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O teatro experimental do negro -: estudo da personagem negra em duas peças encenadas (1947-1951)Moura, Christian Fernando dos Santos [UNESP] 18 December 2008 (has links) (PDF)
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moura_cfs_me_ia.pdf: 2324681 bytes, checksum: 663dee1c58746e9427ccedc33035e930 (MD5) / Universidade Estadual Paulista (UNESP) / Até a década de 1940, o negro no teatro brasileiro, mesmo quando em personagens de destaque, quase sempre foi retratado por meio de certas caricaturas ou estereótipos herdados do período da escravidão. Entre o final do século XIX e começo XX, as personagens negras aparecem muitas vezes representadas em figuras dramáticas femininas como a mulata bela e sensual (reboladeira e carnal, pernóstica ou faceira), a bá (ama-de-leite geralmente negra beiçuda e gorda, confidente, chorosa e prestativa), a baiana macumbeira (em especial a vendedora de quitandas, vestida com saia rodada, bata de renda, turbante, pano-da-costa, colares e balangandãs), a preta velha (africana idosa conhecedora de segredos); em personagens masculinos, como o negrinho espertalhão (agregado da casa-grande), o bobalhão (pouco inteligente; estúpido, ignorante, imbecil); o malandro (astuto, bon vivant); o pai João (na maioria das vezes negro velho, dócil, conformado e submisso). Nos idos de 1944, surge no Rio de Janeiro um grupo de teatro formado por atores negros propostos a problematizar e revisar a tradição cênica de representação da “raça” levando aos palcos textos ligados aos temas das culturas afro-brasileiras, aos conflitos raciais e ao estigma da cor negra. Trata-se do Teatro Experimental do Negro (TEN). A presente investigação visa compreender as propostas dramatúrgicas deste grupo para a construção da personagem negra, tendo como base os estudos de Anatol Rosenfeld, Antonio Candido, Décio de Almeida Prado (2000), Renata Pallottini (1989) e Sábato Magaldi (1962), e partindo da analise de duas específicas peças do repertório do TEN, que estão reunidas na coletânea Drama para negros e prólogo para brancos, publicada em 1961. São elas: O filho pródigo (1947), de Lúcio Cardoso e Sortilégio (1951), de Abdias do Nascimento. Palavras-chave: Teatro... / Until the nineteen forties decade, the Negroes in the Brazilian drama were represented, even when taking up major parts, throughout some stereotyped characters and caricatures inherited from the slavery period. Between the end of the nineteenth century and the beginning of the twentieth, the feminine negro character so many times appears in dramatic parts like the “mulata” beautiful and sexy (with good dancing skills and body performance), the “babá” (wet-nurses regularly black, thick lips and fat, confidant, tearful and helpful), the “bahiana macumbeira” (normally in voodoo style, seller of grocer's shops, dressing wide skirts, sewed smock, turban, necklaces and local baubles), the “black old lady” (old African having knowledge of ancient secrets), and the masculine characters like the “smart young black” (a lodger of the Brazilian ‘greathouse’), the “fool” (lacking intelligence, lout, ignorant and idiot), the “father John” (mostly old black, docile submissive and conformist). Around nineteen forty-four, there is within Rio de Janeiro the foundation of a new drama group, created by black actors intended to revise the stage tradition for representation of race, bringing to stage different works related to African-Brazilian culture subjects, to the racism conflicts and the Negroes stigma. It was the Negroes Workshop Theater (“Teatro Experimental do Negro”, TEN). This investigation intends to understand this group’s theatrical proposal to build the Negro character, having as a direction the works of Anatol Rosenfeld, Antonio Candido, Décio de Almeida Prado (2000), Renata Pallottini (1989) and Sábato Magaldi (1962), as well as coming from the analysis of two specific plays from the ‘TEN’s repertoire united in the collection: “Drama para negros e prólogo para brancos”, released in... (Complete abstract click electronic access below)
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