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"Em que espelho ficou perdida minha face": um estudo sobre velhice e violÃncia domÃstica em Fortaleza.Camila Oliveira de Almeida 08 February 2013 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / No presente trabalho objetivamos analisar como se apresenta a questÃo da violÃncia contra a pessoa idosa no municÃpio de Fortaleza-CE, com Ãnfase na problemÃtica da violÃncia domÃstica, traÃando um retrato sociolÃgico dos sujeitos envolvidos a partir da realidade expressa nos registros e relatos dos casos atendidos no CREAS. Para tanto, foram traÃados como objetivos especÃficos: identificar e analisar os tipos predominantes de violÃncia contra o idoso; traÃar um perfil preliminar do idoso(a) vitimizado(a); caracterizar o agressor(a) e investigar as possÃveis motivaÃÃes ou fatores prevalentes desencadeadores da violÃncia, com ocorrÃncia na populaÃÃo estudada, atravÃs da anÃlise dos dados, da descriÃÃo de relatos das histÃrias denunciadas e do desvelamento das narrativas de idosos vÃtimas de violÃncia domÃstica. As estratÃgias de percepÃÃo do objeto de estudo foram diversas, abrangendo a realizaÃÃo de uma pesquisa bibliogrÃfica, documental e descritiva de abordagem quantiqualitativa, de modo a contemplar a complexidade do objeto. Tomamos como horizonte de estudo na pesquisa quantitativa, as denÃncias registradas no CREAS realizadas no perÃodo de agosto de 2008 a dezembro de 2010, referentes a casos de violÃncia contra idosos considerados procedentes. O diagnÃstico social encontrado apontou como principais vÃtimas de violÃncia as mulheres idosas, com idade entre 71 e 80 anos, viÃvas, aposentadas, com baixa renda e escolaridade, residÃncia prÃpria, coabitando com seus prÃprios agressores, que em geral sÃo filhos ou filhas, com idade entre 40 e 49 anos e que fazem uso contÃnuo de Ãlcool e/ou drogas. Os sujeitos da pesquisa qualitativa foram cinco idosos vÃtimas de maus-tratos no convÃvio familiar atendidos na instituiÃÃo. Na coleta de dados, utilizamos como instrumento a entrevista semiestruturada. Entre as conclusÃes, destacam-se como elementos fortemente presentes nos relatos dos idosos, os conflitos intergeracionais, a negaÃÃo da velhice e da violÃncia, o intenso vÃnculo com o passado, a descrenÃa no futuro, o temor à solidÃo e à morte, dificuldade de relacionamento com a famÃlia, a decepÃÃo diante de seus agressores e a disseminaÃÃo da ideia da velhice vinculada a aspectos negativos como doenÃa, degeneraÃÃo, discriminaÃÃo, desrespeito, perda dos sonhos e da capacidade produtiva.
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Emergence of systematic metaphors in the speech of women direct victims of domestic violence: a cognitive-discursive analysis / EmergÃncia de metÃforas sistemÃticas na fala de mulheres vÃtimas diretas de violÃncia domÃstica: uma anÃlise cognitivo-discursivaMÃnica Fontenelle Carneiro 09 May 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / This study, which falls within Cognitive Linguistics, consists of an investigation into the emergence of systematic metaphors in the speech of women direct victims of domestic violence, a growing phenomenon that presents alarming escalation indices. To understand this violence which makes victims in all social strata, it was necessary to investigate how ideas and feelings relating to domestic violence against women emerge in the speech of its direct victims. Based on the theoretical framework of the Metaphor-led Discourse Analysis (CAMERON, 2003, 2007a, 02007b, 2008; CAMERON; DEIGNAN, 2009; CAMERON et al, 2009; and CAMERON; MASLEN, 2010), this study is based, according to Cameron (CAMERON; MASLEN, 2010), on the understanding that metaphor is local and emerges in the discourse; has several dimensions to consider (linguistic, embodied, cognitive, affective, sociocultural and dynamic); and may, as a research tool, reveal what people who use it feel and think (CAMERON; MASLEN, 2010). Also according to Cameron (2007b), metaphors in language use result from a temporary stability of the trading concepts that are established among participants in a discursive event. Descriptive and exploratory, this qualitative research has a corpus composed of transcripts of the speech produced by six women about the domestic violence they have suffered, in a two-hour discursive event of a focus group which was recorded in digital audio. In order to collect data, along with the focus group technique, those of direct documentation were used. After