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Efeitos da palatizaÃÃo das oclusivas alveolares do portuguÃs brasileiro no percurso de construÃÃo do inglÃs lÃngua estrangeira / Brazilian Portuguese alveolar plosives palatalization effects and its influence on the construction of English as a Foreign LanguageClerton Luiz Felix Barboza 11 December 2013 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Este estudo teve por objetivo geral refletir sobre a palatalizaÃÃo das oclusivas alveolares /t, d/ → [tʃ, dʒ], caracterÃstico de muitos falares do PortuguÃs Brasileiro (PB), na construÃÃo da
fonologia do InglÃs LÃngua Estrangeira (ILE). Baseados nos preceitos da Fonologia de Uso (BYBEE, 2001), do Modelo de Exemplares (PIERREHUMBERT, 2001) e na visÃo de lÃngua
enquanto Sistema Adaptativo Complexo (LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008), tivemos por hipÃtese bÃsica que aprendizes brasileiros apresentam percursos diferenciados de construÃÃo da fonologia do ILE, a depender de seu falar regional. Este estudo foi uma pesquisa experimental, de cunho concomitantemente transversal-longitudinal. Selecionamos dois campos de pesquisa, Fortaleza-CE e MossorÃ-RN, distintos quanto ao falar regional do
PB, sendo o primeiro palatalizador das oclusivas alveolares e o segundo nÃo-palatalizador. Os informantes foram controlados ainda quanto ao sexo e ao nÃvel de proficiÃncia no ILE.
Selecionamos itens lexicais propÃcios à emergÃncia da palatalizaÃÃo no PB e no ILE, buscando o controle da frequÃncia de ocorrÃncia, do contexto fonotÃtico e da tonicidade silÃbica. Fizemos uso de 5 Experimentos de coletas de dados. No PB, P1 envolveu uma conversa sobre algumas figuras, enquanto P2 utilizou a leitura de diversas frases-veÃculo. No ILE, I1 envolveu a repetiÃÃo de Ãudio distorcido associado a algumas figuras, I2 utilizou a leitura de diversas frases-veÃculo e I3 usou um jogo da memÃria em sua aplicaÃÃo. Os resultados do estudo transversal envolvendo a emergÃncia da palatalizaÃÃo das oclusivas alveolares do PB enfatizaram o carÃter nÃo-categÃrico de fenÃmeno em ambas as regiÃes: a palatalizaÃÃo foi observada no falar do RN, e oclusivas alveolares nÃo-palatalizadas foram
observadas no falar do CE. A anÃlise dos dados transversais do ILE apontou: a) a variÃvel origem como fator importante para determinar a maior ou menor emergÃncia da palatalizaÃÃo,
aprendizes do CE tenderam a uma maior palatalizaÃÃo; b) o tipo de vozeamento da oclusiva alveolar, com as desvozeadas mais propensas à palatalizaÃÃo; c) o indivÃduo, sujeitos da mesma regiÃo e nÃvel de proficiÃncia realizaram o fenÃmeno de forma distinta, d) a palavra, itens lexicais com a mesma sequÃncia fonotÃtica apresentaram comportamentos divergentes; e
e) o tipo fonotÃtico, alguns tipos apresentaram percentuais semelhantes na realizaÃÃo da palatalizaÃÃo em ambas as regiÃes. Algumas variÃveis mostraram influÃncia relativa na
realizaÃÃo do fenÃmeno, como o sexo, o nÃvel de proficiÃncia e a tonicidade silÃbica. Por fim, a frequÃncia de ocorrÃncia dos itens lexicais mostrou-se irrelevante na anÃlise de dados transversais do ILE. Em se tratando dos resultados do estudo longitudinal, observamos que os informantes do RN tenderam a uma pequena realizaÃÃo do Ãndice de PalatalizaÃÃo (IP) com o passar das coletas de dados longitudinais. Os informantes do CE presentaram comportamentos distintos. FM1 apresentou grande variaÃÃo em sua realizaÃÃo do IP, com palatalizaÃÃo mais alta que os informantes do RN. FM3 apresentou uma realizaÃÃo
relativamente estÃvel de seu IP individual, com forte palatalizaÃÃo, bem mais recorrente que seus colegas. Os dados do estudo longitudinal reforÃaram a relevÃncia de variÃveis como a origem, o indivÃduo e a palavra na emergÃncia da palatalizaÃÃo no ILE de aprendizes brasileiros. Adicionalmente, durante o perÃodo de coleta de dados longitudinais nÃo
