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Chuva de sementes, dispersores e recrutamento de plântulas sob a copa de Myrsine coriacea, uma espécie arbórea pioneira no processo de sucessão secundária da Floresta Ombrófila DensaBegnini, Romualdo Morelatto January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T06:13:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
294596.pdf: 1477509 bytes, checksum: 12e162ff2f97554e8be1bbb73e92ffe1 (MD5) / A chuva de sementes compreende uma das principais fontes de regeneração das florestas tropicais, sendo muito influenciada pelas espécies locais e suas síndromes de dispersão. Em florestas tropicais muitas espécies de plantas são dispersas por animais, com destaque para espécies de aves. Árvores isoladas remanescentes e/ou pioneiras funcionam como poleiros naturais para aves que, por defecação ou regurgitação, depositam sementes sob suas copas. Sob estas árvores alguns indivíduos se estabelecem e contribuem na regeneração natural. Myrsine coriacea é uma espécie dióica e pioneira, que pode ocorrer em formações secundárias e que produz frutos carnosos consumidos por aves. Esta espécie pode atuar como poleiro natural para dispersores de sementes e foco de deposição de sementes nas áreas onde ela ocorre. O objetivo deste estudo foi avaliar a chuva de sementes e o recrutamento de plântulas sob plantas femininas e masculinas de Myrsine coriacea e em áreas sem plantas próximas, e identificar quais são as espécies de aves que interagem com M. coriacea. O estudo foi realizado em uma área de vegetação secundária inicial na Floresta Ombrófila Densa, que faz limite com o setor norte do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Santo Amaro da Imperatriz, Santa Catarina, Brasil. A chuva de sementes foi avaliada através de 60 coletores (0,5 m2), sendo 20 sob a copa de plantas femininas, 20 sob a copa de masculinas e 20 em pontos sem influencia da copa de qualquer planta. O recrutamento de plântulas foi avaliado com 60 parcelas de mesmo tamanho, com procedimento similar. As aves foram registradas por observações diretas e diurnas de junho de 2009 a novembro de 2010, totalizando 125 horas. As famílias Asteraceae (12 espécies) e Melastomataceae (13) apresentaram o maior número de espécies no total de diásporos coletados. O gênero Tibouchina (composto por três espécies) apresentou a maior importância relativa (VI= 0,43) e a espécie Clethra scabra o segundo maior VI (VI= 0,16). A dispersão zoocórica apresentou o maior número de espécies (53,9% do total), seguida pelas síndromes anemocórica e autocórica em conjunto (32,2%) de um total de 365.071 diásporos pertencentes a 115 espécies amostradas. Diásporos de plantas que podem ocorrer no interior de mata primária (37 espécies) e plantas classificadas como árvores medianas (34 espéces) foram registrados em maior número. Diásporos pequenos foram mais abundantes (70,4% das espécies com diásporos de até 5 mm). Plantas femininas, masculinas e áreas sem plantas se diferenciaram quanto à composição de espécies da chuva de sementes. Quantificaram-se 53% dos diásporos sob plantas femininas, 29% sob masculinas e 18% nas áreas sem plantas. Registraram-se 97 espécies sob plantas femininas, 92 sob masculinas e 57 nas áreas sem plantas. Quantificaram-se 936 plântulas, 60% sob plantas femininas, 27% sob masculinas e 13% nas áreas sem plantas. Registraram-se 84 morfoespécies de plântulas, sendo 55 sob as plantas femininas, 47 sob masculinas e 29 nas áreas sem plantas. Observaram-se 33 espécies de aves pertencentes a 16 famílias, em 338 eventos de interação. Destas aves, 28 foram consideradas possíveis dispersoras de sementes, pois foram observadas engolindo frutos de M. coriacea. As famílias com maior número de espécies foram Thraupidae e Tyrannidae, e as espécies que mais visitaram as plantas foram Tangara cyanocephala e Dacnis cayana. O hábito alimentar mais frequente foi o frugívoro (15 espécies), seguido pelo insetívoro (9). As plantas femininas e masculinas de M. coriacea foram consideradas focos de deposição de diásporos e de recrutamento de plântulas na área em sucessão secundária avaliada. Esta espécie apresentou diferentes interações com as aves onde, além dos frutos, outros itens, como insetos, foram utilizados na alimentação.
