[pt] Este trabalho investiga o estatuto da natureza no pensamento estético de Luigi Pareyson. Calcada em sua filosofia de feição existencialista, personalista e ontológica, sua teoria estética indica numa atividade – a formatividade – o elemento comum que garante algum caráter artístico a todo atuar humano e que, especificado, institui a arte em sua autonomia e independência, conferindo assim a máxima extensão à experiência estética. O problema da natureza surge aí enquanto esta – não sendo obra humana – se mostra sob dois aspectos: como limite extremo da fruição estética, no belo natural, e como modelo cujo operar a formatividade humana imita, na produção artística. Com base na descrição e na análise dos paralelos entre arte e natureza encontráveis na teoria – na descrição pareysoniana da obra de arte e de sua produção em termos organicistas, em sua teoria da interpretação conforme aplicada à natureza, e na reelaboração de ideias de Kant e Goethe – pretende-se compreender como a esfera natural pode ser afirmada como autônoma e formativa, tendo-se por base uma filosofia da pessoa em sua relação com o ser. E igualmente, de que modo se podem conciliar as valências naturalista e personalista da formatividade numa visão coerente do caráter estético comum à natureza e à arte. Tal exame se conclui pela defesa de que é o formar da pessoa a instância paradigmática em analogia e em contraste à qual se pensa e compreende o formar da natureza, com a consequente redução e subordinação de elementos metafísicos e naturalistas ao horizonte pessoal-existencial do pensamento do filósofo. / [en] This work investigates the role of nature in the aesthetic thought of Luigi Pareyson. His aesthetic theory, based on a philosophy of existentialist, personalistic and ontological features, embodies in one activity – formativity – the common element which grants an artistic character to every human act and which, when specified, installs art in its autonomy and independence, thus granting a maximum reach to aesthetic experience. The problem of nature arises since nature – being not a human product – presents itself under two forms: as the extreme limit of aesthetic fruition, in natural beauty, and as a model whose operation human formativity imitates, in artistic production. Based on the description and analysis of the parallels between art and nature in the theory – in the pareysonian description of the work of art and of its production in organicistic terms, in his theory of interpretation as applied to nature, and in his re-elaboration of Kant s and Goethe s ideas – this work intends to understand how the natural sphere can be affirmed as autonomous and formative, according to a philosophy of the person in their relation with being. And, also, to understand how the naturalistic and personalistic aspects of formativity can be reconciled into a coherent view of the aesthetic character shared by nature and art. This investigation concludes that personal formativity is the paradigm in analogy and in contrast to which nature s formative power can be conceived and understood, with a consequent reduction and subordination of naturalistic and metaphysical elements to the personal-existential horizon of Pareyson s thought.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:27532 |
Date | 29 September 2016 |
Creators | IGOR LEONARDO ROMEIRO PEREIRA |
Contributors | LUIZ CAMILLO DOLABELLA PORTELLA OSORIO DE ALMEIDA, LUIZ CAMILLO DOLABELLA PORTELLA OSORIO DE ALMEIDA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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