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A apropriação dos conceitos de martírio (narrativa de karbala) e jihad pelo Hezbollah e a questão da violência como forma de resistênciaLuz, Flávia Abud 22 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-22 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Instituto Presbiteriano Mackenzie / The martyrdom of Hussein and his companions at Karbala, Iraq, was a major turning point in Islamic history in order to draw the religious doctrine and Shiite identity, a fact that highlighted the differences (primarily political) between Sunni and Shiite. The narrative of the event, evoking the ideas of suffering, compassion, justice and even sacrifice for a greater good, throughout history overlaid as a political tone and became part of critical speeches on politics, social and economic aspects, directed at the “external enemies”, such as imperialism, or within, such as local leaders pressures. In the lebanese context the reading of Karbala‟s narrative and the martyrdom of Imam Hussein as made from 1960s by Musa Al-Sadr and later by Ayatollah Muhammad Husayn Fadlallah rescued the revolutionary and political potential of Karbala‟s narrative by presenting the Imam‟s martyrdom as an act of courage and religiosity that had as one of the objectives to defy a political order perceived as oppressive and deviant of Islamic values (such as justice). From the experience of process such as conflicts between Shiite communities in southern Lebanon and soldiers of Palestinian armed resistance, incursions by Israel‟s defense forces into the country (1978 and 1982) and the intensification of the Lebanese civil war (1975-1990), that a militant shiite discourse articulated in the interaction of the concepts of martyrdom, jihad and resistance was forged, sought space and adherents among shiites and manifested through Hezbollah, a self-declared resistance movement that took advantage of the use of violence against foreign targets (Israel‟s defense forces) and their internal allies in Lebanon, such Southern Lebanese Army. This research sought to investigate the link between the interpretation of Shiite doctrine, especially the founding aspects of the aforementioned division of Islam, such as martyrdom (mainly Karbala‟s narrative) and jihad, and Hezbollah‟s activities in Lebanese territory since its inception in 1978 until 2009, when the party participated in the governmental dialogue aimed of stabilizing Lebanon after the political crisis established in 2005, agreed to participate in the cabinet and published a new manifesto. / O martírio do Imam Hussein e seus companheiros em Karbala, Iraque, foi um importante ponto de inflexão na história islâmica no sentido de desenhar a doutrina religiosa e a identidade xiita, fato que evidenciou as diferenças (inicialmente políticas) entre sunitas e xiitas. A narrativa do acontecimento citado, que evoca as ideias de sofrimento, compaixão, justiça e até mesmo de sacrifício por um bem maior, ao longo da história revestiu-se de um tom político e passou a integrar discursos de crítica política, social e econômica, direcionada a “inimigos” externos, tais como o imperialismo, ou internos, tais como as pressões de líderes locais. No contexto libanês a leitura da narrativa de Karbala e do martírio do Imam Hussein feita a partir da década de 1960 por Musa Al-Sadr e posteriormente pelo Ayatollah Muhammad Husayn Fadlallah resgatou o potencial revolucionário e político da narrativa de Karbala ao apresentar o martírio do Imam como um ato de coragem e religiosidade que tinha como um dos objetivos desafiar uma ordem política percebida como opressora e desviante de valores islâmicos (como o de justiça). A partir da experiência de processos como os conflitos entre as comunidades xiitas do sul do Líbano e os soldados da resistência armada palestina, as incursões das forças de defesa de Israel no país (1978 e 1982) e a intensificação da guerra civil libanesa (1975-1990), que um discurso xiita militante articulado na interação dos conceitos de martírio, jihad e resistência foi forjado, buscou espaço e adeptos entre os xiitas e manifestou-se através do Hezbollah, um auto-declarado movimento de resistência que lançou mão do uso de violência contra alvos estrangeiros (forças de defesa de Israel) e seus aliados internos, como o Exército do Sul do Líbano. A pesquisa buscou investigar o vínculo entre a interpretação feita da doutrina xiita, sobretudo de aspectos fundantes da referida divisão do Islã, tais como o martírio (principalmente a narrativa de Karbala) e o jihad, e a atuação do Hezbollah no território libanês desde a sua fundação em 1978 até o ano de 2009, quando o partido participou do diálogo governamental que visava a estabilização do Líbano após a crise política instaurada desde 2005, aceitou participar do gabinete ministerial e publicou um novo manifesto.
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