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Chuva de sementes em restingaAraújo, Rodrigo Costa January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ecologia / Made available in DSpace on 2012-10-26T06:53:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
299983.pdf: 1361797 bytes, checksum: 0fb9b69d53c44b6ce7c4b3a14e31ed44 (MD5) / A chuva de sementes foi avaliada sob arbustos isolados e núcleos arbustivos em meio à vegetação herbácea e sob matinha de cordão arenoso, em ambiente de restinga. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a riqueza e a abundância de propágulos presentes na chuva de sementes nestes sítios, o potencial de nucleação de arbustos isolados em meio à vegetação herbácea e descrever a estrutura da vegetação amostrada. Para isso, foram posicionados coletores de sementes sob (1) arbustos isolados de Guapira opposita, (2) núcleos arbustivos e (3) matinha de restinga, durante onze meses, no Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição - Florianópolis, SC. Em cada coletor, foram tomados descritores estruturais da vegetação e identificados os indivíduos. Duas abordagens foram utilizadas: (1) considerando a chuva de sementes total e (2) considerando apenas os propágulos de espécies zoocóricas de origem alóctone (na perspectiva de cada unidade amostral). Quanto à chuva de sementes total, a riqueza foi mais alta nos núcleos arbustivos em relação à sítios sob G. opposita e similar em relação às matinhas. Já a abundância de propágulos foi similar entre os três tratamentos. Este padrão é resultado de maiores valores de riqueza e a abundância de propágulos anemocóricos observados nas formações arbustivas em relação às matinhas. Além disso, estes descritores não apresentaram diferenças quando analisados somente os propágulos zoocóricos. Verificou-se que a riqueza e abundância foram semelhantes entre as três configurações, quando avaliada a chuva de sementes zoocóricas de origem alóctone. A presença destes propágulos nos três tratamentos sugere que haja intercâmbio de sementes nas configurações vegetacionais, via fauna potencialmente dispersora. Contudo, parece haver uma tendência de maior intercâmbio entre arbustos isolados de G. opposita e núcleos arbustivos e entre os coletores em matinha. Guapira opposita mostrou-se importante na concentração de propágulos de outras espécies sob sua copa e pode facilitar a colonização de espécies lenhosas e herbáceas em campo de dunas. Estes arbustos e núcleos arbustivos recebem sementes zoocóricas de outras espécies depositadas por frugívoros e são capazes de capturar, também, propágulos anemocóricos. Com isso, influenciam o destino de dispersão das sementes na paisagem e podem ser importantes focos na sucessão da vegetação.
