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Análise quantitativa e qualitativa do crescimento de caixeta - Tabebuia cassinoides (LAM.) DC. - em florestas manejadas, no município de Iguape/SP. / Quantitative and qualitative analysis of the growth caixeta – tabebuia cassinoides (lam.) dc. – in forest handeled in the municipal district of Iguape/SP.

Bernhardt, Ricardo 22 October 2003 (has links)
A caixeta - Tabebuia cassinoides (LAM.) DC. - é uma espécie que ocorre nas planícies de inundação da Floresta Atlântica. Seu uso comercial iniciou na década de 30, principalmente para a produção de tamancos e lápis. A exploração da caixeta foi proibida em 1989, pela Portaria IBAMA n o 218. Em função da sua importância para as comunidades e da pressão exercida pelas mesmas, o manejo foi regulamentado em 1992, pela Resolução SMA 11, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. A Resolução regulamenta o manejo da caixeta sob regime de rendimento auto sustentado. O ciclo de corte foi estabelecido em 12 anos, porém não se baseou em informações técnico-científicas. As informações sobre o crescimento e produtividade de florestas tropicais são escassas e essenciais para verificar a sustentabilidade técnica, ambiental e econômica do manejo florestal. Dessa forma, a checagem do ciclo proposto é fundamental para garantir a sustentabilidade do manejo da caixeta. Como a caixeta emite vigorosa brotação após a colheita, uma das principais práticas silviculturais pós-colheita é a desbrota. A Resolução SMA 11/92, estabelece que devem ser deixados de 1 a 3 brotos por cepa.. Com o objetivo de verificar o crescimento e qualidade de fuste em função da quantidade de brotos foi estabelecido um experimento com 224 cepas. A partir do acompanhamento do Inventário Florestal da Fazenda Retiro (50 parcelas 10 x 20m) e Fazenda Cindumel (46 parcelas 10 x 20m), observou-se Incremento Médio Anual (IMA) de 3,215 ± 0,366 m 3 /ha/ano e 5,557 ± 0,598 m 3 /ha/ano, respectivamente. Analisando a intensidade de colheita das áreas observou-se que a mesma foi superior a 50% do volume de madeira passível de colheita e que nas áreas próximas às rotas de extração a intensidade foi maior, chegando a 94%. Isto acarretou numa redução de até 54% do IMA, para as áreas em que a intensidade de colheita foi superior a 75%. Com as estimativas do IMA foi estimado o Intervalo de Confiança para o ciclo de colheita, que variou de 12,9 a 17,6 anos. O acompanhamento do experimento de desbrota, 8 anos após a colheita, indica que os tratamentos em que foram deixados 1 e 2 brotos não diferem estatisticamente entre si e apresentam diâmetro médio das brotações de 8,95 cm e 8,37 cm, respectivamente. Enquanto os tratamentos em que foram deixados 3 e todas os brotos apresentam diâmetro médio de 7,30 cm e 5,37 cm, respectivamente. A aplicação da desbrota melhorou significativamente a qualidade de fuste, aumentando a altura da 1 a bifurcação e reduzindo a tortuosidade em todos os tratamentos, quando comparada ao tratamento testemunha. Os resultados de pesquisa apontam para a necessidade de revisão da Resolução SMA 11/92, para garantir a sustentabilidade do manejo da caixeta, nos seguintes aspectos: (i) estabelecimento de um limite para a intensidade de colheita, de até 75% nas áreas próximas às rotas de extração; (ii) o número de brotos a ser deixado por cepa deve ser de 1 a 2, e; (iii) o ciclo colheita de 12 anos é subestimado. / Caixeta - Tabebuia cassinoides (LAM.) DC. - is a tree species of swamp forests in the Atlantic Rain Forest. It has been used since the 30’s, mainly for clog and pencil production. IBAMA Decree no. 218 prohibited Caixeta’s explotation in 1989. By its importance for the community and social movement, caixeta’s management was regulated by the Resolution 11/92 by the Environmental Secretary of São Paulo State. This Resolution regulates caixeta management by auto-sustained regime. The cutting cycle was defined as 12 years, but isn’t based on technical and scientific data. Information about growth