A OrganizaÃÃo Mundial de SaÃde estima que aproximadamente 7 a 8 milhÃes de pessoas encontram-se infectadas pelo Trypanosoma cruzi no mundo. O tratamento da doenÃa de Chagas apresenta eficÃcia limitada e efeitos colaterais que limitam a tolerabilidade e a adesÃo dos pacientes. A busca de novas alternativas terapÃuticas a partir de substÃncias bioativas cresceu bastante nos Ãltimos anos. A violaceÃna (VIO), um pigmento bacteriano produzido por Chromobacterium violaceum tem mostrado diversas aÃÃes biolÃgicas, dentre elas, aÃÃes antiulcerogÃnica, antitumoral, antiviral e antiparasitÃria. No presente trabalho, estudamos os efeitos da VIO sobre as formas evolutivas do Trypanosoma cruzi. As formas epimastigotas foram cultivadas em meio LIT, a 28ÂC, na presenÃa de VIO (0,97; 1,9; 3,9; 7,8; 15,62; 31,25; 62,5; 125; 250; 500; 1000μM) por 24, 48 e 72h. As formas tripomastigotas, foram obtidas apÃs infecÃÃo em cÃlulas LLC-MK2, ressuspensas em meio DMEM 2% de SBF e incubadas com VIO (0,97; 1,9; 3,9; 7,8; 15,62; 31,25μM) por 24h. Formas amastigotas foram cultivadas em lamÃnulas circulares no interior de placas de cultura contendo cÃlulas LLC-MK2 e tratadas com violaceÃna (4,97 e 9,94 μM). A citotoxicidade sobre cÃlulas de mamÃferos LLC-MK2 foi avaliada por meio do ensaio de reduÃÃo do MTT, apÃs incubaÃÃo com VIO (3,9; 7,8; 15,62; 31,25; 62,5; 125; 250; 500μM) por 24h. A avaliaÃÃo do processo de morte celular foi feita a partir da marcaÃÃo de formas epimastigotas com 7AAD e Anexina V-PE apÃs tratamento com VIO (51,39 e 102,78μM). Para a determinaÃÃo da produÃÃo de espÃcies reativas de oxigÃnio, formas epimastigotas foram incubadas com VIO (51,39 e 102,78μM). Na determinaÃÃo do efeito sobre o potencial de membrana mitocondrial, foi utilizado o marcador Rodamina 123 em formas epimastigotas tratadas com VIO (102,78μM). Em formas epimastigotas, a substÃncia demonstrou aÃÃo tripanocida, com valor de CI50 igual a 51,39; 104,7 e 67,78μM em 24, 48 e 72h de tratamento, respectivamente. Em formas tripomastigotas, a CI50 foi de 4,97μM em 24h. A anÃlise sobre formas amastigotas reduziu o percentual de cÃlulas infectadas e o Ãndice de sobrevivÃncia destes, nos tempos de 24 e 48h, nas concentraÃÃes de 4,97 e 9,94 μM. Na determinaÃÃo do efeito citotÃxico sobre LLC-MK2, obteve-se uma CI50 de 47,91μM. A anÃlise dos mecanismos de morte celular permitiu inferir que a VIO causa morte nos parasitos predominantemente por apoptose. Foi observado a produÃÃo de espÃcies reativas de oxigÃnio (ERO), que podem contribuir para o tipo de morte supracitado. Foi ainda observada a reduÃÃo do potencial de membrana mitocondrial nos grupos tratados. Todos os experimentos foram realizados em triplicata (n=3). Para comparaÃÃo dos grupos experimentais, foi utilizado o teste estatÃstico ANOVA, com pÃs-teste de Dunnet, utilizando p<0,05 como critÃrio de significÃncia. Dessa forma, a VIO apresentou efeitos tripanocida em todas as formas do ciclo evolutivo do parasito, sugerindo envolvimento de espÃcies reativas de oxigÃnio e alteraÃÃes no potencial de membrana mitocondrial no processo de morte celular por apoptose.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:11120 |
Date | 19 February 2016 |
Creators | JÃder Almeida Canuto |
Contributors | Alice Maria Costa Martins, Nadia Accioly Pinto Nogueira, Ãrika Helena Salles de Brito |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias FarmacÃuticas, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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