MAIA, Juliana Lemos. Estudo da atividade antinociceptiva e possíveis mecanismos de ação do ácido oleanólico em modelos de nocicepção induzida por capsaicina e óleo de mostarda em camundongos. 2006. 107 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2006. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-04-12T13:53:41Z
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Previous issue date: 2006 / Oleanolic acid is a triterpene pentacyclic widely distributed in the plant kingdom. Different biologic activities have been reported including: antiinflammatory, hepatoprotective, gastroprotective and antinociceptive. This work was aimed to evaluate the antinociceptive effect of oleanolic acid in acute nociception models induced by capsaicin (20µl/ 1.6 μg) and mustard oil (0.75%, 50 µL/animal) in mice and to establish the likely mechanism(s) of action. Mice were pretreated orally with oleonolic acid (3, 10, 30 and 100 mg/kg) or vehicle, and the pain-related behavioral responses were analysed. The pain behavioral responses were significantly suppressed at doses 10, 30 and 100 mg/kg in acute nociception models induced by capsaicin and mustard oil. The maximal suppression (p<0.001) was observed at the dose of 30 mg/kg. In order to verify the possible mechanisms involved in the antinociceptive action of oleanolic acid in the capsaicin-induced nociception, the involvement of endogenous opioids, α2, nitric oxide and KATP channels were analyzed. The antinociception produced by OA (30 mg/kg, v.o.) was found to be significantly blocked in animals pre-treated with the opioid antagonist, naloxone (2 mg/kg, i.p.); the substrate for oxide nitric synthase, L-arginine (600 mg/kg, i.p.); or a KATP-channel blocker, glibenclamide (2 mg/kg, i.p.) but was unaffected by yohimbine (2 mg/kg, i.p.), an α2 -adrenoceptor antagonist. In order to verify the possible mechanisms involved in the antinociceptive action of oleanolic acid in the mustard oil-induced visceral pain model, opioid, α2 adreno and TRPV1 receptors were analyzed. The antinociceptive effect of oleanolic acid (30 mg/kg, v.o.) was significantly blocked (p<0.05) by pretreatment with the opioid antagonist, naloxone (2 mg/kg, i.p.), but the α2-adrenoceptor antagonist, yohimbine (2 mg/kg, s.c.), had no effect. Pretreatment with ruthenium red (3 mg/kg, s.c.), a non-competitive TRPV1 antagonist alone caused significant inhibition (p<0.01) of mustard oil-induced nociception but its co-administration with oleanolic acid produced neither antagonism nor potentiation of oleonolic acid antinociception. Further, to evaluate a possible motor impairment and motor incoordination effects related to oleanolic acid, open-field and rota-rod tests were performed. The data indicated that the treatment of animals with the oleanolic acid (30 mg/kg, v.o.) was unable to cause motor impairment or motor incoordination effects (p>0.05), being even able to reverse (p<0.05) a mustard oil-induced motor impairment in the open field test. The results taken together strongly suggest the therapeutic potential of oleanolic acid in oblitering nociception through the mechanisms that possibly involve the opioids, TRPV1 receptors, nitric oxide and KATP channels. / O ácido oleanólico é um triterpeno pentacíclico largamente encontrado em várias plantas medicinais. Essa substância demonstrou ter uma variedade de atividades farmacológicas, dentre as quais se destacam: antiinflamatória, hepatoprotetora, gastroprotetora e antinociceptiva. Este trabalho objetivou investigar a atividade antinociceptiva do ácido oleanólico em modelos de nocicepção aguda induzida por capsaicina (20µl/ 1,6 μg) e óleo de mostarda (0,75%, 50 µL/animal) em camundongos, além dos possíveis mecanismos de ação envolvidos. Camundongos foram pré-tratados com ácido oleanólico (3, 10, 30, 100 mg/kg, v.o.) ou veículo, e os comportamentos de dor foram analisados. As doses de 10, 30 e 100 mg/kg, v.o., foram capazes de reduzir os comportamentos dolorosos expressos pelos animais nos modelos de nocicepção induzida por capsaicina e óleo de mostarda, sendo o maior nível de inibição (p<0,001) encontrado na dose de 30 mg/kg. Na tentativa de desvendar os possíveis mecanismos de ação do ácido oleanólico no modelo de nocicepção induzido por capsaicina, avaliamos a participação dos receptores opióides, α2, óxido nítrico e canais de potássio. O efeito antinociceptivo do ácido oleanólico (30 mg/kg, v.o.) foi significantemente revertido pelo pré-tratamento com antagonista opióide, naloxona (2 mg/kg, i.p.); pelo doador de óxido nítrico, L-arginina (600 mg/kg, i.p.) e pela glibenclamida (2 mg/kg, i.p.), um antagonista dos canais de potássio. Por outro lado, o pré-tratamento com um antagonista α2, ioimbina (2 mg/kg, i.p.), não ocasionou a reversão da antinocicepção. Na tentativa de desvendar os possíveis mecanismos de ação do ácido oleanólico no modelo de nocicepção visceral induzida por óleo de mostarda, avaliamos a participação dos receptores opióides, α2 e TRPV1. O efeito antinociceptivo do ácido oleanólico (30 mg/kg, v.o.) foi significantemente revertido (p<0,05) pelo pré-tratamento com antagonista opióide, naloxona (2 mg/kg, i.p.), enquanto que o antagonista α2 , ioimbina (2 mg/kg, i.p.), não teve o mesmo efeito. O pré-tratamento com vermelho de rutênio (3 mg/kg, s.c.), um antagonista não competitivo do receptor TRPV1 causou inibição significativa da nocicepção (p<0,01) induzida pelo óleo de mostarda, entretanto a administração conjunta com o ácido oleanólico não produziu antagonismo nem potenciação da antinocicepção causada pelo ácido oleanólico. Para avaliar a existência de um impedimento locomotor ou de uma incoordenação motora, foram utilizados os testes do campo aberto e o teste do rota rod, respectivamente. Os dados indicaram que o tratamento com o ácido oleanólico (30 mg/kg, v.o.) não induziu (p>0,05) impedimento locomotor ou incoordenação motora nos animais, sendo ainda capaz de reverter (p<0,05) o impedimento locomotor induzido pelo óleo de mostarda no teste do campo aberto. Em conjunto os dados revelaram a efetividade do ácido oleanólico em modelos de nocicepção possivelmente envolvendo receptores opióides, TRPV1, óxido nítrico e canais de potássio.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/2448 |
Date | January 2006 |
Creators | Maia, Juliana Lemos |
Contributors | Rao , Vietla Satyanarayana |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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