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Polivitimização e revitimização em adolescentes: avaliação e consequências para a saúde mental.

Faria, Margareth Regina Gomes Veríssimo de 01 June 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-07-27T14:18:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Margareth Regina Gomes Verissimo de Faria.pdf: 762646 bytes, checksum: c927a37265a7405d4153e833dc566b9a (MD5) Previous issue date: 2015-06-01 / The word victimization has been used in literature as a reference to suffering violence. In this project, the experience and suffering of violence by adolescents from Goiânia were studied. The sample of this study were students from the public state school, chosen because they corresponded to the desired age group. The violence against adolescents has been a great factor of social concerns. Brazilian statistics show that the numbers have increased in the last years. The concern about this specific population occurs due to the vulnerability to which they are socially exposed. At this group age, violence occurs not only in the domestic environment, but also in the streets and among peers. On the other hand, they are not under their tutors supervision, which, most of the times, makes them easy targets for victimization. Brazilian literature highlights many empirical studies demonstrating teenagers victimization accompanied by new violent expositions, reinforcing the violence cycle of this group. However, the concern is extended to the consequences of violence on teenagers mental health. It is a fact that not all of them will become ill because of victimization or because of the violent context, but the study results show that the damages can be immediate and also long term, with consequences to their adult life. Facing this context, the studies in this thesis become very relevant, as it aims to demonstrate that the experience of violence leads to new victimizations and these cause damage to the mental health of adolescents in short and long terms. In the first article a systematical revision of the studies about victimization, revictimization, polyvictimization and mental health in Brazilian adolescents is presented. In the second one, the descriptive statistics about victimization, revictimization and polyvictimization, are presented in the Last year and Throughout Life, as well as the description of the most frequents kinds . The third essay presents the correlation between the different perspectives of victimization and the correlations between the victimization in the Last year and Throughout Life. The fourth and last essay evaluates the presence of internalizing and externalizing symptoms in three adolescent groups: non-victimized, once victimized and revictimized. The results of all of these empirical studies confirm the thesis that violence leads to violence, due to the experience of victimization which made the adolescents vulnerable to new victimizations and the victimized and revictimized groups showed significant differences between internalized and externalized symptoms means. / O termo vitimização tem sido usado pela literatura para se referir ao sofrimento de violência. Neste trabalho, foi estudado a vivência e sofrimento de violência por adolescentes de Goiânia. A população alvo deste estudo foram estudantes de escolas públicas estaduais por atenderem a faixa etária pretendida. A violência contra adolescentes tem sido fator de grande preocupação social. As estatísticas brasileiras mostram que os números têm aumentado nos últimos anos. A preocupação com esta população dá-se pela vulnerabilidade a que estão expostos na sociedade, pois nessa faixa etária a violência ocorre além do ambiente doméstico, também em vias públicas e entre pares. Por outro lado, também estão longe da supervisão de seus responsáveis, na maioria das vezes, o que os tornam alvos fáceis para vitimizações. A literatura brasileira destaca vários estudos empíricos demonstrando a vitimização de adolescentes acompanhadas de novas exposições violentas, reforçando o ciclo de violência neste grupo. No entanto, a preocupação estendese às consequências da violência para a saúde mental dos adolescentes. É fato que nem todos irão adoecer devido à vitimização ou ao contexto violento, porém os resultados dos estudos demonstram que os danos são imediatos, mas também podem ser a longo prazo com consequências para a vida adulta. Diante deste contexto, torna-se muito relevante os estudos desta tese que tem como objetivo demonstrar que a vivência de violência leva a novas vitimizações e que estas provocam danos a saúde mental dos adolescentes a curto e longo prazo. No primeiro artigo é apresentada uma revisão sistemática dos estudos sobre vitimizações, revitimizações, polivitimização e saúde mental em adolescentes brasileiros. No segundo artigo são apresentadas as estatísticas descritivas sobre vitimizações, revitimizações e polivitimizações no Último Ano e ao Longo da Vida, além de descrever os tipos mais presentes. No terceiro artigo são apresentadas as correlações entre os diferentes crivos de vitimizações e as correlações entre as vitimizações do Último Ano e ao Longo da Vida. E o quarto e último artigo avalia a presença de sintomas internalizantes e externalizantes em três grupos de adolescentes: não vitimizados, vitimizados uma vez e revitimizados. Os resultados de todos estes estudos empíricos confirmam a tese de que violência leva a violência, pois a vivência de vitimizações tornou os adolescentes vulneráveis a novas vitimizações e os grupos vitimizados e revitimizados apresentaram diferenças significativas entre as médias de sintomas internalizantes e externalizantes.

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