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Contaminação Tumoral em Trajeto de Biópsia de Neoplasias Ósseas Malignas Primárias

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Previous issue date: 2012-02-09 / Os tumores malignos do sistema musculosquelético são neoplasias relativamente raras,
representando apenas 0,2% de todos os casos novos de câncer. A abordagem a estes tumores
exige a integração dos aspectos clínicos, laboratoriais, radiográficos e histológicos para um
diagnóstico preciso e um manejo que conduza ao sucesso no tratamento. Neste sentido,
destaca-se a biópsia como uma etapa fundamental na abordagem aos tumores do aparelho
musculosquelético, sendo indispensável para o diagnóstico definitivo e para a identificação do
padrão histológico do tumor. Devido ao risco potencial de implantação de células tumorais no
trajeto da biópsia, diversos autores recomendam a ressecção deste trajeto quando da ressecção
tumoral. A prática de ressecção mostra-se fundamentada mais em um sentimento empírico do
que respaldada em estudos científicos. Questões vagas são levantadas nos mais diversos
estudos, surgindo hipóteses não testadas. Entre elas, a de que a ocorrência de contaminação
tumoral estaria associada a alguns fatores: 1) a tentativa de se obter várias amostras de tecido
durante a realização da biópsia; 2) a realização de biópsia por técnica aberta; 3) aos tumores
de tecidos moles em relação as lesões ósseas e cartilaginosas e 4) a não realização de
quimioterapia neoadjuvante. O objetivo desta pesquisa foi estudar os fatores possivelmente
associados à contaminação tumoral do trajeto de biópsia em neoplasias ósseas malignas
primárias. No seu conjunto, pela análise da literatura e com a avaliação da casuística estudada,
esta dissertação evidencia que: 1) sem a ressecção do trajeto de biópsia, a possibilidade de
recidiva tumoral local é considerável; 2) a presença de contaminação no trajeto da biópsia está
associada a ocorrência de recidiva local; 3) é incerta a influência do tipo de tumor na
ocorrência de contaminação; 4) não é possível concluir com certeza se a técnica de biópsia
(aberta ou percutânea) exerça influência sobre a ocorrência de contaminação do trajeto; 5) a
quimioterapia neoadjuvante exerce algum efeito protetor contra a contaminação tumoral no
trajeto de biópsia; 6) observa-se que os pacientes que apresentam contaminação no trajeto da
biópsia evoluem com um prognóstico desfavorável. Tendo em vista o conhecimento desse
comportamento e dessas características da contaminação tumoral no trajeto de biópsia dos
tumores ósseos malignos primários acreditamos que a prática de ressecção do trajeto de
biópsia seja o mais recomendado na abordagem a esses tumores, por considerar o risco desta
complicação e as sérias consequências que poderá dela advir.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12636
Date09 February 2012
CreatorsOliveira, Marcelo Parente
ContributorsMello, Roberto José Vieira de
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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