encontramos indÃcios significativos de reduÃÃo do IP no ILE com o desenrolar das coletas de dados longitudinais. Tendo em vista tais evidÃncias, tomamos por confirmada a hipÃtese bÃsica que aprendizes brasileiros apresentam percursos diferenciados de construÃÃo da fonologia do ILE, a depender de seu falar regional. / This study had as its main objective to reflect upon alveolar stop palatalization /t, d/ → [tʃ, dʒ] phenomenon, characteristic of many Brazilian Portuguese (BP) dialects, in the construction of the English as a Foreign Language (EFL) phonology. Grounded on the ideas proposed by Usage-Based Phonology (BYBEE, 2001), Exemplar Models (PIERREHUMBERT, 2001), as well as on the view of language as a Complex Adaptive System (LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008), the basic hypothesis stated Brazilian EFL learners follow different construction pathways of the EFL phonology, depending on their regional dialect. This was
an experimental research, following both a cross-sectional and longitudinal design. It had two research fields, Fortaleza-CE and MossorÃ-RN, which differed on their BP dialect, the former a palatalizing dialect and the latter a non-palatalizing one. Subjects were also controlled by sex and EFL proficiency level. Lexical items which were susceptible to palatalization in both BP and EFL were selected, aiming to control token frequency, phonotactics and syllable stress. 5 experiments were used to collect data. For BP, P1 involved a picture-induced conversation, while P2 used a carrier-sentence reading procedure. For EFL, I1 involved the repetition of distorted audio tokens associated to pictures, I2 used a carrier-sentence reading
procedure and I3 focused on a memory game. BP cross-sectional results relating to the emergence of palatalization in both regions emphasized non-categorical realization of the phenomenon: palatalized tokens were observed in RN and non-palatalized ones were found in
CE. EFL cross-sectional data analysis indicated: a) the variable origin as an important factor of bigger or smaller palatalization emergence, as CE learners consistently tended to higher palatalization levels; b) the alveolar stop voicing pattern, as voiceless sounds tended to
palatalize more frequently; c) the individual, as subjects from the same area and proficiency level realized the phenomenon with different patterns; d) the word, as lexical items with the same phonotactic structure allowed higher or smaller palatalization emergence; and e)phonotactic structure, as a few words allowed similar palatalization emergence in both study regions. Some variables were not so relevant for the emergence of the phenomenon, like sex,
proficiency level and syllable stress. Finally, token frequency was not relevant at all in the EFL cross-sectional data. As regards longitudinal results, it was observed RN subjects tended to a low Palatalization Index (PI) as longitudinal data collection took place. CE subjects had distinct behavior. FM1 had great variation on his PI, with higher PI values than RN informants. FM3 had a relatively stable PI realization, with the highest palatalization level. Longitudinal data reinforced the value of variables such as the origin, the individual and the word on the emergence of EFL palatalization of Brazilian learners. Additionally, significant PI reduction during longitudinal data collection was not observed. Having these evidences in mind, it was concluded Brazilian learners follow through different EFL phonology construction pathways, depending on their regional dialect.
