[pt] Esta tese de doutorado consiste de três ensaios
relacionados ao gerenciamento de risco cambial e ao
desempenho das empresas brasileiras em períodos de crises
cambiais. O primeiro ensaio testa se as perdas patrimoniais
implicadas pelas depreciações cambiais reduzem o
investimento das empresas. Encontramos que, entre 2001 e
2003, empresas com elevados descasamentos cambiais na
véspera da crise reduziram seus investimentos em 8,1 pontos
percentuais, comparativamente às demais empresas de capital
aberto. Mostramos, também, que a depreciação cambial
aumentou a competitividade das empresas exportadoras, mas,
ainda assim, implicou perda de 12,5 pontos percentuais no
investimento das exportadoras com descasamentos cambiais,
relativamente às demais exportadoras. Essas quedas
estimadas de investimento são economicamente muito
relevantes, corroborando a importância dos efeitos
patrimoniais negativos das depreciações cambiais. O segundo
ensaio investiga se a listagem de ações nos Estados Unidos
através de ADRs disciplina as decisões corporativas.
Mostramos que as emissões de ADRs induzem uma gestão de
risco cambial mais eficiente: em antecipação à crise
cambial brasileira de 1999, em média, as empresas com ADRs
reduziram em 6,4 pontos percentuais a proporção de
descasamento cambial sobre ativos, relativamente às
empresas sem ADRs. Resultados adicionais conectam esse forte
ajuste à pressão de arbitradores internacionais.
Finalmente, o terceiro ensaio testa se as garantias
governamentais de que não haverá uma desvalorização
significativa do câmbio, implícitas nos regimes de câmbio
administrado, estimulam um endividamento excessivo em moeda
estrangeira. Dados de empresas brasileiras, antes e depois
do fim do regime de câmbio administrado em 1999, sugerem
que tais garantias não são relevantes para a decisão de
endividamento em moeda estrangeira. / [en] This thesis consists of three essays that relate the
currency risk management with the performance of Brazilian
firms in currency crises. The first essay tests if
the exchange-rate balance sheet effects of the currency
depreciation reduce the companies´ investments. We find
that, between 2001 and 2003, firms that shortly before the
crisis had large currency mismatches decreased their
investment rates by 8.1 percentual points, relatively to
other public firms. Moreover, we show that the currency
depreciation implied large competitive gains for the
exporters, and yet the investment of exporters with large
currency mismatches fell by 12.5 percentual points,
relatively to other exporters. The estimated falls in
investment are economically very relevant, thereby
corroborating the relevance of negative exchange-rate
balance sheet effects of currency depreciation. The second
essay investigate if the cross-listing in the U.S., mainly
through ADRs, discipline corporate decisions. Using data on
the Brazilian currency crisis of 1999, we show that firms
with ADRs manage their currency risk more effectively.
Anticipating the crisis, ADR firms reduced the average
ratio of their currency mismatches over assets by 6.4
percentage points, relatively to other public firms.
Additional results link this stronger adjustment to the
pressure of international arbitrageurs. Finally, the third
essay tests if the government guaranties that there won´t
be a large devaluation of the exchange rate, implicitly in
a fixed exchange-rate regime, bias corporate borrowing
towards foreign currency. Data on Brazilian firms, before
and after the end of the fixed exchange rate regime in
1999, suggest that the implicit guarantees do not have a
relevant impact on firms´ incentives to issue foreign debt.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:9697 |
Date | 23 March 2007 |
Creators | MARCIO MAGALHAES JANOT |
Contributors | MARCIO GOMES PINTO GARCIA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
Page generated in 0.0025 seconds