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Wittgenstein y la (meta)ética

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-08-08T04:12:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / Introdução: No Tractatus Logico-Philosophicus, publicado em 1921 por Ludwig Wittgenstein, o autor avisa que resolveu os problemas da filosofia. Mas o que dissolveu foram os pseudoproblemas filosóficos, pois na introdução do livro o próprio Wittgenstein explica que a formulação desses problemas se dá como consequência de um mal entendimento da lógica da linguagem. Por este motivo, Wittgenstein tenta traçar os limites da expressão dos pensamentos: demarcar o campo de ação da nossa linguagem ajudaria a evitar mal-entendidos. À primeira vista, parece que Wittgenstein estava preocupado pela possibilidade de conhecimento das ciências empíricas, pois considerava que era trabalho da filosofia delimitar aquelas. Porém, nessa mesma introdução ele adianta: ?? que pouco tem se conseguido uma vez que estes problemas têm sido resolvidos?. Nas Investigações Filosóficas, publicado em 1953, Wittgenstein explicou sua vontade de reler as teses do Tractatus; incluso considerou uma boa ideia a possibilidade de realizar uma publicação conjunta de ambos livros. Ao introduzir conceitos como jogos de linguagem, formas de vida, gramática e parecidos de família, o filósofo austríaco continuou trabalhando para traçar os limites do expressável por meio da linguagem. Mas esta vez a linha que separa o expressável do nao- expressável torna-se difusa e menos exata. Em ambos casos, aonde se pode localizar a ética? Está esta área da filosofia dentro dos limites do expressável? Existe uma mudança radical respeito a postura wittgensteiniana na relação com a ética em ambas obras? Na presente tese procuro responder essas perguntas e para fazê-lo, parto da premissa de que, na primeira etapa de seu pensamento, Wittgenstein era um não-cognitivista, porém não era um cético, um subjetivista, nem um relativista respeito à ética. A hipótese do meu trabalho é que Wittgenstein não muda radicalmente esta posição na sua segunda etapa. Contrário ao que alguns autores defendem, considero que não se pode deduzir um relativismo ético a partir das Investigações Filosóficas. Defenderei que a apertura de condições de sentido, proposta na publicação de 1953, poderia ser vista como uma apertura na possibilidade de expressão do conhecimento; porém, resulta difícil a inclusão da ética dentro dos âmbitos susceptíveis de serem conhecidos e, más difícil ainda, dentro daqueles conhecidos relativamente. Objetivo geral: O objetivo geral da pesquisa é estudar a influência da filosofia wittgensteiniana no âmbito da ética. Analisar até que ponto a obra de Wittgenstein pode ser utilizada para defender o relativismo ético. Objetivos secundários: a) Analisar as principais correntes do Cognitivismo e do Não- Cognitivismo metaético, especificamente respeito às premissas da normatividade moral. b) Contrastar ambas etapas da filosofia wittgenteiniana no plano epistemológico. c) Aplicar os conceitos epistemológicos subtraídos da filosofia wittgensteiniana ao discurso moral. d) Analisar os pressupostos da normatividade desde a perspectiva wittgensteiniana. f) Determinar se é possível a existência de uma visão que seja cognitivista e também relativista. Metodologia a ser usada: O principal instrumento metodológico a utilizado foi a análise conceitual, ou seja, analisaram-se as premissas de necessidade para que a aplicação dos conceitos mais importantes da filosofia wittgensteiniana seja possível. A investigação foi baseada na interpretação bibliográfica. A partir disso, foram elaboradas algumas conclusões gerais sobre o tema pesquisado procurando atingir os objetivos apresentados acima. Resultados da pesquisa: Depois de expor os principais conceitos da primeira etapa wittgensteiniana e compará-los com os principais conceitos da segunda etapa, concluiu-se que Wittgenstein continuou sendo um não-cognitivista metaético, e de sua filosofia não se segue um relativismo ético.<br> / Abstract : The main goal of this thesis is to analyze if an ethical relativism could follow from Ludwig Wittgenstein´s Philosophical Investigations. My hypothesis is that an ethical relativism does not follow from the opening of the conditions of meaning that Wittgenstein presented in that book. To prove my hypothesis, I will list the conditions of sense that were defended in the Tractatus Logico-Philosophicus, and then I will try to locate ethics among those conditions. Afterwards, I will enumerate the main concepts of the Philosophical Investigations to search for the changes that happened regarding the Tractatus, and also to locate those points in which the Austrian philosopher did not change his perspective. Finally, I will list the different types of relativism that could be found among the different types of ethical discourse to question if the opening that the Philosophical Investigations proposed implies the possibility of the existence of ethical language games. Finally, I will argue that if the concept of form of life is read as a limit of the possibility of language, this means, as a transcendental limit knowledge, we can conclude that there is no ethical relativism.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/178108
Date January 2017
CreatorsOrozco, Jonathan Elizondo
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Dall'Agnol, Darlei, Vidarte, Vicente
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format232 p.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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