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[en] HAVING OR NOT HAVING CHILDREN: DESIRE OR DESTINY? FAMILY, FEMALE SUBJECTIVITY AND NOT HERHOOD / [pt] TER OU NÃO TER FILHOS: DESEJO OU DESTINO? FAMÍLIA, SUBJETIVIDADE FEMININA E MATERNIDADE

[pt] Partindo das postulações de teóricos que investigam a conjugalidade e a contemporaneidade, e de conceitos da teoria psicanalítica, o presente trabalho teve por objetivo investigar as representações de família e maternidade, tendo em vista as transformações da subjetividade feminina na atualidade. O contexto da pós-modernidade e da globalização aparece como pano de fundo para refletir sobre família, amor, feminino e a representação psíquica de filhos para as mulheres. A indagação principal girou em torno da questão de como mulheres casadas lidam com a ausência de filhos, no contexto das reconfigurações do papel da mulher na sociedade contemporânea. Participaram do estudo nove mulheres heterossexuais, residentes, com seus parceiros, no interior do Estado do Rio de Janeiro, com idades entre 42 e 54 anos, casadas, no mínimo há cinco anos, sem filhos. Foi utilizada uma metodologia qualitativa, a partir de entrevistas com roteiro semiestruturado, que contemplou temas relevantes visando a atingir os objetivos propostos. Para a avaliação do material coletado foi utilizado o método de análise de conteúdo, tal como proposto por Bardin (2010). Os resultados obtidos apontaram para dois principais conjuntos de questões que se entrelaçam de maneira complexa. O primeiro ressalta o fato de que, no contexto das transformações da sociedade e, consequentemente, do papel da mulher, não ter filhos não significa um fracasso no projeto de ser mulher, mas, sim, uma escolha defensável discursivamente. Por outro lado, o segundo pontua que, apesar de todas as mudanças e dos novos arranjos familiares, a questão e os dilemas de ser, ou não ser, mãe ainda comparecem como centrais para a subjetividade feminina, e, muitas vezes, o sentimento amoroso ainda se atrela ao padrão romântico, levando a perceber os filhos como essenciais para o modelo de felicidade conjugal. / [en] Starting from the theoretical studies that address the conjugality and contemporaneity and concepts of psychoanalytic theory, this study aimed to investigate the representations of family and motherhood, in view of the transformation of the female subjectivity today. The context of postmodernity and globalization appears as a backdrop to reflect on the ideas of family, love, female world and psychic representation of children for women. The main question was to understand how married women deal with the absence of children in the context of the reconfiguration of the role of women in contemporary society. The study informants were nine heterosexual women living with their partners within the state of Rio de Janeiro, aged among 42 and 54 years old, married at least for five years and without children. A qualitative methodology, based on interviews with semi-structured questions, which included relevant issues in order to achieve the proposed objectives, was used. And for the evaluation of the collected material it was used content analysis method, as proposed by Bardin (2010). The results pointed to two main sets of issues that are intertwined in complex ways .The first highlights the fact that, in the context of changes in society and, consequently, the role of women, not having children does not mean a failure in being a woman project, but rather a defensible choice. On the other hand, the second points out that, despite all the changes and new family arrangements, the question and the dilemma of to be or not to be mother still attend as central to female subjectivity, and often, the feeling of love still harnessed to the romantic standard, leading to perceive children as essential to the marital bliss model.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:27174
Date15 August 2016
CreatorsVIVIANE ANDRADE PEREIRA
ContributorsTEREZINHA FERES CARNEIRO
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTEXTO

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