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Invasão por Hovenia Dulcis Thunb. (Rhamnaceae) nas florestas do Rio UruguaiDechoum, Michele de Sá January 2015 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-05-19T04:10:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
333635.pdf: 1603465 bytes, checksum: f472932b9a02dbb11065e3a215ed5e5f (MD5)
Previous issue date: 2015 / Espécies exóticas invasoras podem provocar impactos ambientais e econômicos substanciais, sendo atualmente consideradas uma das maiores ameaças à diversidade biológica em escala mundial. Invasões por plantas ocorrem como resultado da combinação de características biológicas e ecológicas das espécies introduzidas, de condições bióticas e abióticas do ambiente nos quais as espécies chegaram, e da pressão de propágulos, tanto com relação ao número do número de eventos de introdução, quanto do número e diversidade genética dos propágulos introduzidos. Ecossistemas com menor diversidade biológica e maiores intensidade e frequência de distúrbios são usualmente mais invadidos do que aqueles com baixos níveis de perturbação e maior diversidade. Hovenia dulcis, popularmente conhecida como uva-do-japão, é uma espécie arbórea decídua e zoocórica, nativa do leste asiático, descrita em literatura como espécie pioneira. Foi introduzida e mais intensamente cultivada no oeste de Santa Catarina a partir da década de 1980, quando agroindústrias da região fomentaram seu uso em granjas de suínos e aves. A espécie pode dispersar-se além de suas áreas de cultivo, encontrando-se amplamente distribuída em florestas no estado de Santa Catarina, chegando a ser a espécie mais importante no componente arbóreo-arbustivo. Pode alterar a estrutura e a composição de espécies em comunidades vegetais florestais no sul do Brasil. O objetivo geral desta tese foi investigar fatores-chave da ecologia de invasão pela espécie exótica Hovenia dulcis em florestas estacionais deciduais de Santa Catarina, com vistas a fornecer diretrizes para o manejo da espécie. Para tanto, três diferentes estudos foram realizados entre 2011 e 2014, no Parque Estadual Fritz Plaumann, Concórdia (SC), onde a paisagem é composta por fragmentos de Floresta Estacional Decidual em diferentes estágios sucessionais. Para o primeiro estudo, realizado entre julho de 2010 e janeiro de 2011, parcelas foram estabelecidas em vegetação aberta, semiaberta e fechada em diferentes fragmentos, correspondentes a três estágios em um gradiente sucessional, em áreas com e sem H. dulcis. Todos os indivíduos com DAP (diâmetro à altura do peito) maior do que 5cm foram identificados e classificados em grupos funcionais, estabelecidos com base na síndrome de dispersão, estratégia de regeneração, estratificação vertical e fenologia foliar. A idade dos indivíduos de H. dulcis amostrados foi estimada a partir da contagem de anéis de crescimento de árvores cortadas. Observando-se premissas gerais de invasões biológicas e características ecológicas da espécie, foi construída a hipótese de que o estabelecimento e o sucesso de invasão por H. dulcis seriam maiores em estágios sucessionais iniciais, com maior disponibilidade de recursos, e baixas riqueza e diversidade de espécies, assim como diversidade funcional. Uma maior densidade de árvores adultas foi observada em áreas que hoje estão em estágio intermediário de sucessão, mas a espécie é capaz de colonizar áreas em estágio inicial e de persistir em comunidades vegetais em estágio avançado. O processo de colonização pela espécie aconteceu entre 10 a 15 anos atrás em florestas que atualmente estão em estágio sucessional intermediário, e pelo menos há 30 anos em florestas em estágio avançado. Acredita-se que a deciduidade natural da floresta tenha sido um fator que provavelmente facilitou a colonização e a permanência da espécie nos estágios mais avançados de regeneração. Contrariamente ao que se esperava, não foram encontradas diferenças entre comunidades vegetais invadidas e não invadidas nos três estágios sucessionais. Também não foi encontrada relação entre riqueza e diversidade de espécies e diversidade funcional e susceptibilidade à invasão ao longo do gradiente sucessional. Para o segundo estudo, realizado entre os meses de maio a setembro, período de frutificação de H. dulcis, em 2012 e em 2013, foi realizada uma caracterização da chegada de propágulos em sítios não invadidos a partir da dispersão a curtas distâncias por aves, e uma avaliação da efetividade de iniciativas de controle de H. dulcis na redução na pressão de propágulos nesses sítios. Foram testadas as hipóteses que a dispersão local