[pt] O presente trabalho tem como objetivo fazer da exposição do horror pela indústria da comunicação um meio de abordagem, talvez privilegiado, de determinadas formas de experiência de algo do real - tal como Lacan o concebeu no Seminário 17, a saber, como o impossível - na cultura. Partiremos da premissa de que toda experiência de real se dá na cultura-linguagem, o que não nos compromete com a crença na homogeneidade dessa experiência. Formularemos, então, duas possíveis hipóteses. A primeira é de que se pode ter notícias do real sobre a forma de ruptura. Já em nossa segunda hipótese, examinaremos se podemos ter dele notícias de forma adequada ao funcionamento e aos objetivos culturais. Tomaremos esse recorte teórico como a base para a nossa análise sobre o horror, verificando em que medida a exposição do horror pela indústria da comunicação pode entrar em conformidade com nossas duas hipóteses. O chiste e a latusa nos servirão, desse modo, como vias de acesso a experiências com algo do real, uma vez que tais experiências se dão a partir do objeto e são internas às criações culturais. Será pela via desses conceitos que entenderemos que o capitalismo e a psicanálise possuem um importante ponto de contato e será também através deles que tentaremos apontar para um ponto fundamental em que a psicanálise e os ditos da indústria da comunicação se diferenciam. / [en] The objective of this paper is to make the communication industry s exposition of horror be a perhaps privileged way of approaching certain forms of experiencing something real - as Lacan conceived in Seminar 17, that is, like the impossible - in culture. We will rely on the premise that all experience of what is real takes place in culture-language, which does not require us to the believe in the homogeneity of that experience. We will formulate, then, two possible hypotheses. The first is that one can have real news about the form of rupture. In our second hypothesis, we will examine whether we can receive real news in a way that is adequate to cultural functioning and goals. This theoretical framework will be the basis for our analysis of horror, verifying to what extent the communication industry s exposition of horror conforms to our two hypotheses. Wit and latusa will thereby serve as paths of access to experiences with something real to them, since such experiences come from the object and are internal to cultural creations. It will be by means of these concepts that we will understand that capitalism and psychoanalysis have an important point of contact, and it will also be through them that we will try to indicate a fundamental point in which psychoanalysis and the communication industry s messages differ.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:30537 |
Date | 14 July 2017 |
Creators | PATRICIA PALOMBINI DE ALENCAR GURGEL |
Contributors | MARCUS ANDRE VIEIRA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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