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Quixote, andante poesia / Quixote, andante poetry

Esta tese busca pensar o desfuncional latente em toda escritura, linguagem e vida: suas potências não dominadas, nem domináveis, pelo corte finalista, utilitarista, entre funcional e disfuncional, e o devir-poesia destes interditos quando revertidos em afirmação de possibilidades para além das determinadas pelos códigos fixados e modelos de composição existentes. As obras de Jacques Derrida e Gilles Deleuze (parte com Felix Guattari) são as referências centrais para a constituição deste pensamento, que constantemente se volta ao fazer poético. O trabalho, porém, é conduzido pela extravagante figura que ele livremente se cria do engenhoso fidalgo e cavaleiro Dom Quixote de la Mancha, por seu modo errante de atuar, sua andante poesia. Sua relação com a morte iminente; o papel da leitura em sua fantasia, cuja extensão se mostra incontornável a quem quer que se aproxime; sua irredutibilidade a qualquer juízo que se possa tentar de sua sanidade mental; sua constante construção de uma equívoca e fugidia identidade; e seu permanente e delirante improviso no teatro do mundo configuram uma escritura lúdica, inventiva, aberta, consciente de sua formação, de seu contexto e de seus percursos, o que possibilita a construção da noção de uma poética da existência, sugerida pelas especulações teóricas preliminares. / This thesis seeks to think the latent defunctional in every writing, as language and life: its potencies not dominated by the finalist and utilitarian cut between functional and dysfunctional, and the becoming-poetry of this interdicts when reversed in the affirmation of possibilities beyond those determined by fixed codes and existing composition models. The works of Jacques Derrida and Gilles Deleuze (part with Felix Guattari) are the central references to the constitution of this thought, constantly turned to the poetic making. The work, however, is conducted by the extravagant figure that it freely creates of the ingenious gentleman and knight Don Quixote of la Mancha, by his errant acting mode, his walking poetry. His relationship with imminent death; the role of reading in his fantasy, which extension shows up inescapable to whoever gets close to it; his irreducibility to any judgment that could be tried on his mental sanity; his constant construction of an equivocal and elusive identity; and his permanent and delirious improvisation in the theatre of the world configure a ludic, inventive and open writing, aware of its formation, its context and its routes, which enables the construction of the notion of a poetics of existence, suggested by preliminary theoretical speculations.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-11092015-094810
Date26 May 2015
CreatorsPedrosa, Gabriel
ContributorsJorge, Luis Antonio
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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