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Sindicalismo e desempregados no Brasil e na Argentina de 1990 a 2002: unidade e fratura entre o exército de operários ativo e de reserva / Trade unionism and unemployed workers in Brazil and in Argentina from 1990 to 2002: unity construction process and fracture between the active army of labour and the reserve army of labourSouza, Davisson Charles Cangussu de 24 March 2010 (has links)
Esta tese trata da relação entre o sindicalismo e os desempregados no Brasil e na Argentina no período de 1990 a 2002. Foram consideradas na análise as duas centrais sindicais mais importantes de cada país: a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical (FS), no caso brasileiro; a Confederación General del Trabajo (CGT) e a Central de los Trabajadores de la Argentina (CTA), no caso argentino. A pesquisa de campo foi realizada com base em documentos de fonte primária e 48 entrevistas com sindicalistas e militantes de organizações de desempregados dos dois países. O marco teórico adotado foi baseado fundamentalmente na teoria da superpopulação relativa criada por Engels e desenvolvida por Marx. Ademais, foram incorporadas as contribuições de autores contemporâneos da sociologia francesa, com a qual se discutiu a noção de construção social do desemprego e os limites da mobilização dos desempregados. Por último, a partir de Gramsci e da História Social britânica foram fundamentados os conceitos de experiências e tradições de luta. O argumento central da tese é de que a relação entre o sindicalismo e os desempregados deve ser compreendida como parte do processo de construção de unidade e fratura entre o exército de operários ativo e de reserva, presente na formação histórico-cultural da classe trabalhadora. A partir das referências teóricas mencionadas, foram comparadas as ações e representações das centrais pesquisadas nos dois países com relação aos desempregados, relacionando-as à correlação de forças, à estrutura sindical, aos interesses da base e da cúpula, à posição adotada diante do neoliberalismo, e às experiências e tradições de luta da classe trabalhadora. / This thesis deals with the relationship between the trade unionism and the unemployed workers in Brazil and in Argentina in the period between 1990 and 2002. It was considered in the analysis the two most important unions of each country: the Central Única dos Trabalhadores (CUT) and Força Sindical (FS), in the Brazilian case; the Confederación General del Trabajo (CGT) and the Central de los Trabajadores de la Argentina (CTA), in the Argentinean case. The research was based in primary source documents and 48 interviews with trade unionists and militants of unemployed organizations of the two countries. The adopted theoretical mark was based fundamentally in the theory of the relative overpopulation created by Engels and developed by Marx. Besides, contemporary contributions of the French Sociology were incorporated, with which was discussed the notion of social construction of the unemployment and the limits of the unemployed mobilization. Last, the concepts of experiences and fight traditions were based in Gramsci and the British Social History. The central argument of the thesis is that the relationship between the trade unionism and the unemployed workers should be understood as part of the unity construction process and fracture between the active army of labour and the reserve army of labour, present in the historical-cultural making of the working class. From the mentioned theoretical references, this thesis searches to compare the actions and representations of the researched unions in the two countries concerning to the unemployed workers, relating them to the correlation forces, the unionism structure, the cupola and the base interests, the adopted position in relation to the neoliberalism, and the experiences and fight traditions of the working class.