de sementes a partir de sítios invadidos estaria relacionada à densidade e à distância das fontes de propágulos, e que os padrões de dispersão local seriam alterados quando as fontes de propágulos fossem removidas por meio do corte de árvores. A chegada de sementes levadas por aves foi comparada por meio da instalação de coletores de sementes em sítios não invadidos, que encontravam-se a diferentes distâncias de sítios invadidos por H. dulcis, e comparados entre vegetação aberta e fechada. A chegada de sementes também foi comparada entre parcelas controle e parcelas nas quais foi realizado o corte de árvores de H. dulcis em um raio de 30 m a contar do centro da parcela. Foi observada uma limitação na dispersão de sementes por aves a curtas distâncias na área de estudo, especialmente em sítios com vegetação aberta. Houve uma relação exponencial negativa entre o número de sementes encontrado nos coletores e a distância de árvores de H. dulcis até os sítios não invadidos onde as parcelas foram instaladas; por outro lado, o número de sementes aumentou exponencialmente em relação à área basal das árvores de H. dulcis amostradas nas adjacências desses sítios não invadidos. O corte de árvores adultas de H. dulcis foi efetivo para reduzir a chegada de propágulos em sítios não invadidos com vegetação fechada, resultando em um menor número de sementes nos coletores em parcelas submetidas ao corte quando comparadas com parcelas controle. Por fim, no terceiro estudo, a germinação de sementes e a sobrevivência e o crescimento de plântulas de H. dulcis foram avaliados experimentalmente nos três estágios sucessionais estabelecidos, por 400 dias, entre junho de 2013 e junho de 2014. Testou-se a hipótese de que a germinação de sementes e o crescimento e a sobrevivência de plântulas decresceriam ao longo do gradiente sucessional, e que seriam dependentes da cobertura do sub bosque, da umidade do solo e da espessura da serrapilheira. Foi também testada a hipótese de que a frequência de herbivoria em plântulas de H. dulcis variaria entre estágios sucessionais. Os processos de germinação de sementes e estabelecimento de plântulas de H. dulcis ocorrem nos três estágios sucessionais estudados, o que evidencia que a espécie apresenta tolerância à sombra na fase de plântula, tornando-a uma invasora em potencial mesmo no interior de florestas com menor abertura de dossel. Maiores porcentagens de germinação foram observadas em vegetação fechada, enquanto a sobrevivência de plântulas foi maior em vegetação semiaberta, e o crescimento de plântulas foi maior em vegetação aberta. A frequência de herbivoria não variou entre estágios sucessionais. Fatores abióticos foram mais importantes do que fatores bióticos na determinação do sucesso de estabelecimento de H. dulcis. Foi observada uma relação positiva entre umidade do solo e germinação de sementes, enquanto espessura de serrapilheira influenciou negativamente a germinação de sementes de H. dulcis. A porcentagem de solo exposto influenciou negativamente a sobrevivência de plântulas. Considerando-se a capacidade de H. dulcis de colonizar e invadir florestas secundárias, especialmente aquelas em estágio intermediário de regeneração, conclui-se que a condição na qual atualmente se encontram as florestas catarinenses seria o cenário ideal para a invasão pela espécie. A suscetibilidade dessas florestas à invasão por H. dulcis pode ser ainda maior em virtude do plantio difuso da espécie em propriedades rurais para fins diversos, resultando em uma intensa pressão de propágulos em fragmentos florestais. Sendo assim, recomenda-se que a utilização da espécie seja proibida em projetos de recuperação e restauração ambiental, assim como seu plantio para qualquer fim em unidades de conservação e em suas zonas de amortecimento. Recomenda-se, ainda, que uma distância mínima de plantio de 30 metros de fragmentos florestais deve ser adotada em propriedades rurais, em regiões de domínio de florestas no estado. O uso de espécies nativas em substituição a H. dulcis, por meio de políticas públicas e programas de incentivo, são fundamentais para a conservação dos fragmentos remanescentes da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina<br> / Abstract: Invasive alien species can cause substantial economic andenvironmental impacts, and are currently considered one of the greatestthreats to biodiversity at the global scale. Plant invasions occur asresults of the combination of introduced species biological andecological traits, biotic and abiotic conditions of the receiving habitat,and propagule pressure, considering the number of