as respostas hidrológicas e sedimentológicas em ambiente semiárido. 2011. 132 f. : Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Departamento de Engenharia Agrícola, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, Fortaleza-CE, 2011. / Submitted by demia Maia (demiamlm@gmail.com) on 2016-06-17T13:36:15Z No. of bitstreams: 1 2011_dis_clalmeida.pdf: 3766101 bytes, checksum: 4476b1021ccb20f6b1f9c8caaabe3473 (MD5) / Approved for entry into archive by demia Maia (demiamlm@gmail.com) on 2016-06-17T13:39:51Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2011_dis_clalmeida.pdf: 3766101 bytes, checksum: 4476b1021ccb20f6b1f9c8caaabe3473 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-17T13:39:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2011_dis_clalmeida.pdf: 3766101 bytes, checksum: 4476b1021ccb20f6b1f9c8caaabe3473 (MD5) Previous issue date: 2011 / As regiões semiáridas compreendem áreas muito sensíveis às alterações do seu ambiente natural. O semiárido brasileiro, por ser um dos mais populosos do mundo, está mais susceptível às atividades antrópicas, como o desmatamento para atividades agrosilvopastoris. Esta pesquisa foi desenvolvida no âmbito do projeto “Estudos dos processos de degradação/desertificação e suas relações com o uso da terra em sistemas de produção no semiárido cearense: o caso da microrregião de Sobral – Ceará”. A área experimental localiza-se no município de Irauçuba, inserida em um dos núcleos de desertificação do semiárido brasileiro. O clima da região é do tipo quente e semiárido com chuvas de verão (média anual de 530 mm) e índice de aridez 0,34. O solo é do tipo Planossolo Nátrico Órtico típico, A fraco; e a vegetação nativa é do tipo Caatinga arbustiva aberta. A principal atividade econômica da região é a pecuária extensiva (bovino e ovino) em sobrepastejo, sem uso de práticas conservacionistas. O presente trabalho tem como objetivo comparar os processos hidrossedimentológicos de duas encostas em ambiente semiárido: uma (370 m²) está submetida à prática de pousio desde 2000; enquanto que a outra (468 m²) se encontra degradada, sendo usada como área de pastagem há mais de vinte anos. As duas encostas possuem as mesmas condições de solo, clima e relevo, diferenciando-se somente quanto ao uso e à cobertura do solo. São comparadas analiticamente variáveis hidrológicas e sedimentológicas. Os experimentos foram realizados entre 01 de janeiro de 2010 e 15 de abril de 2011. Para promover essa comparação foram coletados dados de precipitação (lâmina e intensidade), escoamento superficial e perda de solo. A precipitação foi de 264 mm em 2010 e de 445 mm até 15 de abril de 2011, tendo sido registrados 55 eventos nos 16 meses. As chuvas de Irauçuba demonstraram alta variabilidade espacial: há diferença estatística (nível de significância de 5%) entre os dois pluviômetros usados na pesquisa, embora estejam a uma distância de apenas 200 m. O padrão hidrológico das chuvas na região é de intermediário a atrasado (70% dos eventos), o que causa maior potencial erosivo. Conclui-se, a partir da análise comparativa, que os dez anos de pousio reduziram em 60% o escoamento superficial em relação à encosta degradada. A menor precipitação capaz de gerar escoamento superficial foi 7,2 mm na encosta degradada, enquanto que esse valor foi de 8,6 mm para a encosta em pousio. Isso demonstra o incremento de abstração inicial da encosta preservada, ou seja, sua maior capacidade de retenção de umidade. O incremento da capacidade de retenção se dá através da interceptação vegetal, da serrapilheira e da camada superficial do solo. No entanto, observou-se que a maior precipitação incapaz de gerar escoamento superficial foi idêntica (17 mm) nas duas encostas. A explicação para tal resultado é que o parâmetro dominante nesse processo é a estrutura do solo: embora haja diferenças na superfície dos solos, os dez anos de pousio ainda não foram capazes de alterar sua estrutura, conforme avaliou Sousa em pesquisa independente. Observou-se que a taxa de decaimento da vazão foi sensivelmente afetada pela prática de pousio: a taxa, de 0,107 min-1 na encosta degrada, decresceu para 0,045 min-1 na encosta preservada. A menor taxa de decaimento de vazão na encosta em pousio indica o início da recuperação de seu escoamento de base, o que favorece maior permanência da água no corpo hídrico. Os dez anos de pousio também foram capazes de reduzir a perda de solo. Essa redução, de 83% em relação à encosta degradada, induz à melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, responsáveis pelo incremento da produção vegetal. Conclui-se, com base nos experimentos aqui realizados, que os dez anos de pousio melhoraram, de modo mensurável, as condições hidrológicas e sedimentológicas na encosta semiárida. A prática de pousio, portanto, pode ser adotada para fins de recuperação de áreas de Caatinga degradada. Sugere-se que sejam realizadas novas investigações, que avaliem a associação dessa prática a outras, a fim de intensificar o processo de recuperação de áreas degradadas no semiárido
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Cobertura e rugosidade da superfície na proposição de indicadores de qualidade de um Cambissolo Húmico relacionados ao controle da erosão hídrica / Cover and surface roughness on proposing of quality indicators of a Humic Dystrupept related to the control of water erosion