transcription and proofreading procedures in accordance with the methodology adopted, the legitimated collected data were uploaded into the software Atlas.ti so as to complete the remaining steps of data preparation. With the data obtained at the end of these methodological procedures, it was possible to develop both the qualitative analysis of the speech of the participants and the quantitative survey related to recurrence of identified metaphorical vehicles. The results indicate the emergence of the following systematic metaphors, among others, in the speech of women direct victims of domestic violence when expressing their ideas and feelings about such phenomenon: CHANGING IS BEING A NEW PERSON; CHANGING IS GETTING OUT OF SOMEWHERE; GOVERNMENT ACTIONS AGAINST DOMESTIC VIOLENCE ARE SLOW MOVEMENTS, BEING SAFE IN THE HOUSE SHELTER IS BEING IMPRISONED, and TAKING AN ATTITUDE IS PUTTING AN END TO SOMETHING. These results suggest that, by means of the emergence of systematic metaphors, figurativity
plays an important role in the expression of what direct victims think and feel about domestic violence against women. Data also indicate that systematic metaphors present metaphorical vehicles that are subject to metaphorical changes of three different kinds: re-employment , development (repetition, explanation and relexicalization) and literalization, among which the most frequent ones are those of development. / Este estudo, que se insere no Ãmbito da LinguÃstica Cognitiva, consiste em uma investigaÃÃo sobre a emergÃncia de metÃforas sistemÃticas na fala de mulheres vÃtimas diretas da violÃncia domÃstica, fenÃmeno cuja escalada crescente apresenta Ãndices alarmantes. Para compreender essa violÃncia que faz vÃtimas em todas as camadas sociais, fez-se necessÃrio investigar como ideias e sentimentos relativos à violÃncia domÃstica contra a mulher emergem na fala de suas vÃtimas diretas. Com base no arcabouÃo teÃrico da AnÃlise do Discurso à Luz da MetÃfora (CAMERON, 2003, 2007a, 2007b, 2008; CAMERON; DEIGNAN, 2009; CAMERON et al., 2009; e CAMERON; MASLEN, 2010), este estudo fundamenta-se, segundo Cameron (CAMERON; MASLEN, 2010), no entendimento de que a metÃfora à local e emerge no discurso; apresenta vÃrias dimensÃes a serem consideradas (linguÃstica, corpÃrea, cognitiva, afetiva, sociocultural e dinÃmica); e pode, como ferramenta de pesquisa, revelar o que pensam e sentem as pessoas que a usam. Ainda segundo Cameron (2007b), a metÃfora na linguagem em uso resulta de uma estabilidade temporÃria da negociaÃÃo de conceitos que se estabelecem entre os interlocutores em um evento discursivo. De carÃter descritivo-exploratÃrio, esta pesquisa qualitativa tem seu corpus constituÃdo pelas transcriÃÃes do discurso produzido por seis mulheres sobre a violÃncia domÃstica de que foram vÃtimas em evento discursivo de um grupo focal, cujo encontro teve duraÃÃo de duas horas e foi gravado em Ãudio digital. Para a coleta de dados, alÃm do grupo focal, foram utilizadas as tÃcnicas de documentaÃÃo direta. Depois de transcritos e revisados, conforme a metodologia adotada, os dados legitimados foram alimentados no programa Atlas.ti, possibilitando o cumprimento das outras etapas de preparaÃÃo dos dados. Com os dados obtidos ao final desses procedimentos metodolÃgicos, foi possÃvel desenvolver tanto o trabalho de anÃlise qualitativa da fala das participantes quanto o levantamento quantitativo referente Ãs recorrÃncias dos veÃculos metafÃricos identificados. Os resultados alcanÃados indicam a emergÃncia, entre outras, das seguintes metÃforas sistemÃticas na fala de mulheres vÃtimas diretas de violÃncia domÃstica, ao expressarem ideias e sentimentos a respeito de tal fenÃmeno: MUDAR à SER UMA NOVA PESSOA, MUDAR à SAIR DE ALGUM LUGAR, AÃÃES DO GOVERNO CONTRA A VIOLÃNCIA DOMÃSTICA CONTRA A MULHER SÃO MOVIMENTOS LENTOS, ESTAR SEGURA NA CASA à ESTAR PRESA e TOMAR UMA
ATITUDE CONTRA A VIOLÃNCIA DOMÃSTICA Ã ESTABELECER UM FIM PARA ALGO. Esses resultados sugerem que a figuratividade, por meio da emergÃncia de metÃforas sistemÃticas, tem papel relevante na manifestaÃÃo do que as vÃtimas diretas pensam e sentem sobre a violÃncia domÃstica contra a mulher. Indicam tambÃm que as metÃforas sistemÃticas apresentam veÃculos metafÃricos que estÃo sujeitos a mudanÃas metafÃricas de reemprego, desenvolvimento (repetiÃÃo, explicaÃÃo e relexicalizaÃÃo) e literalizaÃao, dentre as quais as mais recorrentes sÃo as de desenvolvimento.
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