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[pt] DESLOCAMENTOS DA LINGUAGEM NA CORRESPONDÊNCIA DO JOVEM BECKETT: UM RUMO LOGOCLASTA / [en] LANGUAGE DISPLACEMENTS IN BECKETT S EARLY CORRESPONDENCE: A LOGOCLAST S PATH

[pt] Este estudo toma por objeto as cartas escritas por Samuel Beckett entre 1929 e 1940. Examina particularmente as suas significantes reflexões e inflexões sobre a linguagem, explorando certos temas que ali se destacam: escrita, língua, gramática, estilo, clichê, entre outros. Detendo-nos na década que testemunhou seu desabrochar como escritor e artista, refletimos sobre as formas como essas questões de linguagem se entretecem com motivos beckettianos clássicos, tais como a imobilidade, a impossibilidade, a doença e o impasse. Parte-se de uma perspectiva da linguagem como práxis, em viés pós-estruturalista, mas busca-se tomar como norte do estudo os termos do próprio Beckett, sobretudo aqueles que ganham expressão em sua mais famosa e rica carta do período – a Carta Alemã de 1937. Entre as imagens extraídas dessa carta que guiam o estudo do restante da correspondência, estão a do véu da língua materna, a da sacra (des)natureza da palavra, a da floresta de símbolos, com seus pássaros nunca silentes, a do ataque às palavras em nome da beleza, a do pecado involuntário contra uma língua estrangeira. Dessas e com essas metáforas, vemos surgir, inseparáveis, a ideia e a práxis de uma escrita rompida, deslocada, pilar da Liga Logoclasta da qual Beckett é fundador e fervoroso entusiasta. / [en] The present study is based on the letters written by Samuel Beckett between 1929 and 1940. It examines in particular his significant thoughts and consequent implications on language, exploring certain subjects that arise therefrom: writing, Grammar, style, cliché, among others. Having chosen to limit our study to the decade that witnessed his blossoming as a writer and artist, we consider the forms through which the previously mentioned language matters are connected to classical beckettian motives, such as, immobility, impossibility, sickness and impasse. Following a perspective that assumes language as praxis, from a post-structuralist point of view, we elect Beckett’s own terms, especially those that gained expression
in his richest and most famous letter of the period – the 1937 German Letter –, as our central pillar. Among the images extracted from this letter guiding the study of the remainder of his correspondence are: the native s language veil, the sacred unnature of the word, the forest of symbols and its never silent birds of interpretation, the word-storming in the name of beauty and the involuntary violation against a foreign language. From and with these metaphors we see rising inseparably the idea and praxis of a ruptured, a displaced writing which is also the foundation for the Logoclast s League, of which entity Beckett is the founder member and most fervent enthusiast.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:56151
Date24 November 2021
CreatorsTHAMILLA FERREIRA GOMES TALARICO
ContributorsHELENA FRANCO MARTINS
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

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