Orientador: Eliana Martorano Amaral / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-11-27T12:22:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Conceicao_ElizandraRosado_M.pdf: 4391047 bytes, checksum: c515837bc9825b7b68306fceca492dc9 (MD5)
Previous issue date: 2010 / Resumo: Introdução: A epidemia de obesidade, observada mundialmente, pode justificar parte do aumento das taxas de cesárea em maternidades públicas do Brasil. Objetivo: Avaliar associação entre peso materno e tipo de parto em um serviço público universitário. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectiva. Foram estudados os dados de 376 partos ocorridos entre janeiro de 2006 e junho de 2008 em uma maternidade pública. Esta amostra foi selecionada de 7026 registros eletrônicos de partos, após aplicados os critérios de exclusão: preenchimento incompleto de peso e altura maternos na primeira e última consultas de pré-natal ou no parto, início do acompanhamento pré-natal após 16 semanas de gestação, gestação gemelar, óbito fetal anteparto, e indicação eletiva de cesárea (malformação fetal, doença materna, iteratividade, feto em apresentação anômala). Foram analisados os riscos de cesárea segundo categorias de peso pelo índice de massa corpórea (IMC) materno no início do pré-natal, no parto e segundo a mudança de categoria de peso pela curva de Atalah. Os dados, originalmente armazenados em arquivo SQL Server, foram transferidos para um programa Excel e analisados utilizando-se o pacote estatístico SAS versão 9.03. Aplicaram-se os testes qui-quadrado e exato de Fisher para análise bivariada e foram calculadas as razões de risco brutas e ajustadas com intervalo de confiança 95% controlando-se por idade, paridade, presença de cesárea prévia, tabagismo, uso de ocitocina, hipertensão, diabetes, analgesia no trabalho de parto, rotura prematura de membranas, líquido meconial e peso do RN. Resultados: Dos 376 partos selecionados, 75 (20%) gestantes eram obesas, 102 (27,1%) tinham sobrepeso e as restantes tinham peso normal no início do pré-natal. Deste total, 126 (33,5%) foram cesáreas. Na análise bivariada, a obesidade no início da gestação se associou a maior idade, paridade, cesárea prévia, hipertensão, diabetes, parto cesárea e peso do recém-nascido ? 3500 g, mas não a menor Apgar ou prematuridade. Houve aumento de risco de cesárea nas obesas, em relação às gestantes de baixo peso ou normal, baseado na análise pelos IMC inicial (RR=1,55; 1,12 - 2,13) e final da gestação (RR=1,44; 0,94 - 2,22), mas não observado pela mudança de categoria na curva de Atalah. Na análise multivariada, observou-se diminuição de risco de cesárea entre adolescentes e aumento em mulheres com cesárea prévia, nulíparas, e nas com recém-nascido (RN) de peso ? 3500 g. Em adição, o IMC final da gestação, mas não o inicial, também contribuiu para o aumento do risco (RR =1,16; 1,07 - 1,99). Nas obesas, a maior indicação de cesárea foi falha de indução/distócia funcional, enquanto nas de peso normal predominaram as cesáreas por desproporção céfalo-pélvica/ macrossomia/ deflexão e sofrimento fetal. Conclusões: Estar obesa ao final da gestação, ser nulípara, ter cesárea prévia e RN com peso ? 3500 g aumentaram o risco de cesárea, mas ser adolescente reduziu. Medidas de controle de ganho de peso podem contribuir para a redução dos partos cirúrgicos / Abstract: Introduction: The increase in obesity observed throughout the world may explain the rise on cesarean rates. Objective: To evaluate the association between maternal obesity and type of delivery in a public university service. Methods: This is a retrospective cohort study. Data from 376 deliveries from a public hospital occurred between January 2006 and June 2008 were analyzed. They sample was selected from 7,026 electronic birth registries, after applying the exclusion criteria: incomplete filling of maternal height and weight at the first and last prenatal visit or the time of delivery, initiation of prenatal care after 16 weeks of gestation, twin pregnancy, antepartum fetal death, elective elective caesarean section (fetal malformation, maternal disease, repeat cesarean, fetus anomalous presentation). The C-section risk was analyzed according to the body mass index (BMI) in the beginning (initial) and the last 15 days before delivery, or at delivery (final), and the change on category at the Atalah's curve. Data stored in SQL Server file was transferred to Excel, analyzed by statistical package SAS version 9.03. The Chi square and Fisher Exact tests were applied for a bivariate analysis and the crude risk ratio was calculated and adjusted with 95% confidence interval, controlled by age, parity, presence of previous caesarean section, smoking, use of oxytocin, hypertension, diabetes, analgesia during labor, premature rupture of membranes, meconium and newborn (NB) weight. Results: Among the 376 births, 75 (20%) women were obese, 102 (27.1%) were overweight and the remaining had normal weight at the beginning of prenatal care, with 33.5% delivering by cesarean sections. In the crude analysis, obesity in the beginning of pregnancy was associated with older age, parity, previous cesarean section, hypertension, diabetes, cesarean delivery and newborn weight ? 3,500 g, but not with low Apgar score or prematurity. There was increased risk of cesarean delivery in obese women in relation to those of low or normal weight (RR) based on initial BMI (RR = 1.55, 1.12 to 2.13) and final BMI (RR = 1.44, 0.94 to 2.22), not observed by on the Atalah's curve categories. The adjusted analysis showed lower risk of cesarean delivery among teenagers and higher in women with previous cesarean section, nulliparous women and with NB weight ? 3500 g. In addition, the final, but not the initial BMI, also contributed to the increased risk (RR = 1.16, 1.07 to 1.99). Among obese women, the main reason for cesarean section was failure induction/ functional dystocia, whereas in the normal or low weight women predominated cesarean by cephalopelvic disproportion/ macrossomia/ deflected presentation and fetal distress. Conclusions: Being overweight at the end of pregnancy, nulliparity, previous cesarean and NB weighing ? 3500 g increased the risk of cesarean delivery, but being a teenager reduced the risk. Measures to control weight gain can contribute to the reduction of surgical deliveries / Mestrado / Tocoginecologia / Mestre em Tocoginecologia
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/309035 |
Date | 27 November 2018 |
Creators | Conceição, Elizandra Rosado |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Amaral, Eliana Martorano, 1960-, Maia Filho, Nelson Lourenço, Passini Júnior, Renato |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 90 f. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0028 seconds