and yield are rare for Tropical Rain Forest. This information is essential to verify technical, environmental and economic sustainability of the forest management. Thus, check the proposed cutting cycle is fundamental to certify the sustainability of caixeta management. After harvest caixeta sprouts vigorously, so one the most important silvicultural practice is sprout thinning. Resolution ES 11/92, establishes that must be left 1 to 3 sprouts per stump. Objectifying to verify growth and stem quality of the sprouts was established an experimental area composed by 224 stumps. By the Forest Inventory measurement of Retiro Farm (50 samples 10 x 20 m) and Cindumel Farm (46 samples 10 x 20 m), was observed Mean Annual Increment for volume of 3,215 ± 0,366 m 3 /ha/year and 5,557 ± 0,598 m 3 /ha/year, respectively. The harvest intensity was over 50% of the amount harvestable wood; the intensity was higher near the extraction routes, reaching 94%. Thus caused a reduction of 54% in MAI, where the harvest intensity was higher than 75%. The estimated harvest cycle for managed caixetais has Confident Interval from 12,9 to 17,6 years. The measurement of thinning sprout experiment, 8 years after logging, indicates that treatments that have 1 and 2 sprouts are statistically equal, and have mean DBH of 8,95 cm and 8,37 cm, respectively. While the treatments that have 3 and all sprouts have mean DBH of 7,30 cm and 5,37 cm, respectively, for the same period. Sprout thinning improves stem quality, increasing the height of first fork and reducing stem sinuosity, when compared with sprouts without thinning. The research results pointed to the need of Resolution 11 review, searching for the sustainability of caixeta management. The points that must be reviewed, are: (i) establishment of a limit of harvest intensity lesser than 75%, nearby the extraction routes; (ii) the number of the sprouts per stump must be 1 or 2, and; (iii) the harvest cycle of 12 years is underestimated.
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Análise quantitativa e qualitativa do crescimento de caixeta - Tabebuia cassinoides (LAM.) DC. - em florestas manejadas, no município de Iguape/SP. / Quantitative and qualitative analysis of the growth caixeta – tabebuia cassinoides (lam.) dc. – in forest handeled in the municipal district of Iguape/SP.

Ricardo Bernhardt 22 October 2003 (has links)
A caixeta – Tabebuia cassinoides (LAM.) DC. – é uma espécie que ocorre nas planícies de inundação da Floresta Atlântica. Seu uso comercial iniciou na década de 30, principalmente para a produção de tamancos e lápis. A exploração da caixeta foi proibida em 1989, pela Portaria IBAMA n o 218. Em função da sua importância para as comunidades e da pressão exercida pelas mesmas, o manejo foi regulamentado em 1992, pela Resolução SMA 11, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. A Resolução regulamenta o manejo da caixeta sob regime de rendimento auto sustentado. O ciclo de corte foi estabelecido em 12 anos, porém não se baseou em informações técnico-científicas. As informações sobre o crescimento e produtividade de florestas tropicais são escassas e essenciais para verificar a sustentabilidade técnica, ambiental e econômica do manejo florestal. Dessa forma, a checagem do ciclo proposto é fundamental para garantir a sustentabilidade do manejo da caixeta. Como a caixeta emite vigorosa brotação após a colheita, uma das principais práticas silviculturais pós-colheita é a desbrota. A Resolução SMA 11/92, estabelece que devem ser deixados de 1 a 3 brotos por cepa.. Com o objetivo de verificar o crescimento e qualidade de fuste em função da quantidade de brotos foi estabelecido um experimento com 224 cepas. A partir do acompanhamento do Inventário Florestal da Fazenda Retiro (50 parcelas 10 x 20m) e Fazenda Cindumel (46 parcelas 10 x 20m), observou-se Incremento Médio Anual (IMA) de 3,215 ± 0,366 m 3 /ha/ano e 5,557 ± 0,598 m 3 /ha/ano, respectivamente. Analisando a intensidade de colheita das áreas observou-se