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Vozes da literatura luso-brasileira : uma história do improviso poético – dos trovadores medievais aos poetas do Brasil colôniaAguiar, Rafael Hofmeister de January 2018 (has links)
Este trabalho percorre uma história das vozes poéticas da literatura luso-brasileira impostadas no improviso poético desde os trovadores medievais até os poetas do Brasil Colônia. Dessa maneira, procura responder se é possível identificar uma continuidade histórica do improviso na poesia lusófona, tendo como objetivo reconstruir historicamente a tradição do improviso poético luso-brasileiro. Essencialmente bibliográfica, a exposição da pesquisa encontra-se dividida em quatro capítulos. O primeiro aborda os princípios epistemológicos para a integração das poéticas orais e populares no interior da literatura luso-brasileira, constituindose como base epistêmica para o desenvolvimento da pesquisa; o segundo, intitulado E se os trovadores medievais fossem repentistas..., volta-se para os trovadores galego-portugueses, enfocando, sobretudo, as cantigas em desafio denominadas de tenções; o terceiro trata das relações entre a poesia popular e tradicional e os poetas cultos do renascimento ibérico com destaque a Camões; o quarto, por fim, versa, a partir das contribuições do capítulo Poetas repentistas da inacabada História da literatura brasileira, de Joaquim Norberto de Sousa Silva (2002), do uso da viola como importante elemento de sociabilização no período colonial brasileiro, em que avultam as práticas poéticas improvisatórias de Gregório de Matos e Domingos Caldas Barbosa Nesses capítulos, o elo de ligação se constituiu na reconstrução histórica do improviso poético, sem apregoar uma origem no sentido etnocêntrico que situa uma cultura como superior a outra, ou em que o improviso, a oralidade e a poesia popular aparecem como resquícios de uma sociedade mais evoluída que as abandonou. Ademais, segue-se o princípio de construir uma análise comparatista e historicizante, procurando observar algumas produções poéticas do passado que hoje só existem em papel e outrora poderiam ter sido compostas e executadas em performance através de experiências contemporâneas como a poesia popular e a cantoria nordestina. Entre referências, destacam-se Frenk (2005, 2006a, 2006b, 2006c, 2006d), Hansen e Moreira (2013), Lemaire (1987, 1992, 1999, 2010, 2015), Lopes (2015), Romeralo (1969) e Zumthor (1993, 2010). / This papper tries to make a history of the poetic voices of Luso-Brazilian literature imposed in the poetic improvisation from the medieval troubadours to the poets of Brazil Colony. In this way, we try to answer if it is possible to identify a historical continuity of improvisation in lusophone poetry, with the objective of reconstructing historically the Luso-Brazilian poetic improvisation tradition. Essentially bibliographic, the exposition of the research is divided into four chapters. The first one deals with epistemological principles for the integration of oral and popular poetics within the Luso-Brazilian literature, constituting itself as an epistemic basis for the development of research; the second, entitled And if the medieval troubadours were repentistas ..., turns to the Galician-Portuguese troubadours, focusing, above all, the ditties in challenge called tenções; the third deals with the relations between popular and traditional poetry and the educated poets of the Iberian Renaissance, with a special mention of Camões; the fourth, finally, is based on the contributions of the chapter Improvisational Poets (Repentistas) on the unfinished History of Brazilian Literature by Joaquim Norberto de Sousa Silva (2002), highlighting the viola as an important element of socialization in the Brazilian colonial period, in which the improvisatory poetic practices of Gregório de Matos and Domingos Caldas Barbosa increase In these chapters, the linkage was constituted in the historical reconstruction of poetic improvisation, but without proclaiming an origin in the ethnocentric sense that places one culture as superior to another, in which improvisation, orality and popular poetry appear as remnants of a society more evolved that abandoned them. In addition, it follows the principle of constructing a comparative and historicizing analysis, looking for to observe some poetic productions of the past that now only exist in paper and could once have been composed in performance through contemporary experiences like the popular poetry and the northeastern cantor. Among references, we highlight Frenk (2005, 2006a, 2006b, 2006c, 2006d), Hansen; Moreira (2013), Lemaire (1987, 1992, 1999, 2010, 2015), Lopes (2015), Romeralo (1969) and Zumthor (1993, 2010). / Este estudio busca hacer una historia de las voces poéticas de la literatura luso-brasileña impostadas en el improviso poético, desde los trovadores medievales hasta los poetas de Brasil Colonia. Con ello, se procura responder si es posible identificar una continuidad histórica del improviso en la poesía lusófona, cuyo objetivo es reconstruir históricamente la tradición del improviso luso-brasileño. Esencialmente bibliográfica, la exposición de la pesquisa se encuentra dividida en cuatro capítulos. Lo primero, aborda los principios epistemológicos para la integración de las poeticas orales y populares en interior de la literatura luso-brasileña, constituyéndose como base epistémica para el desarrollo de la pesquisa; lo segundo, intitulado “Y si los trovadores medievales fueran repentistas…”, se vuelve hacía los trovadores gallego-portugueses, enfocando, además, las cantigas en desafío denominadas de tenciones; lo tercero trata de las relaciones entre la poesía popular y tradicional y los poetas cultos del renacimiento ibérico con destaque a Camões; lo cuarto, finalmente, versa, a partir de las contribuciones del capítulo Poetas repentistas de la inacabada Historia de la Literatura Brasileña, de Joaquim Norberto de Sousa Silva (2002), destacando la viola como importante elemento de sociabilización en el periodo colonial brasileño, en que se abultan las practicas poético-improvisatorias de Gregório de Matos y de Domingos Caldas Barbosa En esos capítulos, el eslabón se constituye en reconstrucción histórica del improviso poético, pero sin propalar un origen en el sentido etnocéntrico que sitúa una cultura como superior a otra, en que el improviso, la oralidad y la poesía popular aparecen como resquicios de una sociedad más evolucionada que las ha abandonado. Además, se sigue el principio de construir un análisis comparatista e historicizante, procurando observar algunas producciones poéticas del pasado que hoy solo existen en papel y otrora podrían haber sido compuestas en performance por medio de experiencias contemporáneas como la poesía popular y la cantoría nordestina. Entre las referencias, se destacan Frenk (2005, 2006a, 2006b, 2006c, 2006d), Hansen; Moreira (2013), Lemaire (1987, 1992, 1999, 2010, 2015), Lopes (2015), Romeralo (1969) y Zumthor (1993, 2010).
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