introduction eventsas well as the number and genetic diversity of introduced propagules.Ecosystems of lower biodiversity and higher intensity and frequency ofdisturbance are generally more invaded than those where disturbance israre and diversity is high. Hovenia dulcis, known as japanese cherry, is adeciduous, zoochorous tree native to East Asia, described in scientificliterature as a pioneer species. It was introduced and more intenselycultivated in the western region of Santa Catarina state after 1980, whenthe regional agroindustry fostered its use for shading in poultry and porkfarms. The species disperses beyond cultivation areas, being widelyfound in forest areas in Santa Catarina state, and having been found asthe most important species in the shrub-tree layers of forests. It canchange the structure and species composition in forest communities insouthern Brazil. The general goal of our research was to investigate keyfactors of the invasion ecology of the alien species Hovenia dulcis inseasonal deciduous forests in Santa Catarina in order to generateguidance for practical management. Three different studies were carriedout at the Fritz Plaumann State Park in the municipality of Concordiabetween 2011 and 2014, in a landscape composed of fragments ofSeasonal Deciduous Forest in different successional stages. In the firststudy, sample plots were set up in open, semi-open, and closedvegetation in different fragments between July, 2010, and January,2011. These fragments correspond to three stages in a successionalgradient, in areas invaded and not invaded by H. dulcis. All trees withDBH (diameter at breast height) larger than 5cm were identified andclassified in functional groups, defined according to dispersal syndrome,regeneration strategy, vertical stratification, and leaf phenology. The ageof sampled H. dulcis trees was estimated from the growth rings of felledtrees. The hypothesis that species establishment and invasion success byH. dulcis would be greater in initial successional stages, where resourceavailability is higher while species diversity and functional diversity arelower, was elaborated based on general premises of biological invasionand known ecological traits of the species. Higher adult tree density wasverified in areas in intermediate successional stages, but the species iscapable of colonizing areas in initial stages and of persisting inadvanced stages. The colonization by the species took place 10 to 15years ago in forests currently in an intermediate successional stage, andat least 30 years ago in forests in the advanced stage. The naturaldeciduous characteristic of the forest may have been a factor thatfacilitated the colonization by the species, as well as its persistence inadvanced successional stages. On the contrary to what was expected, nodifferences were found between invaded and non-invaded plantcommunities in the three successional stages, and no relationship wasfound between species richness and diversity, or between functionaldiversity and susceptibility to invasion along the successional gradient.In the second study, the arrival of propagules due to short-distancedispersal by birds in invaded and non-invaded areas was registered andcharacterized during H. dulcis fructification periods in 2012 and in2013. An assessment of the effectiveness of control measures of H.dulcis in reducing propagule pressure on these sites was also carried out.The hypotheses that local seed dispersal from invaded sites could berelated to density and distance of propagule sources, and that localdispersal patterns could be altered when the propagule sources wereremoved by tree felling, were tested. Seed arrival by birds was assessedby installing seed collectors in non-invaded sites at different distancesfrom sites invaded by H. dulcis, then compared between open andclosed vegetation. Seed arrival was also compared between control plotsand plots were all H. dulcis trees were felled within a 30m radius fromthe center of plots. A limitation in short distance seed dispersal by birdswas observed in the study area, especially in open vegetation. Anegative exponential relationship was found between the number ofseeds in seed collectors and the distance of H. dulcis trees to noninvadedsites where the plots were set up; on the other hand, the numberof seeds increased exponentially in relation to H. dulcis trees basal areassurrounding the non-invaded plots. Felling H. dulcis trees was effectiveto reduce propagule arrival in non-invaded sites in closed vegetation, asit resulted in smaller numbers of seeds in collectors in felled plotscompared