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Violência midiática: a necessidade de seu reconhecimento para a efetivação dos direitos humanos das mulheresFaleiros, Juliana Leme 17 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Abstract Violence against women comes up in different ways along history being only at the
end of 20th century the equality of their rights to the human rights. Although despite the legal
progress in national and international agencies, the reality to them is still hostile. In Brazil, for
example, we are able to see that in a ranking of 84 countries, the country is the 7th linked to
murder of women, which is the highest point of the violence cycle and it is added to other
ways of subjugation expressed in the day by day routine. It's necessary to understand which
are the social structures that cooperate to the continuity of this scenario to be able to face this
problem and, according to the media importance in the Brazilian society, the present research
intends to look critically to the relation between media and women's issues, analyzing if its
influence contributes or not for the reproduction of these social oppressive ways. The
objective is to investigate the role that communication means are developing in the debate
related to gender and, for that, it is used research data produced by official institutions as well
as NGO, about the women's vulnerability together with symbolic violence of Pierre Bourdieu
in his literary work, “A dominação masculine” – “Male domination”. Based on this concept
we input in this research his idea of male dominance being reproduced in social relations and,
based on understanding that means of communication deal with such relations, the inequality
of gender still goes on, being the dominated mediatic violence. The defense of the inclusion of
such comprehension of oppression against women in the Brazilian internal protective law, is
one of the considerations presented at the end of this study , having as reference Argentina
and Venezuela because after a broad list of different violence ways, we'll be able to visualize
the production of stereotypes in the means of communication and it'll become possible its
social combat. / que apenas no final do século XX há equiparação dos seus direitos aos direitos humanos. No
entanto, apesar dos avanços legais em instâncias internacionais e nacionais, a realidade ainda
é a elas hostil. No Brasil, por exemplo, verifica-se que, no ranking de 84 países, o país é o 7º
no que diz respeito ao assassinato de mulheres, que é o ápice do ciclo de violência e se soma a
outras formas de subjugação expressas cotidianamente. Compreender quais são as estruturas
sociais que corroboram para a continuidade desse cenário faz-se necessário para o seu
enfrentamento e, diante da importância que os meios de comunicação possuem na sociedade
brasileira, a presente dissertação pretende olhar criticamente para a relação entre a mídia e a
questão das mulheres, analisando se sua influência contribui ou não para a reprodução dessas
formas de opressão social. O objetivo, portanto, é investigar o papel que os meios de
comunicação vêm desempenhando no debate da questão de gênero e, para tanto, faz-se o uso
de pesquisas produzidas por órgãos oficiais e ONGs sobre a vulnerabilidade da mulher em
conjugação com o conceito de violência simbólica de Pierre Bourdieu da obra “A dominação
masculina”. Ao se utilizar de tal conceito, insere-se nessa pesquisa a ideia por ele apresentada
de que a dominação masculina reproduz-se nas relações sociais e, a partir do entendimento
que os veículos de comunicação medeiam tais relações, a desigualdade de gênero se perpetua,
caracterizando a denominada violência midiática. A defesa da inclusão dessa compreensão de
opressão contra as mulheres nas leis protetivas internas brasileiras é uma das considerações
apresentadas ao final desse trabalho – tendo como referência as encontradas na Argentina e
Venezuela –, pois ao ampliar o rol de formas de violência visibilizar-se-á a reprodução de
estereótipos nos meios de comunicação e possibilitar-se-á o seu combate social.
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