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Prótese vocálica em sequência sC inicial por falantes brasileiros de francês L2 / Vowel prosthesis in initial sC sequence by Brazilians L2 french speakers / Prothèse vocalique en séquence sC initiale par des Brésiliens parlant français L2

Lopes Neto, Gilson Ramos 27 February 2018 (has links)
Submitted by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2018-07-17T18:37:40Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_Gilson_Ramos_Lopes_Neto.pdf: 4350839 bytes, checksum: 574dcc924ca2773a6052320d54ab286a (MD5) / Approved for entry into archive by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2018-07-17T21:24:31Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_Gilson_Ramos_Lopes_Neto.pdf: 4350839 bytes, checksum: 574dcc924ca2773a6052320d54ab286a (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-17T21:24:39Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_Gilson_Ramos_Lopes_Neto.pdf: 4350839 bytes, checksum: 574dcc924ca2773a6052320d54ab286a (MD5) Previous issue date: 2018-02-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / O presente trabalho investigou como o fenômeno protético se manifesta no francês como língua não nativa, i. e. adicional (LA/L2/LE) por brasileiros falantes nativos do português brasileiro (PB) como única língua materna (L1). A prótese vocálica, observada no percurso histórico de diversas línguas, dentre elas o português, caracteriza-se pela inserção de vogal não etimológica em início de palavra (DUBOIS et al., 2002; VIARO, 2004). Estudos do inglês LA/L2/LE apontam que falantes PB-L1 realizam prótese quando se deparam com a sequência de sibilante com consoante em início de palavra (#sC), incomum no PB. A presente investigação foi realizada à luz dos Sistemas Adaptativos Complexos (SAC) (LARSEN-FREEMAN, 1997; DE BOT ET AL., 2007; LARSENFREEMAN E CAMERON, 2008; ELLIS E LARSEN-FREEMAN, 2009). Genebra (Suíça) foi o locus da pesquisa e, para proceder à análise, 9 brasileiras (24-37 anos) compuseram o grupo experimental. Todas residem na cidade, são falantes do PB como única L1 e estão matriculadas em curso de francês LA/L2/LE. A pesquisa contou igualmente com um grupo-controle, composto por 2 genebrinas nativas falantes do francês como única L1 (22-57 anos). Usando pressupostos da Fonologia Gestual (BROWMAN e GOLDSTEIN, 1988, 1989, 1992; ALBANO, 1990, 2001), foram analisados acusticamente via freeware Praat os dados coletados a partir da leitura de frases-veículo realizada pelas informantes dos 2 grupos. Buscou-se averiguar o papel das seguintes variáveis linguísticas e “extralinguísticas” na produção protética do grupo experimental: contextos precedente e seguinte à sibilante, frequência de ocorrência, ordem de leitura, nível de proficiência e tempo de residência em Genebra. Os resultados mostram que 34.8% das leituras (451 de 1296 frases lidas) apresentam prótese cuja qualidade das vogais produzidas aponta formas híbridas: média-alta anterior, observado no PB, porém com arredondamento bilabial parcial, recorrente no francês. Os dados apresentam relevância estatística de p<0.001 nos quesitos contexto precedente, frequência de uso, tempo de residência, nível de proficiência, hábito linguístico diário; e p=0.047 na ordem de leitura. Os resultados apontam que 5 variáveis têm relevância na produtividade do fenômeno protético: (i) estudantes nível B1 segundo o Quadro Europeu, (ii) informantes com até 12 meses de residência em Genebra, (iii) palavras-alvo de média frequência de ocorrência, (iv) contexto precedente vozeado e (v) a 1a produção da leitura tríplice. Os resultados sugerem que o repertório fonológico das informantes parece não refletir fielmente a L1. Reitera-se, portanto, que fatores linguísticos e “extralinguísticos” atuam dinamicamente no desenvolvimento de LA/L2/LE, corroborando a imprevisibilidade e a não linearidade da linguagem postuladas pelo paradigma da complexidade. / This study investigated how the prosthetic phenomenon acts in French as a non native language, i. e. an additional language (AL/L2/FL) by Brazilian Portuguese speakers (BP) as the only mother tongue language (L1). The vowel prosthesis, observed in the historical course of several languages, among them Portuguese, is characterized by the insertion of a non-etymological vowel at the beginning of a word (DUBOIS et al., 2002; VIARO, 2004). Studies of English AL/L2/FL point out that BP-L1 speakers perform prosthesis when they encounter the sibilant with a consonant word-initial sequence (#sC), uncommon in BP. The present work is proceeded in the light of the Complex Adaptive Systems (CAS) (LARSENFREEMAN, 1997; DE BOT et al., 2007; LARSEN-FREEMAN and CAMERON, 2008; ELLIS and LARSEN-FREEMAN, 2009). Geneva (Switzerland) was the locus of this research and, to carry out this analysis, 9 Brazilian women (aged 24-37) composed the experimental group. They are resident in the city, BP speakers as the only L1 and enrolled