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Cancelamento variável das vogais átonas finais no falar pelotense / Deletion of final unstressed vowels by native speakers in the city of PelotasLopes, Fernanda Peres 24 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Este estudo tem por objetivo analisar o processo variável de apagamento das vogais átonas [a, i, u] em posição final na fala de indivíduos da cidade de Pelotas (RS), conforme verificado em tarif[a] ~ tarif∅, equip[e] ~ equip∅, serviço ~ serviç∅, por exemplo. Para isso, partiu-se dos pressupostos da Fonologia de Uso (BYBEE, 2001, 2006, 2010), da Teoria de Exemplares (PIERREHUMBERT, 2001, 2003) e da
Sociofonética (THOMAS, 2011; FOULKES; SCOBBIE; WATT, 2010). A amostra sob análise é constituída por oito informantes (quatro homens e quatro mulheres) entre 18 e 50 anos de idade e de dois níveis de escolaridade – sujeitos com até seis anos de escolaridade e sujeitos com, no mínimo, nove anos de escolaridade. A taxa de aplicação do apagamento na amostra analisada foi de 53% (N = 242) para a vogal
[i], de 41% (N = 196) para a vogal [u] e de 0,8% (N = 4) para a vogal [a]. Os resultados indicaram que fatores como tipo de vogal, contexto precedente, ordem de produção e frequência lexical favorecem o apagamento, revelando a natureza predominantemente linguística do fenômeno. A única variável extralinguística que teve influência no apagamento foi a variável indivíduo. A análise acústica revelou
que as vogais postônicas [i] e [u] produzidas pelos pelotenses tendem a abaixar enquanto a vogal [a] tende a elevar-se. Além disso, percebe-se uma centralização de [u], que ocupa, entre os homens, quase o mesmo espaço acústico que a vogal [a]. [ɐ], [ɪ] e [ʊ] são as vogais que representam o sistema encontrado na amostra. Com relação à duração, comparando-se os valores encontrados com os dados de Quintanilha-Azevedo (2016), percebe-se que tanto homens quanto mulheres produziram vogais mais curtas. Por fim, conclui-se que o apagamento representa o ponto final de uma trajetória que se inicia com a realização plena da vogal, passa pela redução de sua duração e pelo seu desvozeamento. / This thesis aims to analyze the variable process of deletion of the final unstressed vowels [a, i, u] by Brazilian Portuguese native speakers from the city of Pelotas, in the Southern state of Rio Grande do Sul, as noticed in words such as tarif[a] ~ tarif∅, equip[e] ~ equip∅, serviço ~ serviç∅, for instance. In order to achieve said aim, the concepts addressed by Usage-Based Phonology (BYBEE, 2001, 2006, 2010), the
Exemplar Theory (PIERREHUMBERT, 2001, 2003) and Sociophonetics (THOMAS, 2011; FOULKES; SCOBBIE; WATT, 2010) were used as this research project's theoretical bases. The sample analyzed in this study consists of 8 informants (4 men and 4 women) from two different educational backgrounds (one group including subjects with up to 6 years of formal learning and the other including subjects with 9+
years of formal learning) with ages ranging from eighteen to fifty. The rate of deletion in the sample was of 53% (N = 242) for the vowel [i], of 41% (N = 196) for the vowel [u], and of 0,8% (N = 4) for the vowel [a]. The results indicate that such factors as type of vowel, preceding context, vowel production order and lexical frequency favor deletion, revealing the predominantly linguistic nature of the phenomenon. The
variable "subject" was the only extralinguistic variable to influence deletion. Acoustic analysis showed that the posttonic vowels [i] and [u] produced by the subjects tend to lower as the vowel [a] tends to rise. In addition, the study also revealed a centralization of [u], which occupies among men almost the same acoustic vowel space as does the vowel [a]. Vowels [ɐ], [ɪ] and [ʊ] are representative of the system
found in the sample. Regarding duration, when comparing the values included in this research project with those presented by Quintanilha-Azevedo (2016), it can be noticed that both men and women produced shorter vowels. Lastly, it was found that deletion represents the final stage of a process that begins with the production of a full-quality vowel, moves on to its reduction, and ultimately reaches the devoicing of
said vowel.
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