to control plots. In the third study, H. dulcis seed germination,seedling survival and growth were assessed experimentally in the threesuccessional stages during 400 days between June 2013 and June 2014.The hypothesis that seed germination and seedling survival and growthwould decrease along the successional gradient, and that they would bedependent upon undergrowth cover, soil moisture, and litter thickness,was tested, as well as the hypothesis that herbivory frequency in H.dulcis seedlings would vary between successional stages. The seedgermination and seedling establishment processes were observed in thethree successional stages studied, which provides evidence that thespecies tolerates shade in the seedling phase, characterizing the speciesas a potential invasive even in forests with scarce canopy openness.Higher germination percentages were observed in closed vegetation,while seedling survival was higher in semi-open vegetation, andseedling growth was higher in open vegetation. Herbivory frequency didnot vary between successional stages. Abiotic factors were moreimportant than biotic factors in determining establishment success of H.dulcis. A positive relationship was found between soil moisture and seedgermination, while litter thickness influenced seed germinationnegatively. Percentage of bare soil also influenced seedling survivalnegatively. Considering that H. dulcis is capable of colonizing andinvading secondary forests, especially those in intermediate regenerationstages, we concluded that the current condition of Santa Catarina forestsare an ideal setting for the species invasion. The susceptibility ofinvasion of these forests to H. dulcis tends to be even greater due todiffuse plantings of the species in rural properties for diverse uses,resulting in intense propagule pressure to forest fragments. It is thereforerecommended that this species is banned from use in environmentalrestoration projects, as well as from planting for any purpose inprotected areas and their buffer zones. We also recommend that aminimum distance of 30m from forest fragments be adopted forplantings in rural properties in all forest areas in the state. Fostering theuse of indigenous species to replace H. dulcis through public policiesand incentive programs is essential for the conservation of remaining
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[en] AFTER COFFEE RUNS OUT: BIOGEOGRAPHY AND ENVIRONMENTAL HISTORY OF FOREST REMNANTS IN THE PARAÍBA DO SUL RIVER VALLEY (RJ E SP) / [pt] DEPOIS QUE O CAFÉ ACABOU: BIOGEOGRAFIA E HISTÓRIA AMBIENTAL DE REMANESCENTES FLORESTAIS DO VALE DO RIO PARAÍBA DO SUL (RJ E SP)GILSON ROBERTO DE SOUZA 17 January 2022 (has links)
[pt] Do ponto de vista histórico, a cafeicultura teve um papel relevante sobre a composição e estrutura das florestas no domínio da Mata Atlântica, especialmente no século XIX em todo o Vale do Rio Paraíba do Sul, localizado na interceção dos estados de SP, RJ e MG. Esta atividade gerou uma paisagem composta por mosaicos florestais que foram definidos por diferentes sobreposições de usos, em distintas escalas temporais. Seu legado deixou marcas na paisagem e muitas estão ocultas sob estes mosaicos vegetacionais, sendo revelados a partir do estudo de sua flora e vegetação. Este trabalho teve como objetivo avaliar a composição florística e a estrutura do estrato arbustivo e arbóreo de fragmentos de Mata Atlântica no Vale do Paraíba RJ/SP, com diferentes estágios sucessionais e distintas sobreposições de usos após o ciclo do café. Foi analisada a estrutura floristica e fitossociológica de oito fragmentos que compartilham o mesmo histórico de uso. Em seguida, foram analisadas as marcas humanas nestas florestas através do inventário de espécies exóticas e vestígios físicos de diferentes contextos históricos. Por fim, foi feita uma análise do entorno de cada fragmento por imagens de satélite. A metologia utilizada consistiu: 1) no levantamento fitossociológico em 20 parcelas de 10 x 10 m2 contíguas, perfazendo 0,2 ha em cada fragmento; 2) análise granulométrica e de fertilidade do solo nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm; 3) levantamento de espécies exóticas nas florestas; 4) registros de macrovestígios de usos pretéritos nos fragmentos e 5) utilização e interpretação de imagens de satélite para cada fragmento estudado. Os resultados indicam que os fragmentos estudados contemporâneos à época do café. Muito possivelmente são de áreas onde onde anteriomente existiam cafezais e, com o declinio deste, deu-se o processo de sucessão ecológica, representando hoje esta paisagem uma