Esta dissertação trata de uma leitura crítica sobre a cobertura dos jornais chilenos La Tercera e El Mercurio e dos brasileiros Folha de S.Paulo e O Globo, entre os anos de 2009 e de 2014, sobre a possibilidade de aborto quando a gravidez é resultante de abuso sexual infantil. O objetivo principal deste trabalho é verificar se a cobertura sobre aborto em caso de abuso sexual infantil, no período e nos jornais selecionados no Brasil e no Chile, se aproximou da complexidade da experiência das meninas e mulheres que passaram por esse tipo situação. Para tanto, utilizamos uma abordagem metodológica complexa, inter e transdisciplinar, com ferramentas de leitura cultural (narrativa de protagonismo, diagnósticos e prognósticos, contexto social e histórico do caso tratado) associadas à análise do discurso. Além disso, foram realizadas entrevistas em profundidade com mulheres que passaram pela experiência do aborto e/ou do abuso sexual infantil. A partir de tal metodologia, verificamos que os jornais priorizaram as fontes médicas, religiosas, do Executivo e do Legislativo, em detrimento do protagonismo das vítimas. Reduziram o debate entre pró versus contra o aborto, sem se aprofundarem nas consequências do abuso e da gravidez para a criança ou a adolescente em questão. Nos poucos casos em que as mulheres foram ouvidas, percebe-se que as reportagens alcançaram um debate mais humano, contextualizado e complexo sobre o tema. / Esta tesis de maestría trata de una lectura crítica sobre la cobertura de los periódicos chilenos La Tercera y El Mercurio y de los brasileños Folha de S.Paulo y O Globo, desde el año de 2009 hasta el año de 2014, sobre la posibilidad del aborto cuando el embarazo es resultante del abuso sexual de niñas. El principal objetivo de este trabajo es verificar si la cobertura sobre el aborto en caso de abuso sexual, en el lapso y en los periódicos seleccionados en Brasil y Chile, se acerca a la complejidad de la experiencia de las niñas y mujeres que pasaron por este tipo de situación. Por lo tanto, utilizamos un abordaje metodológico complejo, inter e transdisciplinário, con herramientas de lectura cultural (narrativa de protagonismo, diagnósticos y prognósticos, contexto social e histórico en el caso tratado), asociadas a algunas herramientas de análisis del discurso. Además, realizamos entrevistas en profundidad con mujeres que pasaron por la experiencia del aborto y/o del abuso sexual cuando niñas. A partir de esta metodología, verificamos que los periódicos priorizaron las fuentes médicas, religiosas, del Ejecutivo y del Parlamento, en desventaja del protagonismo de las víctimas. Estos periódicos redujeron el debate entre pro versus contra el aborto, sin profundizar en las consecuencias del abuso y el embarazo para niñas o adolescentes. En los escasos momentos en que los periódicos oyeron las mujeres, percibimos que los reportajes desarrollaron un debate más humano, contextualizado y complejo sobre el tema.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-10122018-170101 |
Date | 12 May 2017 |
Creators | Marcelle Cristine de Souza |
Contributors | Renato Braz Oliveira de Seixas, Cremilda Celeste de Araujo Medina, Maria José Fontelas Rosado Nunes |
Publisher | Universidade de São Paulo, Integração da América Latina, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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