[pt] Movimentos e coletivos sociais urbanos têm desempenhado um papel
fundamental nas pautas dos direitos sociais e econômicos ao longo da
história. Já a agenda climática se desenvolveu e se fortaleceu
principalmente em espaços de governança globais, dominados por
cientistas, organizações não governamentais e governos, e só nas últimas
décadas têm tido mais permeabilidade em normativas e debates nacionais
e subnacionais. O presente artigo pretende articular a ideia de como se
expressa atualmente o encontro entre os debates globais e a experiência
de movimentos e coletivos urbanos no trato da pauta climática, trazendo
um estudo de caso da comunidade de Vila Arraes, em Recife, que foi
fortemente atingida por chuvas torrenciais em maio de 2022, e desde então
tem se fortalecido para enfrentar eventos climáticos extremos. O estudo
busca identificar os principais elementos incorporados pelo coletivo
comunitário local para voltar a sua atuação para o enfrentamento das
mudanças climáticas e desenvolvimento da capacidade de resiliência e
resposta da comunidade a eventos extremos e como eles podem trazer
respostas para lacunas dos debates globais. Embora ainda haja uma
distância significativa entre a agenda global e os desafios vividos pelas
comunidades mais afetadas pelas mudanças climáticas, há oportunidades
de enriquecer os debates globais, em especial quando se trata da aplicação
de planos de adaptação climática, resiliência comunitária e perdas e danos,
a partir das experiências do território. / [en] Urban social movements and collectives have played a fundamental role in
the social and economic rights agenda throughout history. The climate
agenda, on the other hand, has been developed and strengthened mainly
in global governance spaces, dominated by scientists, non-governmental
organizations and governments, and only in recent decades has it become
more permeable in national and sub-national regulations and debates. This
article aims to articulate the idea of how the encounter between global
debates and the experience of urban movements and collectives in dealing
with the climate agenda is currently expressed, bringing a case study of the
community of Vila Arraes, in Recife, which was hit hard by torrential rains in
May 2022, and has since strengthened itself to face extreme climate events.
The study seeks to identify the main elements incorporated by the local
community collective to turn their actions towards tackling climate change
and developing the community s resilience and response capacity to
extreme events, and how they can provide answers to gaps in global
debates. Although there is still a significant gap between the global agenda
and the challenges experienced by the communities most affected by
climate change, there are opportunities to enrich global debates, especially
when it comes to the application of climate adaptation plans, community
resilience and loss and damage, based on the experiences of the territory.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:67634 |
Date | 20 August 2024 |
Creators | EMMANUEL DOS SANTOS PONTE |
Contributors | PAULO LUIZ MOREAUX LAVIGNE ESTEVES, PAULO LUIZ MOREAUX LAVIGNE ESTEVES, PAULO LUIZ MOREAUX LAVIGNE ESTEVES |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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