O cinturão verde de São Paulo aparece à consciência fetichista como expressão fenomênica do processo de acumulação e de desenvolvimento civilizatório do capital. No entanto, esse mesmo processo, sob a perspectiva da teoria crítica do valor pode ser pensado como explicitação do negativo como determinação da reprodução social. Nesse sentido, a partir da literatura geográfica e de trabalhos de campo pode-se compreender o processo de formação do cinturão verde, não mais como algo dado e naturalizado, mas como expressão social na relação sujeito-objeto, na qual o negativo põe a identidade aos termos. Desloca-se a análise da cisão entre rural e urbano, entre cidade e campo para o campo da crítica, na qual a cisão predicada como negativa impõe à análise a explicitação da negatividade constituinte de seus momentos lógicos e categoriais. Da produção crítica de valor, engendrada pelo desenvolvimento social das forças produtivas e pela divisão social do trabalho, tem-se a produção imanente do negativo como elemento determinante à reprodução social, que por sua vez se fenomeniza conformando na cisão cidade campo, o cinturão verde. É nesse cinturão que a agricultura e o imobiliário confrontam-se, mediados pelo capital financeiro, explicitando, sob o véu material da urbanização, o contrário da acumulação, explicitando que o desenvolvimento do cinturão verde não se põe como acumulação de capital e urbanização, mas como crise e negatividade imanentes ao capital. / Sao Paulo\'s green belt appears to the fetishized consciousness as a phenomenal expression of the accumulation and the civilizational development of the capital. However, this same process, from the perspective of value criticism can be thought as an explicitness of the negative as a determination of social reproduction. In this sense, as from geographic literature and as from fieldwork the formation process of the green belt may be no longer understood as something given and naturalized, but as a social expression of the specific relationship between subject and object, in which is the negative that sets the identity of the terms. Therefore, it moves the scission between rural and urban, between city and countryside to other qualitatively different level, in which the scission predicated as negative requires an analysis of the explicitness from the constituent negativity of its logical and categorical moments. The critical production of value, engendered by the social development of the forces of production and by the social division of labor, engenders the immanent production of the negative as a determining element to the social reproduction, which in turn makes a phenomenon pursuant to the scission city-countryside and therefore the green belt. In the green belt agriculture and the real estate market confront one another mediated by financial capital, explaining in the apparent urbanization the otherwise of accumulation, explaining that the development of the green belt it is not set as an urbanization/accumulation, but as immanent negativity and crises of the capital.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-16042019-105110 |
Date | 30 November 2018 |
Creators | El-Khatib, Walid Mahmoud Abd Ellatif Mahmoud |
Contributors | Alfredo, Anselmo |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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