[pt] O propósito desta pesquisa é compreender como o aluno bolsista negro da
PUC-Rio se sente nesse espaço de poder que é a universidade. Foram realizadas
quatro entrevistas com alunos negros que contribuíram com as suas experiências
para que tal objetivo fosse alcançado. Na dissertação, discutiram-se contextos
históricos, sociais e políticos que marcam a luta do negro pelo exercício de uma
cidadania plena, desde o século XIX até os dias atuais. Foi evidenciando que
desde o Pós-Abolição, a percepção é a da existência de um passado prolongado e,
ainda sentido no presente. Foram abordadas diversas temáticas que dialogaram
com as experiências dos entrevistados, desvelando estruturas que favorecem o
surgimento de sofrimento psicológico. Através das mobilizações de fontes orais e
escritas, foi possível perceber que o sentimento de não pertencimento e de
impostor vivenciado por algumas pessoas negras não é algo natural, mas
construído historicamente. Construções sociais que têm como motor a
colonialidade do poder, a ideologia do branqueamento físico e cultural, o mito da
democracia racial e o racismo estrutural. São opressões que perpassam a vida do
sujeito negro afetando sua saúde mental. / [en] The purpose of this research is to understand how black scholarship
students of PUC-Rio feel in the university, a space made for privileged people.
Four black students were interviewed, and their experience contributed to the
achievement of this goal. In this dissertation are discussed historical, social and
political contexts that mark the struggle of black people to achieve the exercise of
full citizenship, from the 19th century to the present day. Evidencing that since the
post-Abolition period, what we feel is the existence of a prolonged past, which is
still felt in the present. Several themes related to the interviewees experiences
were addressed, revealing social structures that favor the emergence of
psychological suffering. Through the analysis of oral and written sources, it was
possible to perceive that the feeling of not belonging and of being an impostor
experienced by some black people is not something natural, but something that
was historically built. This social construction was built on the colonialism of
power, the ideology of physical and cultural whitening, the myth of racial
democracy and the structural racism. These are oppressions that permeate black
people s lives, affecting their mental health.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:57809 |
Date | 11 March 2022 |
Creators | DENISE SOARES DA SILVA |
Contributors | JUCARA DA SILVA BARBOSA DE MELLO, JUCARA DA SILVA BARBOSA DE MELLO |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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