convergência de histórias naturais e humanas. As investigações acerca da paisagem que circunda os fragmentos dimensiona as semelhanças que há entre eles, pois estão dentro de uma mesma matriz e contexto histórico. A interpretação destes eventos temporais sobre os aspectos das florestas a partir do legado do café por diferentes sobreposições de uso contribui para compreensão das dimensões biogeográficas e da história ambiental da sua paisagem. Neste contexto, o entendimento dos usos antrópicos pretéritos e a situação atual das florestas face ao aspecto cumulativo de usos contribui para a conservação destas florestas e dos valores ecológicos e culturais a elas associados. / [en] From a historical point of view, the heyday of coffee growing played a relevant role in the composition and structure of forests in the Atlantic Forest domain, especially in the 19th century throughout the Paraíba do Sul River Valley, located at the intersection of the states of SP, RJ, and MG. This activity generated a landscape composed of forest mosaics defined by overlapping uses at different time scales. His legacy left marks on the landscape, and many are hidden under these vegetation mosaics, revealed through the study of its flora and vegetation. This work aimed to evaluate the floristic composition and structure of the shrub and arboreal layer of Atlantic Forest fragments in the Paraíba Valley RJ/SP, with different successional stages and distinctions overlapping uses after the coffee cycle. The floristic and phytosociological structure of eight fragments that share the same history of use was analyzed. Then, the human marks in these forests were analyzed by inventory of exotic species and physical remains from different historical contexts. Finally, an analysis of the surroundings of each fragment was carried out using satellite images. The methodology used consisted of 1) a phytosociological survey with 20 contiguous plots of 10 x 10 m2, totaling 0.2 ha in each fragment; 2) granulometric and soil fertility analysis at depths of 0-10 and 10-20 cm; 3) survey of exotic species in forests; 4) records of a macro trace of past uses in the fragments and 5) use and interpretation of satellite images for each studied component. The results indicate that the studied fragments are not contemporary remnants of the coffee period. Quite possibly, they were from areas where coffee plantations previously existed and, with its decline, the process of ecological succession took place. Today, this landscape represents a convergence of natural and human histories. The investigations about the landscape surrounding the fragments scale the similarities between them, as they are within the same matrix and historical context. The interpretation of these temporal events on the aspects of forests from the coffee legacy through different use overlaps contributes to understanding the biogeographic dimensions and the environmental history of its landscape. In this context, understanding past anthropic uses and the current situation of forests in the face of the cumulative aspect of benefits contributes to the conservation of these forests and the ecological and cultural values associated with them.
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[en] HISTORICAL SOCIOENVIRONMENTAL CHANGES AND GEO-HIDROECOLOGICAL RESULTANTS IN MANAGEMENT AREAS (QUILOMBO DO CAMPINHO DA INDEPENDÊNCIA, PARATY, RJ). / [pt] MUDANÇAS SOCIOAMBIENTAIS HISTÓRICAS E RESULTANTES GEO-HIDROECOLÓGICAS EM ÁREAS DE MANEJO (QUILOMBO DO CAMPINHO DA INDEPENDÊNCIA, PARATY, RJ)JOANA STINGEL FRAGA 29 December 2021 (has links)
[pt] O litoral sul fluminense vem passando por muitas mudanças desde a abertura da rodovia Rio-Santos na década de 1970, o que provocou diversos conflitos socioambientais em decorrência de um intenso processo de especulação imobiliária. Em paralelo, a criação de diversas unidades de conservação restringiu práticas das comunidades tradicionais locais e reorganizaram de diversas formas seus territórios. No ano de 2014, a crise hídrica do sudeste brasileiro afetou também comunidades rurais em Paraty, entre elas, a comunidade do Quilombo Campinho da Independência localizada na bacia do rio Carapitanga. Buscou-se compreender se a crise hídrica local se deu em decorrência unicamente de uma variabilidade climática ou se foi potencializada por mudanças socioambientais recentes. Sendo assim, foram analisados os processos sociais históricos que conduziram às mudanças de uso do solo na região, tendo como foco as comunidades quilombolas e suas formas de resistência e adaptação aos diferentes contextos históricos. Em