Return to search

Doenças e agravos não transmissíveis, multimorbidade e índice de massa corporal em idosos

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2015 / Made available in DSpace on 2016-04-15T13:17:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
337978.pdf: 766170 bytes, checksum: 098606a2782b56f8a1efb2d3c10de5b9 (MD5)
Previous issue date: 2015 / Objetivo: Analisar a associação entre doenças e agravos não transmissíveis (DANT), multimorbidade e índice de massa corporal (IMC) em idosos de uma comunidade do sul do Brasil. Métodos: trata-se de estudo epidemiológico transversal, de base domiciliar, realizado com idosos de 60 a 100 anos. Para os idosos de 60 a 79 anos foi usada amostra probabilística, e todos aqueles com 80 anos ou mais foram avaliados. A presença de doenças crônicas (hipertensão, diabetes, câncer, doença crônica pulmonar (DPOC), doença coronariana, doença vascular cerebral, artrite e depressão) foram avaliada por meio de autorrelato e uso de medicamentos. Foram também verificados o histórico de quedas e as incapacidades nas atividades instrumentais e básicas da vida diária (ABVDs). A multimorbidade foi avaliada por categorias de número de doenças, sendo elas: 0 doença; 1-2 doenças e 3 ou mais doenças. O IMC (variável dependente, contínua) foi calculado a partir dos valores da massa corporal e estatura mensurados. As associações entre as variáveis independentes e o IMC foram testadas por meio de regressão linear múltipla, em três modelos de ajuste: Modelo 1) idade, escolaridade e arranjo familiar; Modelo 2) (modelo 1) + tabagismo, circunferência da cintura, consumo de álcool e estado cognitivo; Modelo 3) (modelo 2) + demais doenças e agravos . A idade e circunferência da cintura entraram nos modelos de ajuste como variáveis contínuas, as demais como variáveis categóricas. A análise de tendência entre multimorbidades e IMC foi ajustada para idade, escolaridade, arranjo familiar, tabagismo e estado cognitivo. Resultados: participaram da pesquisa 270 mulheres (56,6%), com média etária de 73,2 ± 8,8 anos, e 207 homens (43,4%) com. 73,3 ± 9,0 anos. Os homens apresentaram maior proporção no consumo de álcool (32,6%), e no viver acompanhado (93,7%). As mulheres apresentaram maior proporção de saber ler e escrever (87%), e de não consumir bebidas alcoólicas (96,3%). Na análise bruta entre as DANT e o IMC, a diabetes e hipertensão foram, para ambos os sexos, associadas aos maiores valores de IMC. Para as mulheres, o IMC foi 1,5 kg/m2 maior para aquelas com diabetes (ß 1,51; IC95% 0,50 a 2,52; p < 0,003) e com incapacidades nas ABVDs (ß 1,50; IC95% 0,54 a 2,47; p < 0,002). Nomodelo final, o IMC foi 3,43 kg/m2 maior para aquelas com hipertensão (ß 3,43; IC95% 2,38 a 4,48; p < 0,001). Nos homens, a hipertensão (ß 2,27; IC95% 1,35 a 3,19; p < 0,001) e diabetes (ß 2,82; IC95% 1,38 a 4,28; p < 0,001) também foram associadas ao IMC. No modelo final para o sexo masculino, O IMC foi 2,05 kg/m2 menor para os homens com relato de doença crônica pulmonar (ß -2,05; IC95% -3,50 a -0,60; p < 0,001). O IMC das mulheres com 3 ou mais doenças foi significativamente maior comparado com aquelas com 0 ou 1-2 doenças (ß 1,06; IC95% -24,12 a 28,32; p <0,001).Para os homens, O IMC daqueles com 3 ou mais doenças foi maior, comparados ao IMC dos indivíduos com relato de 1-2 doenças(ß 0,339; IC95% -27,11 a 28,44; p <0,001). Conclusão: a associação entre doenças crônicas e agravos e o IMC difere entre os sexos. Para as mulheres a hipertensão foi associada a maiores valores de IMC. Para os homens, a DPOC foi associado a menores valores de IMC. Houve tendência linear entre o número de doenças (multimorbidade) e maiores valores médio de IMC em idosos de ambos os sexos.<br> / Abstract : Objective: We analyzed the association among non-communicable diseases and disorders (NCD), multimorbidity and body mass index (BMI) in an elderly community in southern Brazil. Methods: This cross-sectional epidemiological study focused on home-based individuals aged 60-100 years (270 women (56.6%) with a mean age of 73.2 ± 8.8 years and 207 men (43.4%) with a mean age of 73.3 ± 9.0 years).For seniors aged 60-79 years we used a probability sample; for seniors aged 80 and above we evaluated each patient individually. The presence of chronic diseases (hypertension, diabetes, cancer, chronic pulmonary disease (COPD), coronary heart disease, cerebrovascular disease, arthritis, depression) was assessed via a self report and use of drugs. We also investigated the history of falls and disability in instrumental and basic activities of daily living (BADL). Multimorbidity was assessed by categories based on the number of diseases, as follows: 0 diseases, 1-2 diseases or 3 or more diseases and disorders. BMI (dependent variable, continuous) was calculated based on body mass and height. Associations among the independent variables and BMI were tested using multiple linear regression and three models: Model 1) age, education and family arrangement; Model 2) Model 1 + smoking, waist circumference, alcohol consumption and cognitive state; Model 3) Model 2 + other diseases and disorders. Age and waist circumference entered the adjustment models as continuous variables; the other variables entered as categorical variables. The trend analysis between multimorbidities and BMI was adjusted for age, education, living arrangements, smoking and cognitive status. Results: Men exhibited a higher prevalence of alcohol consumption (32.6%) and living together (93.7%) than women. Women showed a higher prevalence of reading and writing (87%) and imbibing in non-alcoholic beverages (96.3%). In our crude analysis between NCD and BMI, diabetes and hypertension were, for both sexes, associated with higher BMI values. For women, BMI was 1.5kg/m2 higher for individuals with diabetes (ß: 1.51; 95% CI: 0.50 a 2.52; p <0.003) and disabilities in BADL (ß: 1.50; 95% CI: 0.54 a 2.47%; p <0.002). In the final model, BMI was 3.43 kg/m2 higher for individuals with hypertension (ß: 3.43; 95% CI: 2.38-4.48; p <0.001).In men, hypertension (ß: 2.27; 95% CI: 1.35 a 3.19; p <0.001) and diabetes (ß: 2.82; 95% CI: 1.38 a 4.28; p <0.001) were also associated with BMI. In the final model for men, BMI was 2.05 kg/m2 lower for men who reported chronic lung disease (ß: -2.05; 95% CI: -3.50 a -0.60; p <0.001). The BMI values of women with 3 or more diseases was significantly higher than those of women with 0 or 1-2 diseases (ß: 1.06; 95% CI: -24.12 a 28.32; p <0.001). For men, BMI values of individuals with 3 or more diseases were higher compared than those of individuals with reports of 1-2 diseases (ß: 0.339; 95% CI: -27.11 a 28.44; p <0.001). Conclusion: The association between chronic diseases and disorders and BMI differs between the sexes. For women, hypertension was associated with higher BMI values. For men, COPD was associated with lower BMI values. There was a linear trend between the number of diseases (multimorbidity) and higher average BMI values of the elderly for both sexes.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/160571
Date January 2015
CreatorsLeal Neto, João de Souza
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Barbosa, Aline Rodrigues
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format88 p.| grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0166 seconds