[pt] Wittgenstein introduz, em seu Tractatus Logico-Philosophicus, sua célebre distinção entre dizer e mostrar. Segundo ele, o inefável é aquilo que se mostra. Denomina-o de o místico. O lugar na arquitetônica da obra das proposições que o concernem é extremamente enigmático. Como as outras passagens são classicamente mais discutidas e aquelas concernentes ao místico costumam ser consideradas mais obscuras, deter-se-á nelas de forma especial na tentativa de que uma melhor compreensão delas ajude a lançar nova luz sobre a referida distinção. Pretende-se mostrar que talvez essas passagens finais do Tractatus não sejam um elemento tão estranho quanto possa parecer. Para isso, será abordada, primeiramente, a crítica da linguagem que Wittgenstein faz no Tractatus de modo a contextualizar a elaboração da distinção entre dizer e mostrar. A seguir, mas ainda no primeiro capítulo, a operação de negação ajudará a apontar os limites entre o que pode e o que não pode ser pensado. Em um segundo capítulo, serão apresentadas algumas questões a respeito da não conformidade entre seu livro e sua teoria semântica, bem como observações sobre a inserção do místico nesta sua obra. Após delinear a proposta do Tractatus e os conflitos envolvidos em sua interpretação, em um terceiro capítulo, se tentará contribuir para o esclarecimento de alguns aspectos obscuros concernentes à referida distinção. Receberá particular atenção, neste momento, a noção de místico e a ética tractatiana. / [en] Wittgenstein introduces, in his Tractatus Logico-Philosophicus, his famous distinction between saying and showing. According to him, the ineffable is what shows itself. He called it the mystical. The place in the architecture of his work of the propositions that concerns it is extremely enigmatic. Since the other passages are classically more discussed and those concerning the mystical used to be considered more obscures, we will focus on them in a special way in the attempt that a better understanding of them help to throw new light upon the mentioned distinction. We intend to show that perhaps these final passages of the Tractatus are not an element as strange as it may seem. In order to accomplish this, we will address first Wittgenstein’s critique of language in the Tractatus, so as to contextualize the development of the distinction between saying and showing. Next, but still in the first chapter, the operation of negation will help to point out the limits between what can and what cannot be thought. In a second chapter, we will present some issues regarding the non-conformity between his book and his semantic theory, as well as comments on the inclusion of the mystical in his work. After outlining the proposal of the Tractatus and the conflicts involved in its interpretation, in a third chapter, we will attempt to contribute to the clarification of some unclear features concerning such distinction. It will receive particular attention in this part the notion of mystical and the ethics of the Tractatus.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:19519 |
Date | 07 May 2012 |
Creators | MARIA PRISCILLA VIEIRA C FAMILIAR |
Contributors | LUIZ CARLOS PINHEIRO DIAS PEREIRA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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