seguida, foram analisadas variáveis ambientais locais como a distribuição histórica da precipitação na bacia do Carapitanga e as resultantes geo-hidroecológicas do manejo tradicional. Para tal, foram selecionadas três áreas no Quilombo do Campinho que foram utilizadas em tempos distintos: florestas de 30 e 50 anos regeneradas após abandono de roças e uma área de agrofloresta, recentemente implementada (10 anos). As variáveis monitoradas, coletadas e analisadas ao longo da pesquisa foram: precipitação, interceptação florestal, umidade do solo, capacidade de retenção hídrica da serrapilheira, propriedades físicas e condutividade hidráulica saturada (Ksat) do solo, levantamento fitossociológico das áreas regeneradas após o uso e a classificação das espécies arbóreas em grupos ecológicos. Os resultados indicam que o manejo destas comunidades produz na paisagem um mosaico vegetacional em diferentes estágios sucessionais com diferentes funções geo-hidroecológicas. Dentre essas funções, as três áreas se destacaram diferentemente. De forma geral, a agrofloresta apresentou maiores valores de Ksat e umidade do solo, consistindo numa área de maior recarga e armazenamento de água, além das espécies cultivadas servirem de alimento para a fauna, fortalecendo interações ecológicas. A floresta de 30 anos apresentou a maior diversidade de espécies arbóreas e a floresta de 50 anos a maior diversidade estrutural dos indivíduos arbóreos e, consequentemente, a maior interceptação da precipitação. Ainda que a luta e a resistência das comunidades tradicionais tenham produzido avanços, políticas e dinâmicas mais recentes na região aliadas às tendências pluviométricas para o sudeste brasileiro acendem alertas, uma vez mais, para as consequências socioambientais do modelo político e econômico dominante. / [en] The southern coast of Rio de Janeiro has undergone many changes since the opening of the Rio-Santos highway in the 1970s. This fact has caused several socio-environmental conflicts as a result of an intense process of real estate speculation and several conservation units were created, which controlled traditional community practices and so, reorganized their territories in different ways. In 2014, the water crisis in southeastern Brazil also affected rural communities in Paraty, including the Quilombo Campinho da Independência community located in the Carapitanga river basin. We sought to understand if the local water crisis occurred solely as a result of climate variability or if it was enhanced by recent socio-environmental changes. Thus, the historical social processes that led to changes in land use in the region were analyzed, focusing on quilombola communities and their forms of resistance and adaptation to different historical contexts. Then, local environmental variables were analyzed, such as the historical distribution of precipitation in the Carapitanga basin and the geo-hydroecological results of traditional management. To this end, three areas were selected in Quilombo do Campinho that were used at different times: 30- and 50-year-old forests regenerated after the abandonment of swiddens and an agroforestry area, recently implemented (10 years). The variables monitored, collected and analyzed throughout the research were: precipitation, forest interception, soil moisture, litter water retention capacity, physical properties and saturated hydraulic conductivity (Ksat) of the soil, phytosociological survey of regenerated areas after use and the classification of tree species into ecological groups. The results indicate that the management of these communities produces a vegetation mosaic in the landscape at different successional stages with different geo-hydroecological functions. Among these functions, the three areas stood out differently. In general, the agroforestry showed higher values of Ksat and soil moisture, consisting of an area of greater water recharge and storage, in addition to the cultivated species serving as food for the fauna, strengthening ecological interactions. The 30-year-old forest had the greatest diversity of tree species and the 50-year-old forest the greatest structural diversity of individual trees and, consequently, the greatest precipitation interception. Although the struggle and resistance of traditional communities have produced advances, more recent policies and dynamics in the region, combined with rainfall trends for the Brazilian Southeast, raise alerts, once again, for the socio-environmental consequences of the dominant political and economic model.
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