Antes de se iniciar os estudos clínicos de uma nova droga, é necessário realizar uma bateria de testes de segurança, para avaliar o risco humano. Os radiofármacos como qualquer outra nova droga, devem ser testados levando em conta sua especificidade, duração de tratamento e principalmente a toxicidade de ambas as partes, a molécula não marcada e a sua radioatividade em si, além das impurezas provindas da radiólise. Órgãos regulatórios como o Food and Drug Administration-EUA (FDA) e a Agência de Medicina Européia (EMEA), estabelecem guias para a regulamentação de produção e pesquisas de radiofármacos, No Brasil a produção de radiofármacos não era regulamentada até o final de 2009, quando foram estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) as resoluções nº 63, que visa as Boas Práticas de Fabricação de Radiofármacos e a nº 64 que visa o registro do radiofámaco. Para a obtenção do registro de radiofármacos são necessárias a comprovação da qualidade, segurança, eficácia e especificidade do medicamento. Para a segurança dos radiofármacos devem ser apresentados estudos de toxicidade aguda, subaguda e crônica como também a toxicidade reprodutiva, mutagênica e carcinogênica. Hoje o IPEN-CNEN/SP produz um dos radiofámacos mais importantes da medicina nuclear, o 18F-FDG, que é utilizado em muitas aplicações clínicas, em particular no diagnóstico e estadiamento de tumores. O objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade sistêmica (aguda/subaguda) do radiofármaco 18F- FDG em um sistema teste in vivo, conforme preconiza a RDC nº 64, que servirá de modelo para os protocolos de toxicidade dos radiofármacos produzidos no IPEN. Os ensaios realizados foram: os testes de toxicidade aguda e de toxicidade subaguda, estudos de biodistribuição do 18F-FDG, ensaio cometa e toxicidade reprodutiva. Na toxicidade aguda, ratos sadios foram injetados com 18F- FDG e observados durante 14 dias enquanto na toxicidade subaguda os animais foram observados durante 28 dias. Os resultados não mostraram nenhuma evidência de toxicidade na exposição ao 18F-FDG na toxicidade aguda e na subaguda. A biodistribuição demonstrou resultados semelhantes aos da literatura, onde a bexiga é o órgão que mais recebe radiação. O ensaio cometa mostrou que a radiação do radiofármaco não foi significativa para gerar danos no DNA. Na toxicidade reprodutiva, casais de ratos expostos ao 18F-FDG geraram filhotes completamente normais e saudáveis. Por fim, o 18F-FDG não evidenciou nenhuma toxicidade. / Before starting clinical trials of a new drug, it is necessary to perform a battery of safety tests for assessing human risk. Radiopharmaceuticals like any new drug must be tested taking into account its specificity, duration of treatment and especially the toxicity of both parties, the unlabeled molecule and its radionuclide, apart from impurities emanating from radiolysis. Regulatory agencies like the Food and Drug Administration - USA (FDA) and the European Medicine Agency (EMEA), establish guidelines for the regulation of production and research of radiopharmaceuticals. In Brazil the production of radiopharmaceuticals was not regulated until the end of 2009, when were established by the National Agency for Sanitary Surveillance (ANVISA) resolutions No. 63, which refers to the Good Manufacturing Practices of Radiopharmaceuticals and No. 64 which seeks the registration of record radiopharmaceuticals. To obtain registration of radiopharmaceuticals are necessary to prove the quality, safety, efficacy and specificity of the drug . For the safety of radiopharmaceuticals must be presented studies of acute toxicity, subacute and chronic toxicity as well as reproductive, mutagenic and carcinogenic. Nowadays IPEN-CNEN/SP produces one of the most important radiopharmaceutical of nuclear medicine, the 18F-FDG, which is used in many clinical applications, particularly in the diagnosis and staging of tumors. The objective of this study was to evaluate the systemic toxicity (acute/ subacute) radiopharmaceutical 18F-FDG in an in vivo test system, as recommended by the RDC No. 64, which will serve as a model for protocols toxicity of radiopharmaceuticals produced at IPEN . The following tests were performed: tests of acute and subacute toxicity, biodistribution studies of 18F-FDG, comet assay and reproductive toxicity. In acute toxicity, healthy rats were injected with 18F-FDG and observed for 14 days while in subacute toxicity animals were observed for 28 days. The results showed no evidence of toxicity at exposure 18F-FDG in acute and subacute toxicity. The biodistribution showed similar results to the literature, where the bladder is the organ that receives the most radiation. The comet assay showed that the radiation from the radiopharmaceutical was not significant to generate DNA damage. In reproductive toxicity in coupled rats exposed to 18F-FDG generated completely normal and healthy puppies. Finally, the 18F-FDG did not show any toxicity.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-24102013-092837 |
Date | 05 September 2013 |
Creators | Danielle Maia Dantas |
Contributors | João Alberto Osso Júnior, Samanta Etel Treiger Borborema, Nanci do Nascimento |
Publisher | Universidade de São Paulo, Tecnologia Nuclear, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0024 seconds