que a mesma foi superior a 50% do volume de madeira passível de colheita e que nas áreas próximas às rotas de extração a intensidade foi maior, chegando a 94%. Isto acarretou numa redução de até 54% do IMA, para as áreas em que a intensidade de colheita foi superior a 75%. Com as estimativas do IMA foi estimado o Intervalo de Confiança para o ciclo de colheita, que variou de 12,9 a 17,6 anos. O acompanhamento do experimento de desbrota, 8 anos após a colheita, indica que os tratamentos em que foram deixados 1 e 2 brotos não diferem estatisticamente entre si e apresentam diâmetro médio das brotações de 8,95 cm e 8,37 cm, respectivamente. Enquanto os tratamentos em que foram deixados 3 e todas os brotos apresentam diâmetro médio de 7,30 cm e 5,37 cm, respectivamente. A aplicação da desbrota melhorou significativamente a qualidade de fuste, aumentando a altura da 1 a bifurcação e reduzindo a tortuosidade em todos os tratamentos, quando comparada ao tratamento testemunha. Os resultados de pesquisa apontam para a necessidade de revisão da Resolução SMA 11/92, para garantir a sustentabilidade do manejo da caixeta, nos seguintes aspectos: (i) estabelecimento de um limite para a intensidade de colheita, de até 75% nas áreas próximas às rotas de extração; (ii) o número de brotos a ser deixado por cepa deve ser de 1 a 2, e; (iii) o ciclo colheita de 12 anos é subestimado. / Caixeta – Tabebuia cassinoides (LAM.) DC. – is a tree species of swamp forests in the Atlantic Rain Forest. It has been used since the 30’s, mainly for clog and pencil production. IBAMA Decree no. 218 prohibited Caixeta’s explotation in 1989. By its importance for the community and social movement, caixeta’s management was regulated by the Resolution 11/92 by the Environmental Secretary of São Paulo State. This Resolution regulates caixeta management by auto-sustained regime. The cutting cycle was defined as 12 years, but isn’t based on technical and scientific data. Information about growth and yield are rare for Tropical Rain Forest. This information is essential to verify technical, environmental and economic sustainability of the forest management. Thus, check the proposed cutting cycle is fundamental to certify the sustainability of caixeta management. After harvest caixeta sprouts vigorously, so one the most important silvicultural practice is sprout thinning. Resolution ES 11/92, establishes that must be left 1 to 3 sprouts per stump. Objectifying to verify growth and stem quality of the sprouts was established an experimental area composed by 224 stumps. By the Forest Inventory measurement of Retiro Farm (50 samples 10 x 20 m) and Cindumel Farm (46 samples 10 x 20 m), was observed Mean Annual Increment for volume of 3,215 ± 0,366 m 3 /ha/year and 5,557 ± 0,598 m 3 /ha/year, respectively. The harvest intensity was over 50% of the amount harvestable wood; the intensity was higher near the extraction routes, reaching 94%. Thus caused a reduction of 54% in MAI, where the harvest intensity was higher than 75%. The estimated harvest cycle for managed caixetais has Confident Interval from 12,9 to 17,6 years. The measurement of thinning sprout experiment, 8 years after logging, indicates that treatments that have 1 and 2 sprouts are statistically equal, and have mean DBH of 8,95 cm and 8,37 cm, respectively. While the treatments that have 3 and all sprouts have mean DBH of 7,30 cm and 5,37 cm, respectively, for the same period. Sprout thinning improves stem quality, increasing the height of first fork and reducing stem sinuosity, when compared with sprouts without thinning. The research results pointed to the need of Resolution 11 review, searching for the sustainability of caixeta management. The points that must be reviewed, are: (i) establishment of a limit of harvest intensity lesser than 75%, nearby the extraction routes; (ii) the number of the sprouts per stump must be 1 or 2, and; (iii) the harvest cycle of 12 years is underestimated.

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