Ramos, Júlio César 24 June 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-08T15:50:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PGCS15DA026.pdf: 2460426 bytes, checksum: 732fa428282a36b63e71ddb4a8f21830 (MD5) Previous issue date: 2015-06-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Soil management systems differ in the surface conditions and physical attributes and, consequently, on water erosion control. Soil quality indicators with a view to reducing water erosion can be generated by relationships of soil and water losses and runoff velocity with surface conditions and physical soil properties, which directly and indirectly influence the erosion. With de support of path coefficient analysis, this study aimed to identify and quantify indicates of soil quality in order to reduction of water erosion. The experiment was developed in the field, between May 2011 and April 2013, on a Humic Dystrupept with a mean slope of 0.134 m m-1, in southern Brazil under simulated rainfall condition with controlled intensity of 65 mm h-1 for 90 minutes of duration each one. The treatments were: a) cultivated soil: no tilled and covered by ryegrass (Lolium multiflorum) residue, with minimal roughness (HCR); no tilled and covered by vetch (Vicia sativa) residue, with minimal roughness (HCV); chiseled soil after ryegrass crop removing the above-ground residues and maintaining only the root system, with high roughness (HRR); chiseled soil after vetch crop removing the above-ground residues and maintaining only the root system, with high roughness (HRV); b) Uncultivated soil: bare and chiseled soil, with high roughness (BHR). Eight simulated rainfall were applied to each treatment, respectively on the days 17/12/2011, 10/01/2012, 07/02/2012, 10/03/2012, 11/05/2012, 18/08/2012, 02 / 11/2012 and 18/12/2012. In each rainfall applied, quantified the soil cover by residues, surface roughness, hydrological processes and some soil physical properties, relating the results later. The soil loss are less when the soil is covered by ryegrass residue than vetch. In soil covered by vetch residue, soil losses are equal to the chiseling containing only ryegrass roots.The soil scarification which remains only roots of ryegrass and vetch crops, reduces the total organic carbon content, the geometric mean diameter of the aggregates and increases soil density compared to the cultivated soil and covered with residues of these crops. The path coefficient analysis shows that the cover and the soil surface roughness, rate of water infiltration, total organic carbon and geometrical average diameter of aggregates are closely related to soil and water losses and runoff velocity on a Humic Dystrupept, and can be used as soil quality indicators to your resistance to water erosion. On a rough soil, the total organic carbon content, the geometric mean diameter of the aggregates, the root mass of roots and soil macroporosity have greater influence as indicators for soil resistance effect to water erosion. However, in the presence of soil cover by crop residues, such properties have lower weight as soil quality indicators to erosion / Os sistemas de manejo do solo diferem quanto às condições de superfície e atributos físicos e, consequentemente, no controle da erosão hídrica. Índices de qualidade do solo com vistas à redução da erosão hídrica podem ser gerados por meio de relações das perdas de solo e água e velocidade da enxurrada com as condições de superfície e atributos físicos do solo, os quais, direta e indiretamente influenciam a erosão. Com o auxílio da análise de trilha, este estudo objetivou identificar e quantificar indicadores de qualidade do solo com vistas à redução da erosão hídrica. O experimento foi desenvolvido em campo, entre maio de 2011 e abril de 2013, em um Cambissolo Húmico com declividade média de 0,134 m m-1, no sul do Brasil, sob condição de chuva simulada com intensidade planejada de 65 mm h-1 e 90 minutos de duração. Os tratamentos estudados foram: a) solo cultivado: sem preparo e coberto por resíduo cultural de azevém (Lolium multiflorum), com rugosidade mínima (SRA); sem preparo e coberto por resíduo cultural de ervilhaca (Vicia sativa), com rugosidade mínima (SRE); escarificado após o cultivo de azevém sem o resíduo cultural da parte aérea e mantendo-se apenas as raízes da cultura, com rugosidade alta (SEA); escarificado após o cultivo de ervilhaca sem o resíduo cultural da parte aérea e mantendo-se apenas as raízes da cultura, com rugosidade alta (SEE); b) solo sem cultivo: sem cobertura, escarificado, com rugosidade alta (SDE). Foram aplicadas oito chuvas simuladas em cada tratamento, respectivamente nos dias 17/12/2011, 10/01/2012, 07/02/2012, 10/03/2012, 11/05/2012, 18/08/2012, 02/11/2012 e 18/12/2012. Em cada chuva aplicada, quantificou-se a cobertura do solo por resíduos, a rugosidade superficial, processos hidrológicos e alguns atributos físicos do solo, relacionando os resultados posteriormente. As perdas de solo são menores quando o solo é coberto por massa de resíduo de azevém do que ervilhaca. No solo coberto por massa de resíduo de ervilhaca, as perdas de solo não diferem às do solo escarificado contendo apenas raízes de azevém. A escarificação do solo onde mantém-se somente as raízes das culturas de azevém e ervilhaca, diminui o teor de carbono orgânico total, o diâmetro médio geométrico dos agregados e aumenta a densidade do solo em comparação ao solo cultivado e coberto com os resíduos destas culturas. A análise de trilha mostra que a cobertura e rugosidade superficial do solo, taxa de infiltração de água, carbono orgânico total e diâmetro médio geométrico dos agregados têm estreita relação com as perdas de solo e água e velocidade de escoamento superficial em um Cambissolo Húmico, e podem ser utilizadas como indicadoras de qualidade do solo do ponto de vista de sua resistência à erosão hídrica. Em um solo rugoso, o carbono orgânico total, o diâmetro médio geométrico dos agregados, a massa de raízes e a macroporosidade do solo tem maior peso como indicadoras para efeito de resistência do solo à erosão hídrica. Entretanto, na presença de cobertura do solo por resíduos culturais, as referidas propriedades tem menor peso como indicadoras de qualidade do solo para erosão

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