in a French LA/L2/LE course. The research counted on a control group as well, composed of 2 Geneva female citizens French only speakers as L1 (aged 22-57). Using assumptions of Gestural Phonology (BROWMAN and GOLDSTEIN, 1988, 1989, 1992; ALBANO, 1990, 2001), the collected data of the reading of carrier sentences done by the 2 group of participants was acoustically analyzed via Praat freeware. The role of the following linguistic and "extralinguistic" variables in the prosthetic production of the experimental group was investigated: preceding and following context of the sibilant, frequency of occurrence, reading order, lexical proficiency and length of residence in Geneva. The results show that 34.8% of the readings (451 over 1296 read sentences) has a prosthesis whose its quality shows hybrid forms: an anterior medium-high vowel, as observed in PB, but with some partial bilabial rounding, recurrent in French. The data presents a statistical significance of p<0.001 in the previous context, frequency of use, length of residence, level of proficiency, daily linguistic habit; and p=0.047 in the reading order variable. The results indicate that 5 variables have relevance in the productivity of prosthetic phenomena: (i) level B1 of European Framework of Languages students, (ii) informants with up to 12 months of residence in Geneva, (iii) medium-frequency target words, (iv) voiced precedent context and (v) the 1st production of the triple reading. The findings suggest that the informants' phonological repertory does not seem to accurately reflect L1. It is therefore reiterated that linguistic and "extralinguistic" agents act dynamically in the development of AL/L2/FL, corroborating the unpredictability and non-linearity of language postulated by the paradigm of complexity. / Cette étude a investigué comment le phénomène prothétique se produit en français langue non maternelle, i. e. additionnelle (LA/L2/LE) par des locuteurs natifs de portugais brésilien (PB) comme la seule langue maternelle (L1). Le phénomène prothétique, observé au cours historique de plusieurs langues dont le portugais, il se caractérise par l'insertion d’une voyelle non-étymologique au début de mot (DUBOIS et al., 2002; VIARO, 2004). Des recherches d’anglais LA/L2/LE montrent que des individus PB-L1 produisent la prothèse face à la séquence de sifflante avec consonne au début de mot (#sC), inhabituel en PB. Cette étude a été réalisée à la lumière des Systèmes Adaptatifs Complexes (SAC) (LARSENFREEMAN, 1997; DE BOT et al., 2007 ; LARSEN-FREEMAN et CAMERON, 2008; ELLIS et LARSEN-FREEMAN, 2009). Genève (Suisse) est le locus de la recherche et, pour procéder à l’analyse, 9 Brésiliennes (24-37 ans) ont composé le groupe expérimental. Étant toutes résidentes dans ladite ville, elles ont le PB comme seule L1 et sont inscrites à des cours de français LA/L2/LE. La présente recherche a également compté sur un groupe contrôle, composé de 2 Genevoises parlant le français comme unique L1 (22-57 ans). Se servant des préceptes théoriques de la Phonologie Gestuelle (BROWMAN et GOLDSTEIN, 1988, 1989, 1992 ; ALBANO, 1990, 2001), les données collectées à partir de la lecture de phrases-cadre par les participantes des 2 groupes ont été analysées par le freeware Praat. On a contrôlé le rôle des facteurs qui favorisaient la réalisation de la prothèse vocalique par le groupe expérimental sur le plan linguistique et « extralinguistique » comme suit : les contextes précédant et suivant à la sifflante, la fréquence d'occurrence, l’ordre de lecture, le niveau de français et le temps de résidence à Genève. Les résultats présentent que 34,8% des lectures (451 sur 1296 phrases-cible lues) disposent d’une voyelle prothétique, dont sa qualité est caractérisée par des formes hybrides : voyelle antérieure moyenne-haute, observée en PB, mais avec quelque arrondissement bilabiale, présent en français. Les données démontrent signification statistique de p<0.001 en ce qui concerne le contexte précédent, la fréquence d'utilisation, le temps de résidence, le niveau de français LA, la/les langue(s) utilisée(s) au quotidien; et p=0.047 pour l'ordre de lecture. Les résultats constatent que 5 variables semblent favoriser la productivité du phénomène prothétique: (i) les apprenantes niveau B1 selon le Cadre Européen, (ii) les participantes résidant à Genève depuis 12 mois ou moins, (iii) les mots-cible de moyenne fréquence d'usage en français, (iv) le contexte précédent voisé et (v) la 1ère production de la triple lecture. Cette recherche conclut que le répertoire phonologique des participantes semble ne plus correspondre exactement au PB-L1. Cette étude renforce le fait que les facteurs linguistiques et «extralinguistiques» agissent dynamiquement dans le processus de développement en LA/L2/LE, constatant, ainsi, l'imprévisibilité et la nonlinéarité propres au langage d’après le paradigme de la complexité.

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