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Previous issue date: 2005-09-13 / Uma das questões com as quais Platão mais se preocupou foi a questão do
conhecimento. A questão do conhecimento era importante devido os problemas teóricos
deixados, sobretudo pelos pré-socráticos Heráclito e Parmênides e também sobre o
relativismo em que fora colocado o conhecer pelos sofistas, especialmente, Protágoras e
Górgias.
Às teses contrárias de Heráclito e Parmênides, que tudo flui e que só o ser é,
Platão irá operar uma verdadeira síntese. Segundo Platão, Heráclito estaria certo enquanto nos
referimos apenas ao âmbito do sensível. Realmente a característica principal deste mundo é a
instabilidade, a mobilidade, o fluir contínuo. Enquanto que à tese parmenidica Platão faz
corresponder o mundo das idéias, o inteligível, cuja característica é a estabilidade e
imutabilidade.
Em contraposição ao pensamento sofista Platão afirma a existência e possibilidade
do conhecimento verdadeiro: nosso conhecimento acerca da realidade não estaria sujeito às
vicissitudes humanas, mas temos um critério absoluto de julgamento, acerca do certo e do
errado, do falso e verdadeiro as idéias. Platão concebe a existência do mundo metafísico das
idéias.
O filósofo ateniense ilustra esta divisão metafísica da realidade no famoso Mito da
Caverna no livro VII de A República. Ao mundo da caverna, mundo das sombras, cópia da
verdadeira realidade, Platão faz corresponder o mundo sensível. Ao mundo fora da caverna,
mundo da luminosidade plena, das verdadeiras realidades, faz corresponder o mundo
inteligível. O verdadeiro conhecimento para Platão se encontra, portanto, no mundo
inteligível. O conhecimento sensível seria ilusório.
Para explicar como atingimos o conhecimento verdadeiro Platão recorre à
doutrina da reminiscência, exposta pela primeira vez no diálogo Mênon. Segundo os
estudiosos, Mênon seria o primeiro diálogo que traz a primeira resposta sobre o
conhecimento. A questão principal neste é a seguinte: como podemos conhecer aquilo que
ignoramos? Em outros termos: como explicar que ao encontrar a verdade que procurávamos
temos a certeza de que a encontramos? Como sabemos que isso que encontramos é aquilo que
procurávamos, visto que não a conhecíamos?
Segundo Platão o conhecimento só pode ser recordação daquelas idéias que desde
a eternidade foram gravadas em nossas almas. O conhecimento em Platão é reconhecimento.
É importante atentarmos para a importância da concepção platônica de alma se
quisermos compreender corretamente sua explicação sobre o conhecimento.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ambar:tede/1191 |
Date | 13 September 2005 |
Creators | Ribeiro, Djalma |
Contributors | Ternes, José, Guimarães, Ged, Silva, José Carlos Avelino da |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Educação, PUC Goiás, BR, Ciências Humanas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS, instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás, instacron:PUC_GO |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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