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Sindicalismo e desempregados no Brasil e na Argentina de 1990 a 2002: unidade e fratura entre o exército de operários ativo e de reserva / Trade unionism and unemployed workers in Brazil and in Argentina from 1990 to 2002: unity construction process and fracture between the active army of labour and the reserve army of labourDavisson Charles Cangussu de Souza 24 March 2010 (has links)
Esta tese trata da relação entre o sindicalismo e os desempregados no Brasil e na Argentina no período de 1990 a 2002. Foram consideradas na análise as duas centrais sindicais mais importantes de cada país: a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical (FS), no caso brasileiro; a Confederación General del Trabajo (CGT) e a Central de los Trabajadores de la Argentina (CTA), no caso argentino. A pesquisa de campo foi realizada com base em documentos de fonte primária e 48 entrevistas com sindicalistas e militantes de organizações de desempregados dos dois países. O marco teórico adotado foi baseado fundamentalmente na teoria da superpopulação relativa criada por Engels e desenvolvida por Marx. Ademais, foram incorporadas as contribuições de autores contemporâneos da sociologia francesa, com a qual se discutiu a noção de construção social do desemprego e os limites da mobilização dos desempregados. Por último, a partir de Gramsci e da História Social britânica foram fundamentados os conceitos de experiências e tradições de luta. O argumento central da tese é de que a relação entre o sindicalismo e os desempregados deve ser compreendida como parte do processo de construção de unidade e fratura entre o exército de operários ativo e de reserva, presente na formação histórico-cultural da classe trabalhadora. A partir das referências teóricas mencionadas, foram comparadas as ações e representações das centrais pesquisadas nos dois países com relação aos desempregados, relacionando-as à correlação de forças, à estrutura sindical, aos interesses da base e da cúpula, à posição adotada diante do neoliberalismo, e às experiências e tradições de luta da classe trabalhadora. / This thesis deals with the relationship between the trade unionism and the unemployed workers in Brazil and in Argentina in the period between 1990 and 2002. It was considered in the analysis the two most important unions of each country: the Central Única dos Trabalhadores (CUT) and Força Sindical (FS), in the Brazilian case; the Confederación General del Trabajo (CGT) and the Central de los Trabajadores de la Argentina (CTA), in the Argentinean case. The research was based in primary source documents and 48 interviews with trade unionists and militants of unemployed organizations of the two countries. The adopted theoretical mark was based fundamentally in the theory of the relative overpopulation created by Engels and developed by Marx. Besides, contemporary contributions of the French Sociology were incorporated, with which was discussed the notion of social construction of the unemployment and the limits of the unemployed mobilization. Last, the concepts of experiences and fight traditions were based in Gramsci and the British Social History. The central argument of the thesis is that the relationship between the trade unionism and the unemployed workers should be understood as part of the unity construction process and fracture between the active army of labour and the reserve army of labour, present in the historical-cultural making of the working class. From the mentioned theoretical references, this thesis searches to compare the actions and representations of the researched unions in the two countries concerning to the unemployed workers, relating them to the correlation forces, the unionism structure, the cupola and the base interests, the adopted position in relation to the neoliberalism, and the experiences and fight traditions of the working class.
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Entre o mercado e a sociedade : o sindicalismo da União Geral dos Trabalhadores (UGT) / Between market and society : the unionism of União Geral dos Trabalhadores (UGT)Lemos, Patrícia Rocha, 1985- 25 August 2018 (has links)
Orientador: Andréia Galvão / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-25T09:49:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: Nossa pesquisa teve como objetivo compreender a estratégia sindical empreendida pela União Geral dos Trabalhadores (UGT). Criada em 2007, no contexto de reorganização sindical que marcou o governo Lula, a partir de uma fusão entre a CGT, a CAT e a SDS, a UGT articula elementos do sindicalismo do qual se origina (como conciliação de interesses, prioridade à negociação, defesa da estrutura sindical) com uma nova tendência que busca, através da participação nos espaços institucionais, oferecer respostas aos desafios do sindicalismo. Valendo-nos da teoria de Hyman (2001), consideramos que tal modelo de ação sindical se situa entre o mercado e a sociedade, ao mesclar elementos do sindicalismo de mercado e do sindicalismo de integração social promovido pela tradição do sindicalismo cristão e da social-democracia. Ao assumir um discurso de neutralidade e, ao mesmo tempo, não rejeitar a atuação político-partidária, a UGT defende uma perspectiva pluralista, permitindo a convivência de uma diversidade de frações de classe e acomodando diferentes preferências partidárias em seu interior. Por fim, a UGT se associa a uma perspectiva de construção do diálogo social comprometida com a competitividade das empresas, o que possibilita a aceitação da "flexibilização" de direitos, embora sustente um discurso contrário ao neoliberalismo / Abstract: Our research aimed to understand the union strategy undertaken by the General Union of Workers (UGT). Founded in 2007 in the context of the unionist reorganization that marked Lula¿s government, from the merge of the CGT, CAT and SDS, the UGT blends elements of the unionism from which it originates (as interests conciliation, priority to negotiation, advocacy of the union structure) with a new trend that seeks, through participation in institutional spaces, to provide answers to the challenges of unionism. Drawing on the theory of Hyman (2001), we consider that such a model of union action lies between the market and society, by mixing elements of market unionism and unionism of social integration promoted by the Christian unionism and social democratic traditions. By taking a discourse of neutrality and, while not rejecting the partisan political activities, the UGT advocates a pluralist perspective, allowing the coexistence of a variety of class fractions and accommodating different party preferences inside. Finally, UGT is associated with a perspective of building social dialogue committed with business¿ competitiveness, allowing for the acceptance of the "flexibility" of rights, despite presenting a speech contrary to neoliberalism / Mestrado / Ciencia Politica / Mestra em Ciência Política
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